No primeiro trimestre completo sob a liderança de Magda Chambriard, a Petrobras registrou lucro líquido de R$ 32,555 bilhões entre julho e setembro deste ano. No mesmo período do ano passado, o ganho da estatal foi de R$ 26,625 bilhões.
No acumulado do ano, o lucro chegou a R$ 53,650 bilhões. Entre janeiro e setembro do ano passado, o ganho somou R$ 93,563 bilhões. A queda anual ocorre porque no segundo trimestre deste ano a estatal registrou prejuízo após um acordo bilionário firmado com o governo, destinado a encerrar litígios tributários relacionados ao pagamento de afretamento de embarcações. (O Globo / Agência Petrobras)
Abrage pede regras claras para uso múltiplo dos reservatórios de UHEs
O Ministério de Minas e Energia (MME) e o Ministério de Pesca e Aquicultura-MPA realizaram o workshop “Desenvolvimento da Aquicultura em Sinergia com o setor elétrico”, reunindo especialistas, representantes do setor e órgãos governamentais para discutir um tema estratégico: o aproveitamento dos reservatórios de hidrelétricas para o desenvolvimento das atividades de aquicultura de forma sustentável.
A Abrage, Associação Brasileira das Empresas Geradoras de Energia Elétrica, participou do evento, contribuindo com propostas voltadas à segurança jurídica e regulatória, gestão dos recursos hídricos e sinergia entre a produção de energia e a aquicultura. (Abrage)
A presidente executiva da Associação Brasileira de Empresas Geradoras de Energia, Marisete Pereira, alertou para a necessidade de regras claras para o uso múltiplo das águas dos reservatórios das hidrelétricas. A executiva afirmou, em evento no Ministério de Minas e Energia que o principal desafio é consolidar e normatizar os procedimentos, abrangendo a regularização das atividades e o compartilhamento de responsabilidades entre concessionárias e demais usuários, sem comprometer a segurança operativa das usinas e o fornecimento de energia elétrica.
Existem mais de 1.659 cessões de uso emitidas para atividades em reservatórios de usinas e no mar territorial brasileiro, segundo dados do Painel Aquicultura em Águas da União, publicado pelo Ministério da Pesca e Aquicultura. No entanto, ponderou a presidente da Abrage, não há norma específica que apoie a interação entre os aquicultores e os concessionários para utilização das áreas, dando segurança jurídica e regulatória a esses atores. “Hoje estamos dando um grande passo para fazer a integraçao com essa atividade”, afirmou Marisete. (Canal Energia)
Preços de energia têm viés de alta nos próximos anos, diz Eletrobras
Além da conjuntura atual de menos chuvas no período seco, os preços da energia estão apresentando viés de alta para os próximos anos, avaliou ontem (7/11) o vice-presidente de comercialização e soluções em energia da Eletrobras, Ítalo Freitas.
Segundo ele, em teleconferência com analistas sobre os resultados do terceiro trimestre, o Brasil passa por um momento de mudanças no setor de energia, com grande desafio para as energias renováveis “variáveis”, como são chamadas no setor elétrico as eólicas e solares fotovoltaicas. (Valor Econômico)
Trump não tem poder para romper agenda climática global, diz John Kerry
O ex-secretário de Estado dos Estados Unidos John Kerry avalia que o presidente eleito, Donald Trump, não tem o poder de tirar dos trilhos os esforços globais na agenda climática. Kerry, que foi enviado especial para o clima durante parte da gestão de Joe Biden (2021-2024), acredita na autonomia dos entes federados para cumprir os compromissos assumidos pelo país.
“Uma pessoa, um homem, nem mesmo o poderoso presidente dos Estados Unidos, pode desviar os esforços de 200 nações ao redor do mundo. Estou convencido disso porque eu vi o que aconteceu na primeira administração do presidente Trump, quando ele saiu do Acordo de Paris”, disse Kerry hoje, em participação virtual na 2ª Conferência Internacional de Economias da Amazônia, em Belém.
Após a vitória de Trump ser confirmada ontem, cresceram as preocupações com os impactos ambientais que o provável afrouxamento de ações climáticas dos EUA pode causar em escala global – sobretudo por ser a nação mais rica do mundo e o segundo maior emissor de gases poluentes. Paira, ainda, o receio de que haja influência americana sobre outros países e que as negociações climáticas no âmbito da ONU percam força. (Valor Econômico)
Brasil tem aumento de até 3°C na temperatura de algumas regiões
Nos últimos 60 anos, o aquecimento em algumas regiões brasileiras foi maior que média global, chegando a até 3º Celsius na média das temperaturas máximas diárias em algumas regiões, conforme aponta o relatório Mudança do Clima no Brasil – síntese atualizada e perspectivas para decisões estratégicas.
De acordo com o estudo, desde o início da década de 1990, o número de dias com ondas de calor no Brasil subiu de sete para 52, até o início da década atual. “Eventos extremos, como secas severas e ondas de calor, serão mais frequentes, com probabilidade de ocorrência de eventos climáticos sem precedentes”, destaca o relatório.
O estudo, que será lançado oficialmente em Brasília, nesta quarta-feira (6), é um recorte para o Brasil do último relatório do Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC) e de outros estudos científicos atuais, resultado de um esforço que reuniu o Ministério de Ciência, Tecnologia e Informação com as organizações sociais da Rede Clima, o WWF-Brasil e o Instituto Alana. (Valor Econômico)
Inmet alerta para chuvas intensas no fim de semana
O Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), vinculado ao Ministério da Agricultura e Pecuária, alertou ontem (7/11) para possível formação de nova zona de convergência do Atlântico Sul no próximo fim de semana, dias 9 e 10 de novembro.
A zona de convergência é um fenômeno meteorológico que provoca grande volume de chuvas e tempestades nas regiões Centro-Oeste e Sudeste, entre o fim da primavera e o verão. É caracterizada por uma faixa (corredor) de nuvens que se estende desde o sul da região amazônica, passando pela faixa central do país, em direção ao sul do oceano Atlântico. (Poder 360)
Eletronuclear aguarda decisão do CNPE para honrar pagamentos com credores
A Agência Eixos informa que a Eletronuclear, responsável pela construção e operação das usinas nucleares no Brasil, enfrenta desafios financeiros que estão impactando seus pagamentos a fornecedores e parceiros.
De acordo com a reportagem, a empresa aguarda a aprovação da nova tarifa pelo Conselho Nacional de Política Energética (CNPE), que será determinante para a continuidade dos projetos e para o pagamento dos credores, incluindo a francesa Framatome, parceira de longa data nos projetos da companhia brasileira.
O governo federal espera definir o destino do projeto até o fim de 2024, com uma reunião do CNPE marcada para 4 de dezembro.
PANORAMA DA MÍDIA
Valor Econômico: Um dia após a confirmação da vitória de Donald Trump na disputa pela presidência dos EUA, o Federal Reserve (Fed) seguiu o script e reduziu os juros em 0,25 ponto percentual, para o intervalo entre 4,5% e 4,75%, diminuindo o ritmo de corte da taxa – em setembro, a queda foi 0,5 ponto.
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Folha de S. Paulo: A CGU (Controladoria-Geral da União) investiga 20 ONGs que receberam R$ 515 milhões em emendas parlamentares de políticos de partidos da base do governo, do centrão e da direita de 2020 a 2024. O objetivo do órgão, ligado ao governo Lula (PT), é analisar a aplicação desses recursos, a capacidade técnica dessas instituições e a transparência das contratações.
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O Globo: Pouco mais de um dia após a confirmação da eleição de Donald Trump para a presidência dos EUA, o líder da Rússia, Vladimir Putin, o parabenizou pelo retorno à Casa Branca, e disse que está “pronto” para estabelecer um diálogo com ele, em espacial sobre a guerra na Ucrânia. Em declarações à parte, o porta-voz do Kremlin sugeriu que os dois podem conversar por telefone antes da posse, marcada para janeiro do ano que vem.
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O Estado de S. Paulo: O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) disse em entrevista à CNN dos Estados Unidos que o presidente eleito do país, Donald Trump, precisa pensar como um habitante do planeta Terra ao tomar medidas relacionadas ao meio ambiente. Lula deu a declaração depois de questionado se achava que Trump tirará os EUA do acordo climático de Paris de novo, como fez em seu primeiro governo.