O jornal O Estado de S. Paulo teve acesso a um comunicado da Diretoria de Refino e Gás da Petrobras, aos funcionários da estatal, no qual há detalhes sobre o processo de privatização de refinarias da petroleira. De acordo com o comunicado, a Petrobras espera concluir a venda de oito refinarias de petróleo e da infraestrutura logística associada a elas em 2021.
Com diferentes abordagens, a venda das refinarias da Petrobras tem se mantido em evidência na mídia nos últimos dias. De acordo com a reportagem publicada hoje (11/05) pelo Estado, à medida que as negociações avançarem, as unidades vão ser transformadas em empresas independentes, que poderão contratar os empregados da estatal.
A expectativa é que a divulgação oficial para o mercado das informações preliminares sobre cada um dos ativos de refino aconteça no fim do primeiro semestre deste ano. Ao longo do segundo semestre e nos primeiros seis meses de 2020, prosseguirão as negociações.
Brasil e Paraguai se preparam para a renegociação de Itaipu
Os presidentes do Brasil, Jair Bolsonaro, e do Paraguai, Mario Abdo Benítez, colocaram ontem (10/05) a pedra fundamental da nova ponte que ligará os dois países sobre o rio Paraná – a segunda ponte binacional na região.
A edição brasileira do jornal El País destaca que, embora o Brasil e o Paraguai compartilhem milhares de quilômetros de fronteira terrestre, a nova ponte busca o desenvolvimento da Tríplice Fronteira, como é chamado o ponto que une os dois países e a Argentina. O projeto tem mais de trinta anos. Bolsonaro e Abdo prometeram ontem que a obra será concluída antes de 2022.
O ato, realizado na cidade fronteiriça de Foz do Iguaçu, ocorre no momento em que ambos os presidentes têm o desafio de se preparar para o início da negociação sobre a distribuição de energia da Usina Hidrelétrica de Itaipu, compartilhada pelos dois países, cujo tratado de uso expira em 2023.
A reportagem do El País ressalta que a energia gerada em Itaipu é uma das principais fontes de eletricidade do Brasil e de divisas para o Paraguai, que vende para o Brasil a produção excedente, que não usa. A reportagem descreve o clima em que os debates sobre a negociação transcorrem no Paraguai, onde foi criada uma comissão nacional para discutir o tema.
PANORAMA DA MÍDIA
O Congresso e o Supremo Tribunal Federal (STF) reagiram ao decreto presidencial que facilitou a concessão de porte e liberou a importação de armas, informa o jornal O Globo, em sua manchete de hoje (11/05). Editado esta semana pelo presidente Jair Bolsonaro, o ato corre o risco de ser alterado ou até mesmo anulado pelo Congresso. Uma ação protocolada no STF pela Rede Sustentabilidade questiona a constitucionalidade do decreto. A ministra Rosa Weber deu cinco dias para o governo dar explicações sobre o texto.
A Secretaria-Geral da Câmara dos Deputados elaborou um parecer, publicado ontem, em que afirma que o decreto contraria dispositivos previstos em lei. O Senado também contesta o ato do presidente Jair Bolsonaro. Segundo a análise, a lei violada é o Estatuto do Desarmamento. O presidente afirmou ontem que “o decreto deixará de existir se for inconstitucional”.
Os rumos da economia e da educação superior no país são dois temas em destaque na Folha de S. Paulo deste sábado. A manchete do jornal enfatiza que “o pessimismo com a economia marca projeções para 2019”. Agentes bancários citados pela reportagem reduzem estimativas de crescimento e esperam a expansão do Produto Interno Bruto (PIB) em torno de 1%, como ocorreu nos dois últimos anos.
Em uma segunda reportagem de destaque, a Folha ressalta que o corte de verbas do ensino superior feito pelo governo paralisou pesquisas que vinham sendo desenvolvidas nas universidades federais. Serviços básicos, como limpeza e segurança, estão ameaçados, e algumas instituições temem interromper as atividades no segundo semestre.
O presidente Jair Bolsonaro afirmou ontem, em discurso feito em um evento da Caixa Econômica Federal, em Brasília, que o governo deve ter a capacidade de antever problemas e que “pode haver um tsunami na semana que bem”. O presidente não explicou, contudo, o que quis dizer com “tsunami”. Este é o destaque do Correio Braziliense.
O jornal O Estado de S. Paulo informa que o governo planeja a concessão de vinte parques nacionais (unidades de conservação) à iniciativa privada. O ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, disse ao Estado que Jericoacoara (CE), Lençóes Maranhenses (MA), Chapara dos Guimarães (MT) e Aparados da Serra (RS) estão entre as prioridades que serão ofertadas para administração de empresas privadas interessadas em explorar as regiões, com oferta de serviços e turismo.
A reportagem destaca que os vinte parques que irão entrar no pacote de concessão até o fim deste ano são administrados pelo Instituto Chico Mendes de Biodiversidade (ICMBio) e incluem algumas das regiões de belezas naturais mais conhecidas do país. As quatro unidades que serão ofertadas inicialmente são visitadas hoje por 450 mil pessoas por ano.