Pelo menos 45 plataformas de produção de petróleo e gás natural instaladas em estados do Nordeste e Sudeste vão ser desligadas neste mês. Em carta a sindicatos de petroleiros, a Petrobras informou a paralisação das unidades, o que vai significar demissões e remanejamento de pessoal.
Segundo reportagem do jornal O Estado de S. Paulo, ainda assim, essas medidas pouco contribuem para a meta de corte de 200 mil barrir por dia (bpd) anunciadas para enfrentar a crise. O esperado é que muitas plataformas ainda entrem em hibernação e que centenas de funcionários deixem a empresa nos próximos meses por falta de espaço para recolocação interna.
Na carta ao sindicato, a estatal oferece três opções aos empregados das unidades que vão ser temporariamente desligadas: a realocação interna de acordo com a necessidade da empresa, a adesão ao plano de demissão voluntária e o desligamento individualmente por acordo.
Demanda por gasolina e etanol da BR Distribuidora está 35% menor
O presidente da BR Distribuidora, Rafael Grisolia, disse que a demanda por etanol e gasolina da companhia teve uma retração entre 30% e 35% na comparação com períodos pré-crise. Segundo ele, no início do período de isolamento social, a demanda pelos combustíveis chegou a cair 60%. Os novos percentuais parecem refletir o aumento da movimentação em centros urbanos, ainda segundo o executivo.
No caso do diesel, a queda é da ordem de 20% desde o início da crise. “A nossa leitura é que nas rodovias todo o transporte de cargas a movimentação de safra está acontecendo, mas o que está afetando é a menor movimentação dos transportes públicos”, afirma Grisolia. (Reuters / E&P BR)
Tarifas de gás canalizado serão reduzidas a partir de maio, no RJ
O jornal O Globo informa que os preços do gás natural canalizado fornecido pelas companhias CEG e CEG Rio, do grupo Naturgy, para todos os consumidores no estado do Rio serão reduzidas a partir de maio.
Na capital e região metropolitana, o gás residencial cairá, em média, 2,5%. Já o comercial e o industrial, 3,2% e 5,3%, respectivamente. A maior diferença será no gás natural veicular (GNV): queda de 7,7%. Na área atendida pela CEG Rio, no interior, os percentuais médios de redução serão de aproximadamente 3,6% para os consumidores residenciais, 5,4% para o comercial, de 6,5% a 8,5% para o industrial e de 8,8% para os automóveis movidos a GNV.
De acordo com a Naturgy, a medida decorre da redução do custo do gás fornecido pela Petrobras.
Brasil alcança marca de 2 mil usinas de energia em operação
A Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE) informou ontem (13/04) que o Brasil ultrapassou a marca de 2.005 usinas de geração de energia elétrica em funcionamento. De fevereiro de 2019 até fevereiro deste ano, 111 novas unidades entraram em operação ou estão em fase de testes no Sistema Interligado Nacional (SIN).
A fonte hidrelétrica permanece em primeiro lugar na matriz energética brasileira, com 875 unidades. Em segundo estão as eólicas (615), sobretudo nas regiões Nordeste e Sul. O sistema conta, ainda, com 114 solares fotovoltaicas e 401 termelétricas.
As térmicas são representadas em sua maioria pelas usinas a biomassa, que somam 286 empreendimentos. O Brasil conta também com 48 termelétricas a gás, 44 a óleo, dez movidas a carvão mineral, duas nucleares e outras 11 usinas, que podem ser bicombustíveis ou até mesmo reação exotérmica.
Ao todo, as usinas geraram 67.535 MW médios de energia em fevereiro, volume 1,1% menor do que o apresentado no mesmo mês de 2019. As informações foram divulgadas pelo Canal Energia.
Diretor da Aneel preside Associação de Reguladores de Energia dos Países de Língua Portuguesa
O Diretor da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), Efrain Cruz, foi eleito presidente da Associação Internacional de Reguladores de Energia dos Países de Língua Oficial Portuguesa (Relop), para o biênio 2020/2021. Essa é a primeira vez que um diretor brasileiro assume o comando da associação, que reúne organismos reguladores de energia de Portugal, Angola, Cabo Verde, Moçambique e São Tomé e Príncipe, além do Brasil.
Efrain destacou que sua gestão passará por dois pilares: a Capacitação e a Análise de Benchmarking de Regulação. A primeira se dará por meio de cursos online (EAD) em governança institucional, missões internacionais entre países membros da entidade, além de cursos presenciais que serão oferecidos no próximo semestre. Quanto ao Benchmarking, o objetivo é estabelecer estudos a respeito das melhores práticas internacionais no campo regulatório. (Canal Energia)
PANORAMA DA MÍDIA
A economia global terá contração de 3% em 2020, por causa da crise provocada pela pandemia do coronavírus, segundo previsão do Fundo Monetário Internacional (FMI). A previsão consta do relatório Panorama Econômico Mundial (World Economic Outlook), divulgado hoje (14/04) pelo Fundo.
De acordo com a análise do FMI, a atual contração será muito pior do que durante a crise financeira de 2008/09. Em sua projeção anterior, de janeiro, o Fundo esperava expansão de 3,3% para a economia global neste ano. (Valor Econômico)
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Estratégias intermitentes de distanciamento social talvez precisem ser adotadas até 2022 para evitar que o novo coronavírus continue a colocar em risco os sistemas de saúde mundo afora, indica um estudo assinado por pesquisadores da Universidade Harvard, nos EUA.
De acordo com reportagem da Folha de S. Paulo, na pesquisa, que acaba de ser publicada pela revista especiaalizada Science, a a equipe liderada por Marc Lipsitch, do Departamento de Epidemiologia da instituição americana, usou dados sobre o Sars-CoV-2 e sobre outras formas de coronavírus para tentar simular uma enorme variedade de cenários de evolução da covid-19 ao longo dos próximos anos, chegando até 2025.
As incertezas são grandes, a começar pelo fato de que ainda não está claro como ficará a imunidade das pessoas que já tiveram a doença e se recuperaram.