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Petrobras volta a aumentar o preço da gasolina nas refinarias – Edição da Tarde

A Petrobras vai aumentar os preços praticados em suas refinarias para a gasolina em R$ 0,0945 por litro a partir de amanhã (12/08). Com a alta, o preço médio do combustível passará a ser de R$ 2,78 por litro, alta de 3,5%. O último reajuste praticado pela estatal para a gasolina havia ocorrido em 6 de julho, quando o combustível passou a ser vendido ao preço médio de R$ 2,69 por litro.

Este é o segundo aumento no preço da gasolina na gestão do general da reserva Joaquim Silva e Luna, que assumiu a presidência da petroleira em abril. Em nota, a estatal informou que, após o reajuste, a parcela da companhia nos preços praticados nas bombas dos postos de combustíveis passará a ser de R$ 2,03 por litro em média, referente à mistura obrigatória de 73% de gasolina A e 27% de etanol anidro. (Valor Econômico)

TCU analisa a venda da RLAM pela Petrobras

O Tribunal de Contas da União (TCU) deve analisar, em sessão plenária virtual nesta quarta-feira (11/08), dois processos envolvendo a Petrobras. Um dos processos trata de denúncias sobre possíveis irregularidades no contrato de compra e venda da Refinaria Landulfo Alves (RLAM), na Bahia, para o fundo de investimentos dos Emirados Árabes Unidos Mubadala, de Abu Dhabi, e corre sob segredo de Justiça. A aquisição da refinaria pelo fundo foi aprovada em junho deste ano.

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O processo aponta aspectos que já foram denunciados pela Federação Única dos Petroleiros (FUP) em diferentes instâncias, como no próprio TCU, no Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) e também em esferas judiciais. Entre as irregularidades, destacam-se o preço de venda da refinaria (U$ 1,65 bilhão) ao Mubadala, abaixo do valor de mercado, conforme estudos técnicos de diferentes entidades, como o Instituto de Estudos Estratégicos de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (Ineep), e fontes de mercado, como o BTG Pactual; a criação de um monopólio privado a partir da privatização da RLAM; o risco de desabastecimento doméstico; e o aumento nos preços internos dos derivados de petróleo.

O outro processo envolvendo a Petrobras é da auditoria operacional realizada pelo TCU para verificar se a estratégia da Petrobras para o setor de gás natural está em consonância com as novas diretrizes governamentais de promoção da concorrência. As informações foram publicadas pelo portal Monitor Mercantil. 

Com disparada na energia, inflação vai a 0,96% em julho

A inflação oficial do país, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), voltou a acelerar e registrou variação de 0,96% em julho. Puxado pela energia elétrica mais cara, o resultado é o maior para o mês desde 2002, quando o índice foi de 1,19%. A variação de 0,96% ocorreu após avanço de 0,53% em junho, informou ontem (10/08) o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

O resultado de julho veio próximo das expectativas do mercado. Analistas consultados pela agência Bloomberg projetavam variação de 0,95%. Com o resultado, o IPCA chegou a 8,99% no acumulado de 12 meses. Isso significa que o indicador ampliou a distância em relação ao teto da meta de inflação perseguida pelo BC (Banco Central) neste ano. No acumulado até junho, a variação estava em 8,35%. O teto da meta de inflação em 2021 é de 5,25%. O centro é de 3,75%. As informações foram publicadas pela Folha de S. Paulo.

Crise do clima gera prejuízo no campo, com morte de animais e perda de safras

Reportagem da Folha de S. Paulo ressalta que o agronegócio brasileiro é um dos grandes prejudicados pelos cenários mais graves de mudanças climáticas, que já estão transformando o regime de chuvas e secas no Brasil. As projeções regionais do Painel Intergovernamental de Mudança do Clima da ONU (IPCC) divulgadas na segunda-feira (09/08) mostram aumento das chuvas fortes no Centro-Sul do Brasil, enquanto o Nordeste e a Amazônia devem sofrer com períodos secos mais prolongados.

Para especialistas, o setor do agronegócio conhece as respostas para lidar com a crise do clima. O desafio é expandir as soluções e convencer uma parte cética dos produtores de que o problema é real. “É um alerta que estamos dando desde 2007”, afirma Eduardo Assad, pesquisador da Embrapa, especialista em agricultura e mudanças climáticas. Segundo Assad, as práticas que mitigam a crise do clima, reduzindo as emissões de gases-estufa, também conferem maior resiliência aos sistemas agrícolas e servem como medidas de adaptação.

Entre os programas, ele cita o ABC (Agricultura de Baixo Carbono, do governo federal, que dá incentivos para práticas agrícolas que evitam emissões) e as soluções de integração entre lavoura, pecuária e floresta (conhecido pela sigla ILPF). Para Marcello Brito, presidente da Abag (Associação Brasileira do Agronegócio), as práticas para uma agricultura resiliente já estão em rápido andamento no Brasil e devem, nos próximos 20 anos, mudar a estrutura de produção com novas tecnologias. Ele destaca também os sistemas agroflorestais e a agricultura regenerativa.

 Racionamento de energia pode ser a única opção para o Brasil

Análise da coluna Mercado S/A, do Correio Braziliense ressalta que um velho flagelo brasileiro pode retornar em breve: o racionamento de energia. Conforme já divulgado, levantamento realizado pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), 63% dos empresários do setor industrial acreditam que a medida será adotada no futuro próximo, em decorrência do baixo nível dos reservatórios e da bandeira vermelha na conta de energia elétrica. Não é só: 98% dos pesquisados acreditam que haverá novos aumentos de preços.

A coluna ressalta, ainda, que o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) alertou, recentemente, que o nível dos reservatórios no Brasil pode chegar ao limite em meados de novembro, ou até antes disso. Para o coordenador do Instituto Clima e Sociedade (ICS), Roberto Kishinami, há, de fato, poucas chances de o país escapar do racionamento. Segundo ele, a medida será necessária para garantir o suprimento básico da população.

PANORAMA DA MÍDIA

Uma terceira dose de CoronaVac para quem já completou o esquema vacinal contra a covid-19, com o produto do laboratório chinês Sinovac, é eficaz para aumentar a imunidade contra o coronavírus. A conclusão está em dois estudos divulgados ontem (10/08) pela fabricante e comentados hoje pelo Instituto Butantan, parceiro na produção do imunizante no Brasil. (O Globo)

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