O Valor Econômico informa que os ministério de Minas e Energia (MME) e da Indústria e Comércio (Mdic) vão divulgar conjuntamente, nesta terça-feira (21/11), novas propostas para descarbonizar a indústria brasileira e aumentar a eficiência energética das pequenas e médias empresas (PMEs).
As pastas participaram do desenvolvimento de dois estudos sobre o tema comandados pela GIZ ((Gesellschaft für Internationale Zusammenarbeit), entidade do governo alemão para cooperação técnica que atua no Brasil há 60 anos, e que contou com apoio da Confederação Nacional da Indústria (CNI). Eles serviram como base para identificar melhorias em políticas públicas.
Cemig soma R$ 1 bilhão de investimentos em eficiência
O Valor Econômico informa que o programa de eficiência energética da Cemig completou 25 anos alcançando a marca de R$ 1 bilhão em recursos investidos em soluções de economia de energia para clientes, nos 774 municípios da área de concessão da companhia, em Minas Gerais.
No período, o programa trouxe economia de 7.423 gigawatts-hora (GWh), suficiente para atender a 3,5 milhões de clientes durante um ano, e retirou do sistema elétrico carga de 168 megawatts (MW), equivalente à soma da potência de hidrelétricas do porte de Queimado (105 MW) e Rosal (55 MW).
A maior parte dos recursos, R$ 505 milhões, foi aplicada no projeto Cemig nas Comunidades, que consiste na troca de lâmpadas menos eficientes e de geladeiras antigas por outras, mais econômicas e eficientes, diz Marney Tadeu Antunes, diretor da Cemig Distribuição.
Enel se torna alvo de promotoria por falta de luz após temporal do RJ
O Ministério Público do Rio de Janeiro abriu procedimento para investigar a italiana Enel pela demora em restabelecer o fornecimento de energia após temporal que atingiu o estado no sábado (18/11). A empresa enfrenta questionamentos pelo mesmo problema também em São Paulo.
Até às 19h30 de ontem (20/11), havia queixas de falta de luz em diversas cidades do estado. (Valor Econômico)
Carga de tributos e encargos sobre setor elétrico foi de 48,1% em 2022, diz estudo
A carga de tributos e encargos setoriais sobre o setor elétrico chegou a 48,1% do total da receita bruta das empresas em 2022, aponta estudo da consultoria PwC encomendado pelo Instituto Acende Brasil. Considerada “excessiva” pelos pesquisadores, essa é a quarta maior carga verificada pelo levantamento anual desde 1999, que apontou um pico de 51,6% em 2015.
A expectativa dos consultores é que a reforma tributária, em tramitação no Congresso, imponha um freio aos impostos, mas o histórico de alta nos encargos setoriais deve permanecer como uma sombra ao desenvolvimento do setor e à redução de preços.
O levantamento anual da PwC mostra que em 2022, só a carga consolidada de tributos ficou em 32,9%, redução de 2,7 pontos porcentuais na comparação com o ano anterior (35,6%). Isso se deve essencialmente ao rebaixamento do ICMS em junho de 2022, que passou a respeitar a essencialidade do serviço definida em lei. Com isso, a incidência média dos tributos estaduais caiu de 21,2% para 17,8%. (portal Brasil Agro)
Temperatura diária global fica 2°C acima da era pré-industrial pela primeira vez
Pela primeira vez, a variação da temperatura média global ficou acima de 2°C na comparação com os níveis registrados antes da Revolução Industrial (1850-1900), considerada o marco a partir do qual as emissões de carbono pelas atividades humanas começam a escalar.
A marca foi ultrapassada na última sexta-feira (17/11), quando a variação de temperatura (ou anomalia de temperatura, no jargão científico) ficou 2,07°C acima da média pré-industrial. Os dados são do observatório europeu Copernicus e foram divulgados ontem (20/11). Números preliminares mostram que a temperatura se manteve alta no sábado (18/11), quando ficou 2,06°C acima da média do período.
Reportagem da Folha de S. Paulo explica que, para definir o número, os cientistas primeiro calculam qual a média de temperatura no período pré-industrial (1850-1900). Em seguida, verificam quanto a temperatura atual variou em relação a essa média. A variação da temperatura diária mundial ter superado os 2°C acima da era pré-industrial é algo simbólico por causa do Acordo de Paris.
O tratado tem como objetivo manter o aumento da temperatura média global “bem abaixo dos 2°C acima dos níveis pré-industriais e buscar esforços para limitar o aumento da temperatura a 1,5°C”. A medida é necessária para reduzir significativamente os riscos e impactos das mudanças climáticas.
No entanto, é importante esclarecer que os registros feitos pelo Copernicus não significam que o trato já tenha sido quebrado. Para que seja considerado que o mundo está 2°C mais quente, é preciso que índices como esse sejam registrados de modo frequente.
Temporais se espalham e temperaturas voltam ao padrão no Brasil
A condição de tempo se mantém instável sobre áreas da região Sul do Brasil, com a circulação de ventos favorecendo novos temporais sobre o oeste e sul do Rio Grande do Sul. Na região litorânea do Paraná e de Santa Catarina, o dia deve ser de sol, com pancadas típicas de primavera e verão.
Todo o Sudeste verá as temperaturas voltarem a subir, mas sem indicativos de calor extremo. De acordo com o boletim, a onda de calor cessou no fim de semana. Agora, as máximas ficam dentro do padrão de novembro, passando dos 30ºC pontualmente.
A expectativa é de dia ensolarado na capital paulista, porém com condição para pancadas de chuva no final da tarde. Além disso, não há previsão de temporais em Belo Horizonte e Triângulo Mineiro, onde apenas pancadas pontuais devem acontecer. (Globo Rural)
Petros tem até R$ 10 bilhões para investir em ativos “cuidadosamente escolhidos”, diz presidente do fundo
Em entrevista ao jornal O Estado de S. Paulo, o economista Henrique Jäger, presidente do segundo maior fundo de pensão do Brasil, a Petros, fundação de seguridade dos funcionários da Petrobras, tem hoje R$ 20 bilhões em caixa.
Como metade está comprometido com as obrigações dos próximos seis meses, a fundação tem um volume de até R$ 10 bilhões, que pode ir para investimentos. “Tudo muito cuidadosamente escolhido”, enfatiza.
A Petros tem R$ 126,6 bilhões de patrimônio total, com 9,6% aplicados em renda variável, entre ações e fundos de ações e de índice. O restante está aportado em renda fixa (80,9%), investimentos estruturados (3,7%) e imobiliários (3,2%), operações com participantes (2,3%) e investimentos no exterior (0,3%). A Petros tem 131.843 participantes, dos quais 52.567 ativos e 79.276 assistidos.
Em meio a embate sobre preços de combustíveis, Lula se reúne hoje com presidente da Petrobras e ministro
Em meio a uma troca de acusações públicas, o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, e o presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, se reúnem na tarde desta terça-feira (21/11) com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, no Palácio do Planalto. Os ministros Fernando Haddad (Fazenda) e Rui Costa (Casa Civil) também participam do encontro.
No domingo, Silveira voltou a cobrar a redução do preço dos combustíveis. O ministro disse que não compreendeu as declarações de Prates e afirmou que os preços dos combustíveis são importantes para garantir a inflação dentro da meta. (O Globo)
Plano estratégico é pano de fundo em impasse entre ministro e Petrobras
Reportagem do Valor Econômico ressalta que a disputa entre o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, e o presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, sobre a política de preços de combustíveis praticada pela companhia tem como pano de fundo desse enfrentamento o novo plano estratégico da estatal para o período 2024-2028, que deve ser apreciado pelo conselho de administração da empresa na quinta-feira (23/11), com divulgação no mesmo dia, após o fechamento do mercado.
Parte do mercado enxerga interferência política do MME na Petrobras. Fontes da reportagem informam que o valor total a ser investido pela Petrobras nos próximos cinco anos deve girar em torno de US$ 100 bilhões, ante os US$ 78 bilhões do atual plano. O montante de investimentos em renováveis, porém, está entre as grandes incógnitas do Plano Estratégico 2024-2028. A nova gestão da Petrobras criou a diretoria de sustentabilidade e e transição energética e aprovou o direcionamento de 6% a 15% dos investimentos em projetos de baixo carbono. No entanto, existe uma preocupação sobre em que ativos os valores serão alocados.
PANORAMA DA MÍDIA
A vitória de Javier Milei em eleição à presidência da República na Argentina, no domingo (19/11), segue como principal destaque da mídia nesta terça-feira (21/11).
Em meio à pior crise econômica de sua história, o dia seguinte ao 2º turno da eleição na Argentina foi marcado por forte tensão entre as equipes do governo Alberto Fernández e do presidente eleito, Javier Milei. À noite, porém, foi feito anúncio para tranquilizar os mercados de que os dois lados acertaram fazer uma transição calma e ordenada, mediante pacote de medidas que inclui um câmbio melhorado para os exportadores. (Valor Econômico)
Um dia após uma vitória eleitoral histórica sobre peronistas e kirchneristas, o presidente eleito da Argentina, Javier Milei, confirmou sua decisão de fechar o Banco Central e anunciou que pretende privatizar empresas estatais, entre elas a companhia petrolífera YPF — estatizada pelos governos kirchneristas — e empresas de comunicação públicas. Mas o que ultradireitista não disse, e analistas locais alertam, é que, para avançar com sua agenda, precisará de aval do Congresso, onde ele não tem maioria mesmo com os deputados e senadores de seus principais sócios políticos: o ex-presidente Mauricio Macri e a ex-candidata presidencial Patricia Bullrich. (O Globo)
Uma das propostas do agora presidente eleito da Argentina, Javier Milei, é acabar com o Banco Central, considerado por ele como uma instituição que rouba os argentinos ao contribuir para o processo inflacionário vivido pelo país. A proposta é de difícil realização, assim como a de dolarizar a economia; mas, caso venha a se tornar realidade, a Argentina seria o maior país a tomar tal atitude. (O Estado de S. Paulo)
Em uma rodada de entrevistas a rádios locais na manhã de ontem (20/11), Javier Milei confirmou que, além de privatizar “tudo o que possa estar nas mãos do setor privado”, fechará o Banco Central e cortará os atuais 18 ministérios para apenas 8, extinguindo pastas como Cultura, Mulheres e Ciência e Tecnologia. (Folha de S. Paulo)