Reportagem do jornal O Estado de S. Paulo mostra que setores da Petrobras resistem ao plano do ministro da Economia, Paulo Guedes, de abrir o mercado de gás e acabar com o monopólio da estatal no setor. A divergência fica clara em uma troca de mensagens às quais o jornal teve acesso e divulgou, entre Guedes e integrantes de um grupo de WhatsApp chamado “Equipe Econômica”.
Segundo o Estadão/Broadcast apurou, a resistência parte de um grupo pequeno, que defende a manutenção do controle estatal no mercado de gás, mas que não chega a ser obstáculo à implementação da agenda liberal defendida pela equipe econômica do governo.
Dez anos após o primeiro leilão, RN prevê geração de energia eólica offshore
Em 2009, quando o Brasil fez o primeiro leilão para geração de energia eólica, o Rio Grande do Norte foi o estado que mais teve projetos contratados – um total de 23. O site Ambiente Energia publica hoje (19/04) uma reportagem sobre o tema e informa que, passados dez anos, os investimentos do setor movimentaram, aproximadamente, R$ 15 bilhões.
O Rio Grande do Norte consolidou a liderança nacional de produção dessa matriz energética, com 151 parques instalados e mais de 1,5 mil aerogeradores em operação. O mercado segue expandindo a produção no interior do estado, enquanto vislumbra a possibilidade de gerar energia eólica no mar. O primeiro projeto é da Petrobras.
O tema tem sido abordado pela imprensa. Nesta reportagem, o site Ambiente Energia destaca que a tecnologia para a geração de energia eólica offshore já existe ao redor do mundo, mas ainda não é explorada no Brasil. Em agosto de 2018, a Petrobras anunciou a implantação da primeira planta eólica do Brasil no mar, que será instalada no polo de Guamaré, no litoral norte do país, até 2022.
PANORAMA DA MÍDIA
O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), decidiu ontem (18/04) rever a censura imposta por ele há cinco dias à revista eletrônica “Crusoé” e ao site “O Antagonista”, do mesmo grupo, em função de reportagem relacionada ao presidente da Corte, Dias Toffoli. Esta é a manchete desta sexta-feira nos principais jornais do país.
O Estado de S. Paulo explica, em sua “Coluna do Estadão”, que o ministro havia classificado o conteúdo como fake news, mas a Justiça Federal mostrou provas de que era ele que estava errado. A 13ª Vara Federal de Curitiba informou ao ministro que “realmente existe” o documento citado nas reportagens dos veículos, em que o empreiteiro Marcelo Odebrecht afirma que o codinome “o amigo do amigo do meu pai” se refere ao presidente da Corte, ministro Dias Toffoli. Moraes havia sido criticado por colegas do STF e por outros juristas, pela censura à reportagem. De acordo com a “Coluna do Estadão”, há um clima de desconfiança entre o STF os responsáveis pela operação Lava Jato, que conduzem as investigações em Curitiba.
O jornal O Globo analisa que, além de expor a divergência no STF, as críticas prevaleceram sobre a posição de Dias Toffoli, que ainda ontem defendia a primeira decisão de Moraes. A censura à reportagem havia sido determinada por Moraes dentro do inquérito aberto por Toffoli para investigar ofensas, calúnias e notícias falsas contra ministros do Supremo e seus familiares. Essas investigações prosseguem. De acordo com a análise do Globo, a suspensão da censura não deve encerrar a tensão no STF.
“Em conversas reservadas, diferentes ministros da Corte seguem inconformados com a existência do inquérito aberto por ordem de Toffoli para investigar ataques contra o Supremo. Considerado uma anomalia jurídica, por dar à Corte poderes só conferidos à Polícia Federal e ao Ministério Público, o procedimento teve sua legitimidade questionada por sete ações, depois de ter sido usado para alvejar usuários de redes sociais e jornalistas.” (O Globo)
A Folha de S. Paulo destaca, em sua seção “Painel”, que, para políticos, “questionamentos ao STF após crise por censura ampliam temor de acefalia no país”.
As revistas semanais começam a circular hoje. A reportagem de capa da Veja é sobre as contradições existentes entre a interferência do presidente Jair Bolsonaro, no reajuste do preço do diesel – tema que dominou o noticiário econômico nos últimos dias –, e a pauta liberal do ministro da Economia, Paulo Guedes. De acordo com a reportagem, a falta de alinhamento entre essas posições tem levado apreensão aos investidores quanto aos rumos do governo.
A revista Carta Capital traz um artigo do economista Luiz Gonzaga Belluzo sobre os mercados de petróleo, as ações da Petrobras e a ameaça de greve dos caminhoneiros por causa do aumento do preço do óleo diesel.