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Plano para o setor de energia prevê R$ 3,25 trilhões de investimentos em 10 anos – Edição da Manhã

O Brasil contará com R$ 3,25 trilhões em investimentos nos próximos dez anos se forem confirmados os projetos previstos no Plano Decenal de Expansão de Energia, o PDE 2031, lançado ontem (06/04) pelo Ministério de Minas e Energia (MME). Em cerimônia realizada na sede do ministério, o secretário de Planejamento e Desenvolvimento Energético, Paulo César Magalhães, anunciou que o país deve expandir sua matriz energética em 30% até 2031, mantendo a proporção de 50% de fontes renováveis. Ele lembrou que, no mundo, o patamar de energia renovável é de 14%.

Ao discursar na solenidade, o ministro Bento Albuquerque afirmou que o volume total de investimento apontado pelo PDE 2031 considera o cenário de crescimento econômico de 3% ao ano do país. O montante projetado, segundo ele, abarca principalmente R$ 2,7 trilhões do setor de petróleo e gás natural e cerca de R$ 530 bilhões em geração e transmissão de energia elétrica.

Magalhães afirmou que a capacidade de geração de energia elétrica deve crescer 37%, com a potência adicional de 75 gigawatts (GW). Ele mostrou, em sua apresentação, que a modalidade de geração distribuída (GD) deve expandir em 363%. Outro destaque é a geração solar centralizada, contratada em leilões, que deve crescer 134% até 2031. Com os leilões programados pelo governo, as linhas de transmissão devem expandir 19%, com mais 33,6 quilômetros de redes de alta tensão até 2031.

No setor de petróleo, o PDE prevê aumento de produção de 2,9 milhões para 5,2 milhões de barris/dia até 2031. Isso representa, destacou Magalhães, expansão de 78%, sendo que as reservas do pré-sal vai representar 80% do todo nível de produção a ser alcançado em dez anos. As informações foram publicadas pelo Valor Econômico.

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Elétrica chinesa CTG pode ser avaliada em até US$ 10 bilhões em IPO na B3

O jornal O Estado de S. Paulo informa que a gigante de energia chinesa CTG (China Three Gorges) deu início à escolha do grupo de bancos estrangeiros e nacionais que devem participar da oferta de ao menos US$ 1 bilhão de ações de seu braço de operações brasileiro e estimativas de que poderia alcançar os US$ 2 bilhões.

O Citi deverá ser o coordenador global da oferta, conforme as conversas até o momento. As indicações são de que os bancos brasileiros BTG Pactual e Itaú BBA participarão, além de outros estrangeiros, como o Morgan Stanley e o Goldman Sachs. O grupo ainda não está totalmente fechado, ressalta a reportagem. A elétrica chinesa pode chegar à Bolsa brasileira depois das eleições, valendo US$ 10 bilhões, numa oferta que ficaria entre as maiores da história da B3.

Segundo fontes do jornal, as conversas ganharam força no início de março, e o plano é ter o grupo de bancos definido nas próximas semanas. O objetivo é capitalizar a unidade brasileira e, com o dinheiro captado no IPO (sigla em inglês para oferta inicial de ações), financiar a expansão pela América Latina, numa estratégia que incluiria aquisições.

No Brasil, a chinesa já comprou, em 2016, as operações no país da Duke Energy, por US$ 1,2 bilhão. A listagem na B3 pode ocorrer até o fim deste ano, devendo ir ao mercado mais provavelmente após as eleições. A CTG tem participação em 17 hidrelétricas no Brasil, com posição de controle em 14 delas, em concessões que começam a vencer somente a partir de 2032.

Comitê de elegibilidade da Petrobras aprova Márcio Weber, indicado à presidência do conselho de administração

O comitê de elegibilidade (Celeg) da Petrobras concluiu que o executivo Márcio Weber preenche os requisitos necessários e não tem vedações para concorrer a uma vaga no conselho de administração da companhia na assembleia geral ordinária e extraordinária (AGOE) do dia 13 de abril.

Weber foi indicado ontem (06/04) à noite pela União à presidência do colegiado, depois da desistência de Rodolfo Landim, que havia sido indicado anteriormente ao cargo. A análise de Weber ocorreu de forma mais célere, dado que ele é candidato à reeleição ao conselho e que já estava incluído na primeira lista enviada a União como candidatos ao órgão, em 9 de março. (Valor Econômico)

Produção em campos maduros dobrará ate 2025, diz ANP

Os 124 campos maduros de petróleo e gás vendidos pela Petrobras a outras petroleiras desde 2019 têm previsão de crescimento de 122% na produção até 2025, concluíram dados da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP). Campos considerados maduros são aqueles que já passaram do pico de produção, ou seja, estão em fase de declínio.

De acordo com a agência, no período entre 2012 e 2020, antes dos desinvestimentos, a produção desses campos caiu aproximadamente 60%, chegando a 57,7 mil barris de petróleo por dia (barris/dia). Agora, com os novos operadores, a previsão é que a produção nessas áreas chegue a 125,6 mil barris/dia até 2025. As informações têm como base o programa anual de produção (PAP), documento apresentado pelas concessionárias de contratos de exploração e produção à agência. (Valor Econômico)

Alta nos preços de minério de ferro e carvão deve continuar pressionando indústria

Reportagem do Valor Econômico ressalta que a pressão de custos de matérias-primas e insumos metálicos na fabricação de aço por parte de siderúrgicas integradas pode se estender por um bom tempo ainda. Apenas os preços do minério de ferro e do carvão metalúrgico, os dois principais ingredientes, subiram cerca de US$ 324 a tonelada de janeiro até agora.

Segundo dados de consultorias, a cotação do minério de ferro passou de US$ 112,08 em 1º de janeiro para US$ 161,25 ontem no mercado chinês, conforme levantamento da Trading Economics. De carvão metalúrgico, que são usados 600 quilos para cada tonelada de aço, estima-se, no período, alta na faixa de US$ 400, com o insumo sendo negociado, após início da guerra da Rússia na Ucrânia, entre US$ 650 e US$ 700 a tonelada. (Valor Econômico)

PANORAMA DA MÍDIA

A indicação de Ferreira Coelho para presidir a Petrobras é o principal destaque da edição desta quinta-feira (07/04) dos jornais Valor Econômico e O Globo.

O Valor ressalta que após os reveses sofridos nos últimos dias, o governo indicou José Mauro Ferreira Coelho para a presidência da Petrobras e Márcio Andrade Weber para comandar o conselho de administração da companhia. As duas vagas estavam em aberto depois das desistências de Adriano Pires e Rodolfo Landim, nesta semana, para os dois cargos, respectivamente.

O jornal O Globo explica que a solução encontrada pelo governo foi buscar nomes em quadros internos, numa operação que incluiu até o inédito escrutínio em 24 horas, do nome do indicado para dirigir a estatal.

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O jornal O Estado de S. Paulo traz hoje (07/04) como destaque a decisão do presidente Jair Bolsonaro de antecipar em 15 dias o fim da bandeira tarifária de escassez hídrica, em vigor desde setembro do ano passado, e retornar à bandeira verde, sem acréscimos à conta de luz, a partir do dia 16. O prazo esperado para troca da bandeira seria no final do mês. De acordo com o governo, a conta de luz terá redução de cerca de 20% com a medida. Especialistas ouvidos pelo Estadão, enfatizam, no entanto, que a redução de preço vai ser diluída com os reajustes tarifários das distribuidoras, que serão estabelecidos ao longo deste ano.

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A Folha de S. Paulo informa que o governo federal destinou R$ 26 milhões de recursos do Ministério da Educação para a compra de kits de robótica para escolas de pequenas cidades de Alagoas, que sofrem com uma série de deficiências de infraestrutura básica, como falta de salas de aula, de computadores, de internet e até de água encanada. De acordo com a reportagem, todos os municípios têm contratos com uma mesma empresa de aliados do presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), responsável por controlar em Brasília a distribuição de parte das bilionárias emendas de relator do Orçamento, fonte dos recursos dos kits de robótica.

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