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PLD horário começa a valer em janeiro – Edição da Manhã

O mercado livre de energia está prestes a passar por uma mudança significativa já no início do ano que vem. A partir do dia 1º de janeiro, o Preço de Liquidação das Diferenças (PLD) será horário e não mais semanal, com variações de R$ 49,77/MWh a R$ 1.197,87/MWh.

Em reportagem sobre o tema, o Diário do Comércio (MG) apresenta a avaliação de diferentes agentes do setor, que apontam tanto as oportunidades para o setor quanto os riscos. Na opinião do presidente da Associação Brasileira dos Comercializadores de Energia (Abraceel), Reginaldo Medeiros, a medida é positiva e proporcionará uma melhor utilização do sistema elétrico.

Ele ressalta que, nesse novo cenário, em horários de escassez de energia, os preços irão subir. Por outro lado, nos momentos em que houver folga no sistema, os valores vão passar por uma redução. “Com preços diferenciados, pode-se programar para usar a energia quando ela estiver mais barata”, argumenta ele.

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Ele argumenta que o PLD horário existe em outros países e que também traz ganhos para as comercializadoras de energia, que poderão oferecer uma quantidade maior de produtos. “As empresas vão se adaptar de acordo com as necessidades dos consumidores”, prevê Medeiros.

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Por outro lado, o presidente e fundador da Trinity Energia, João Sanches, acredita que os efeitos do PLD horário para o mercado poderão ser positivos ou negativos. “O principal efeito é que o preço passando a ser horário, pode trazer um efeito negativo ou positivo tanto para os geradores quanto para os consumidores. E também isso traz mais risco e mais oportunidades para outros produtos, novos produtos no mercado”, pondera ele.

Já o presidente da Tradener Comercializadora de Energia, Walfrido Ávila, salienta que o cenário ainda é incerto. “Não se sabe ainda, ao certo, quais serão os reflexos”, adverte.

Do lado das indústrias, os ganhos podem ser positivos, conforme disse o vice-presidente da Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (Fiemg), Márcio Danilo Costa. Ele acredita em preços mais realistas para o mercado e em uma maior eficiência no planejamento e operação no sistema elétrico. “Teremos uma gestão mais eficiente do consumo, com possibilidade de contratação de energia a preços mais competitivos.”

Bolívia quer renegociar contrato de gás ao Brasil

O ministro de Economia e Finanças Públicas da Bolívia, Marcelo Montenegro, disse, em entrevista publicada ontem (28/12) pelo Valor Econômico, que o país deve entrar em 2021 em uma fase de austeridade. O governo do presidente Luís Arce, que tomou posse em novembro, cortará gastos correntes, mas manterá o foco em investimentos públicos.

No curto prazo, informa Montenegro, a ideia é impulsionar a retomada da economia – que deve contrair-se 7,9% neste ano – pelo lado da demanda e renegociar o contrato de venda de gás ao Brasil nos próximos meses.

Segundo o ministro, o acordo assinado entre o presidente Jair Bolsonaro e a presidente interina Jeanine Añez em março é desfavorável para a Bolívia. “Dos 30 milhões de metros cúbicos que poderíamos vender ao Brasil, hoje são cerca de 14 milhões. Nesse sentido, o acordo foi um tiro no pé”, diz. “Sem contar o transporte, que antes era feito pela Petrobras e agora fica a cargo da Yacimientos Petrolíferos Fiscales de Bolívia (YPFB).”

Montenegro concorda, no entanto, que reduzir a dependência da Bolívia em relação às exportações de gás é imperativo, já que Brasil e Argentina, os principais compradores, vêm aumentando suas produções.

EDP avança em energia solar para residências

A EDP Brasil está ampliando sua aposta na energia solar, uma das principais vertentes de crescimento da empresa para os próximos anos. O Valor Econômico informa que a elétrica de controle português fechou parceria com a Blue Sol, empresa paulista dedicada ao segmento de geração distribuída, para ganhar escala no mercado “B2C” (sigla em inglês para definir relações comércio “da empresa para o consumidor”), atendendo residências e pequenas empresas com micro e mini sistemas de geração solar fotovoltaica.

O acordo foi firmado por meio da EDP Ventures, braço para investimentos de capital de risco. A elétrica se comprometeu a investir cerca de R$ 20 milhões na Blue Sol em 2021, de forma escalonada, com o objetivo de adquirir uma participação de até 40% na empresa.

“[A transação] É mais um passo no nosso objetivo de liderar a transição energética na próxima década, o que passa por investimentos em energia solar em todos os segmentos, desde usinas de larga escala até pequenos empreendimentos para residências e empresas de menor porte”, afirmou ao Valor, Carlos Andrade, vice-presidente de Estratégia e Novos Negócios da EDP Brasil.

Segundo o executivo, a companhia já se consolidou como desenvolvedora e operadora de usinas solares para grandes empresas – Banco do Brasil, TIM, Claro e Johnson & Johnson são alguns de seus clientes -, mas enxergava dificuldades em crescer organicamente no “B2C”, mercado em que começou a atuar timidamente em 2019. Para a EDP, o grande atrativo da Blue Sol é a atuação através de franquias, modelo que traz a capilaridade necessária para operar de forma eficiente junto a residências e de pequenas empresas.

Cade aprova compra de participação da Sequoia, pela Chesf, em parques eólicos 

A Superintendência-Geral do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) aprovou a aquisição pela Companhia Hidroelétrica do São Francisco (Chesf), subsidiária da Eletrobras, de uma participação acionária residual detida pela Sequoia nas empresas que compõem os Complexos Eólicos Pindaí I, II e III, localizados na Bahia. A operação foi avaliada em R$ 20,6 milhões, informa o Valor Econômico.

O objetivo da Chesf é a incorporação dos ativos. Para a companhia, essa operação representará um incremento da capacidade instalada sob sua propriedade e uma simplificação da posição já majoritária nas empresas, estratégia alinhada à racionalização de suas participações societárias.

A Sequoia apontou, por sua vez, que o negócio ocorrerá em um contexto de redução de participação junto a estatais com retorno pelos investimentos realizados no ramo de energia e geração de caixa para a empresa.

3R Petroleum recebe benefício fiscal para exploração em polo no Rio Grande do Norte

A 3R Petroleum informou que recebeu, da Superintendência de Desenvolvimento do Nordeste (Sudene), do Ministério do Desenvolvimento Regional, a aprovação para enquadramento no benefício fiscal de redução de Imposto de Renda e Adicionais em favor da subsidiária da 3R que controla as operações do Polo Macau, na Bacia Potiguar, no Estado do Rio Grande do Norte.

Segundo comunicado da empresa, o enquadramento permite a redução fixa de 75% do Imposto de Renda Pessoa Jurídica (IRPJ) pelo prazo de 10 anos, a partir de 1º de janeiro de 2021, sobre as atividades de produção de petróleo e gás natural desenvolvidas pela SPE 3R Petroleum.

A empresa informou ainda que o benefício fiscal vai reduzir a alíquota combinada de IRPJ e Contribuição Social de Lucro Líquido (CSLL) de 34% para 15,25% na operação do Polo Macau. (Valor Econômico)

Fitch afirma rating para emissão de R$ 95,5 milhões da UFV São Pedro IV

A agência de classificação de risco Fitch Ratings afirmou na semana passada, o Rating Nacional de Longo Prazo AAA(bra) da primeira emissão de debêntures do Projeto Central Fotovoltaica São Pedro IV Ltda., no valor de R$ 95,5 milhões, com vencimento em 2034. A perspectiva do rating é estável.

De acordo com a Fitch, o rating da emissão reflete as receitas totalmente contratadas do projeto, baseadas em contratos de compra e venda de energia a preços fixos e sem exposição ao Preço de Liquidação de Diferenças (PLD), devido às características dos leilões de energia de reserva.

Entre outros fatores, a classificação também considera a baixa complexidade de operação do projeto e a disponibilidade de outros operadores no mercado em caso de necessidade de troca da contraparte. As debêntures, que representam a única dívida do projeto, são seniores, totalmente amortizáveis até seu vencimento e são indexadas ao IPCA, mesmo índice de correção das receitas do projeto. As informações foram divulgadas pelo Canal Energia.

Abastecimento de hidrogênio para caminhão vem aí

O jornal O Estado de S. Paulo informa que as empresas Daimler Truck AG e Linde assinaram um contrato para desenvolver a tecnologia de abastecimento de hidrogênio líquido para caminhões. O objetivo é atender caminhões elétricos, com energia gerada por células a combustível. Em outras palavras, tornar prático o processo de reabastecimento, destaca a reportagem.

Para isso, as empresas vão se concentrar em um novo processo. Ou seja, com hidrogênio líquido sub-resfriado, tecnologia sLH2. Essa tecnologia permite que o abastecimento seja feito com maior densidade, de modo mais rápido e com maior eficiência energética.

Site da Cemig voltou a funcionar ontem, após ataque de hacker

O site da Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig) voltou a funcionar ontem (28/12) após um ataque cibernético ocorrido na última sexta-feira (25/12). “A Cemig informa que os canais de atendimento da companhia foram restabelecidos e já se encontram disponíveis. O cliente pode entrar em contato com a Cemig e ter acesso a todos os serviços e informações oferecidos por meio dos canais digitais, como o portal cemig.com.br”, informou a companhia.

Até domingo (27/12), o site foi mantido fora do ar e submetido a ajustes técnicos. A companhia destacou ainda que a operação do sistema elétrico e as principais bases de dados não foram comprometidas. (portal O Tempo)

Preço do diesel e da gasolina sobe até 5% nas refinarias, a partir desta terça-feira

Os novos preços praticados pela Petrobras para a gasolina e o diesel vendido em suas refinarias passam a vigorar a partir de hoje (29/12). A estatal decidiu aumentar em 4% o preço médio do diesel e em 5% o da gasolina.

O diesel passa a ser vendido para as distribuidoras a R$ 2,02 por litro, um aumento de R$ 0,08 no preço médio. Já a gasolina passa a ser vendida às distribuidoras ao preço médio de R$ 1,84 por litro, uma elevação de R$ 0,09. (CNN Brasil)

PANORAMA DA MÍDIA

A política ambiental do governo do presidente Jair Bolsonaro é o principal destaque da edição de hoje (29/12) da Folha de S. Paulo. O jornal informa que Bolsonaro ampliou de forma expressiva, em seus dois primeiros anos de governo, um processo de desmonte e esvaziamento dos órgãos responsáveis por cuidar do meio ambiente e das questões indígena e agrária.

De acordo com a reportagem, o resultado são paralisia generalizada, embates internos, retrocessos, um ministro sob constante pressão para ser substituído – Ricardo Salles, do Meio Ambiente – e uma coleção de números negativos, o que, entre outras consequências, resultou em uma forte degradação da imagem do país no exterior.

Paralelamente à precarização da infraestrutura e à redução de verbas do principal órgão fiscalizador, o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), o desmatamento e as queimadas deram um salto no país. A estimativa é a de que mais de 11 mil km 2 de florestas tenham sido destruídas na Amazônia Legal de 1º agosto de 2019 a 31 julho de 2020, alta de 9,5% em relação ao período anterior e a maior área desde 2008 (devido ao período chuvoso e de seca, o desmatamento é sempre medido nos 12 meses de agosto de um ano a julho do ano seguinte).

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O jornal O Estado de S. Paulo informa que os impactos da covid-19 se farão sentir por muito tempo e poderão ser ainda mais profundos do que se imaginava. A expectativa de vida do brasileiro ao nascer deve cair em até dois anos por causa das mais de 190 mil mortes pela doença. Será a primeira queda desse indicador registrada no país desde 1940, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Especialistas da Fundação Getúlio Vargas (FGV) e do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) estimam que a pandemia vai reverter a tendência observada nas últimas décadas. O brasileiro perderá pelo menos um ano de expectativa de vida, podendo chegar a até dois anos. A depender da capacidade do governo de vacinar a população em 2021, essa queda pode ainda se prolongar por mais um ano.

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O Natal deste ano foi o mais fraco para as vendas do comércio desde a recessão de 2015 e 2016, quando o setor encolheu 7% no período. Associações empresariais ouvidas pelo Valor Econômico atribuem o mau desempenho à redução do valor do auxílio emergencial pago pelo governo a mais de 60 milhões de pessoas e ao fechamento ou redução do horário de funcionamento do comércio devido ao recrudescimento da pandemia de covid-19.

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O governador em exercício do Rio de Janeiro, Cláudio Castro, autorizou ontem (28/12) a abertura do processo licitatório para a concessão dos serviços de fornecimento de água e esgotamento sanitário prestados pela Cedae, “sob a modalidade de concorrência internacional, a ser julgada pelo critério de maior oferta”.

O jornal O Globo informa que o próximo passo deve ser dado hoje com a divulgação do edital. Os interessados terão até 27 de abril para apresentarem suas propostas. O leilão está previsto para 30 de abril.

 

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