A projeção do Preço de Liquidação das Diferenças (PLD) médio para 2019 passou de R$ 260/MWh para R$ 293/MWh no submercado Sudeste/Centro-Oeste, de acordo com informação da Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE). O principal motivo da elevação do preço, mesmo no período úmido, foi a redução das chuvas, que começou ainda no final de 2018 e se estendeu até fevereiro.
Segundo análise da CCEE, a previsão de chuvas para o sistema começa a melhorar, com índices previstos para março em 80% no Sudeste, 104% no Sul, 42% no Nordeste e em 76% no Norte. O impacto da hidrologia também afetou os níveis de armazenamento dos principais reservatórios do sistema. No Sudeste, os reservatórios registraram queda de 2 p.p. (28,4%) e no Sul, a redução foi de 3.9 p.p. com níveis em 39,5%. Os níveis, por sua vez, subiram 1.6 p.p. no Nordeste (43,8%) e 10,4 p.p. no Norte (41,4%).
BID busca soluções inovadoras em eficiência energética
O Canal Energia informa que o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) está recebendo até o dia 30 de abril, o registro de soluções inovadoras em iluminação pública, em especial para eficiência energética em prédios públicos e geração distribuída de energia solar. As soluções estarão disponíveis em uma plataforma para gestores públicos dentro do Programa de Investimento em Gestão de Infraestrutura Pública para Eficiência Municipal (PROGEINFRA), uma parceria entre o BID e o Banco do Brasil, que deve atender a mais de 200 municípios de até 500 mil habitantes.
Agentes de PCHs querem agilizar licenciamentos
Foi criada ontem (25/02), na Assembleia Legislativa do Rio Grande do Sul, a Frente Parlamentar em Apoio às Pequenas Centrais Hidrelétricas (PCHs), que são usinas de 5 MW a 30 MW de potência instalada. De acordo com reportagem do Jornal do Comércio, a pauta dos agentes envolvidos na iniciativa é “menos burocracia e mais celeridade, principalmente no que diz respeito ao processo de licenciamento ambiental”.
O deputado estadual Ernani Polo (PP), presidente da frente parlamentar, afirmou que, “além da importância quanto à geração de emprego e renda, essas usinas contribuirão para reduzir a importação de energia de outras regiões do Brasil para o Rio Grande do Sul”.
Segundo o presidente da Associação Gaúcha de Fomento às PCHs (Agpch), Luiz Antônio Leão, também ouvido pela reportagem, o estado possui vários empreendimentos aptos a participar de leilões de energia a serem promovidos pelo governo federal ainda neste ano. “Existem 122 empreendimentos de PCHs e de Centrais Geradoras Hidrelétricas (CGHs), que vão até 5 MW de potência, para serem implementados e que se encontram na Fundação Estadual de Proteção Ambiental (Fepam), em alguma etapa do licenciamento ambiental.”
Lucro da BR Distribuidora triplica no quarto trimestre de 2018
A BR Distribuidora, empresa de combustíveis operada pela Petrobras, teve alta de 202,3% no lucro líquido do quarto trimestre de 2018, na comparação com igual período do ano anterior. A privatização de distribuidoras de energia da Eletrobras, que têm dívidas com a companhia, é apontada como um dos motivos que explicam o resultado. A informação consta do relatório financeiro da empresa e foi divulgada hoje pela agência de notícias Reuters.
De acordo com a BR, a Eletrobras e suas distribuidoras de energia no Amazonas, Roraima, Rondônia e Acre firmaram em abril de 2018, instrumentos de confissão de dívida com a empresa, no valor atualizado de R$ 4,6 bilhões, e os pagamentos vêm sendo feitos regularmente conforme o acordo firmado, que prevê 36 prestações mensais.
Presidente do Conselho da Iberdrola vê como “provável” IPO da Neoenergia em 2019
O presidente do Conselho de Administração do grupo espanhol Iberdrola (MC:IBE), Ignacio Sanchez Galan, disse ver como provável uma oferta inicial de ações (IPO, na sigla em inglês) em 2019 de sua controlada no Brasil, a elétrica Neoenergia. A Iberdrola possui 52,45 % da Neoenergia, que ainda tem como acionistas a Previ, fundo de pensão dos funcionários do Banco do Brasil, com 38,21 %, e o próprio Banco do Brasil, com 9,34 %.
A Neoenergia possui ativos de geração e transmissão de energia no Brasil, incluindo uma participação na hidrelétrica de Belo Monte (PA), além de controlar operações de distribuição de eletricidade na Bahia, Rio Grande do Norte, São Paulo e Mato Grosso do Sul. Mais informações no site da agência de notícias Reuters.
Enel Goiás entrega à Aneel plano de emergência para melhorar serviço
O portal de notícias R7 informa que representantes da Enel Distribuição Goiás reuniram-se ontem à tarde com a diretoria da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) para apresentar o plano emergencial da empresa, de resgate do serviço prestado no estado. O plano da Enel Goiás menciona ações e investimentos que devem ser realizados em curto prazo e em caráter emergencial. Os pormenores do plano não foram divulgados. Ele ainda será analisado, além da Aneel, pela Agência Goiana de Regulação (AGR).
A Enel Goiás tem sido alvo de reclamações e protestos de consumidores, que querem melhoria na qualidade dos serviços de fornecimento de energia no estado.
Profissionais do setor privado vão compor conselho de administração da Cemig
A Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig), que já está sob o comando de um presidente egresso do setor privado, Cledorvino Belini, recém-nomeado, deve contar também com profissionais da iniciativa privada em seu conselho de administração.
O governo de Minas Gerais, na qualidade de acionista controlador da companhia, indicou na última sexta-feira (22/02) cinco nomes para o conselho da estatal, com destaque para Márcio Utsch, que foi presidente da Alpargatas por 15 anos, e deixou a companhia no fim do ano passado. Além de Utsch, também foram indicados Antonio Junqueira, sócio da Vinland Capital e responsável pela análise de ações; Cláudio Araujo Pinho, advogado atuante no setor de energia; e José Reinaldo Magalhães, funcionário de carreira do Banco do Brasil e sócio da BR Investimentos. O quinto nome indicado ao conselho foi o de Romeu Rufino, ex-diretor da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel). As informações são do jornal Valor Econômico.
PANORAMA DA MÍDIA
Acionistas da Embraer aprovaram hoje (26/02), em assembleia, o acordo fechado com a Boeing, que prevê a criação de uma joint venture na área de aviação comercial e outra para promover o cargueiro KC-390. No total, 96,8% dos votos válidos foram favoráveis à parceria. A participação foi correspondente a 67% das ações em circulação.
Pelos termos do acordo, aprovado pelas empresas no fim de 2018 e pelo governo brasileiro no início de 2019, a Embraer transferirá ativos, passivos, bens, direitos e obrigações referentes à unidade de aviação comercial para a nova sociedade, que está sendo chamada provisoriamente de New Co. Na fase seguinte, a Boeing subscreverá ações ordinárias e preferenciais resgatáveis da nova empresa, passando a deter 80% do capital social. A Embraer ficará com os 20% restantes. A transação avalia 100% das operações de aeronaves comerciais da Embraer em US$ 5,26 bilhões.
O fechamento da transação ainda está sujeito à aprovação de órgãos que regulam a concorrência no Brasil e nos Estados Unidos e de outras condições que a Boeing e a Embraer esperam alcançar até o final de 2019. As informações são do jornal Valor Econômico.