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Possibilidade de menos chuva do que o esperado acende alerta para aumentos intensos na conta de luz – Edição do Dia

Reportagem do Valor Econômico destaca que ondas de calor que eventualmente atinjam o país nos próximos meses, no verão, quando normalmente ocorre o chamado período úmido, podem causar impacto sobre as contas de energia elétrica dos consumidores, especialmente aqueles que estão no mercado livre, onde se permite a escolha do fornecedor da eletricidade.

O impacto deve ser limitado, avaliam especialistas ouvidos pela reportagem, mas caso as chuvas esperadas para o período não se concretizem, o acionamento de térmicas deve ser um dos efeitos mais imediatos, com os consequentes reflexos mais expressivos nas tarifas.

As ondas de calor são intensificadas pela ocorrência do fenômeno climático El Niño, que tem sido considerado forte por meteorologistas, levando o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) a acionar termelétricas para garantir a segurança no fornecimento de energia em determinados momentos. Um efeito prático se deu em novembro, quando o sistema elétrico registrou dois recordes instantâneos no consumo de energia no país, superando a marca de 100 gigawatts (GW) de carga. No mês passado, a Eneva precisou acionar as térmicas a carvão da companhia (Itaqui e Pecém II) para atender a chamados do ONS.

Falta de chuva no Norte gera alerta no ONS

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A falta de chuvas no Norte do país, que sofre a influência do fenômeno climático El Niño, pode levar o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) a adotar medidas excepcionais em 2024, para preservar os reservatórios da região, disse ao jornal O Estado de S. Paulo o diretor-geral do órgão, Luiz Carlos Ciocchi.

O diagnóstico sobre como o Operador vai lidar com a questão deve acontecer entre fevereiro e março do próximo ano, quando será possível fazer uma avaliação melhor. Segundo Ciocchi, os técnicos do ONS têm feito acompanhamento contínuo da situação e já levaram a questão ao Comitê de Monitoramento do Sistema Elétrico (CMSE):

“Dependendo da quantidade de chuva que entrar no começo do ano teremos de tomar algumas medidas. Não há sinal alarmante, mas monitoramento é contínuo”, afirmou. Entre as medidas que têm sido consideradas estão algumas de ordem operativa, visando principalmente poupar os reservatórios de cabeceira, seguindo as medidas que foram adotadas durante a crise hídrica de 2021, e eventuais despachos (acionamento) de usinas térmicas.

Segundo ele, a adoção de um conjunto de medidas mais cedo permitiria utilizar as termelétricas mais baratas e segurar o acionamento daquelas com Custo Variável Unitário (CVU) maior, reduzindo o impacto tarifário para os consumidores. (Canal Energia – com informações do jornal O Estado de S. Paulo)

ONS: energia armazenada do Sudeste/Centro-Oeste deve encerrar 2023 com índice de 64,6%

O boletim do Programa Mensal de Operação (PMO), referente aos dias entre 9 e 15 de dezembro, indica que três subsistemas encerrarão dezembro com a Energia Armazenada (EAR) em patamares superiores a 50%. O destaque é o Sul, que pode atingir 93%, o mais elevado para o mês desde 2015 (98,3%).

O resultado do Sudeste/Centro-Oeste, que concentra 70% dos reservatórios mais relevantes para o Sistema Interligado Nacional (SIN), é de 64,6%, o maior índice para dezembro desde 2009 (72,3%). Para o Nordeste e o Norte, em 31 de dezembro, deve ser de 50,5% e 48,5%. (Fonte: ONS)

Mina de sal-gema da Braskem desaba em Maceió

A mina de número 18 da Braskem, em Maceió, desabou neste domingo (10/12), informou a prefeitura da cidade. Ainda não há detalhes sobre a dimensão dos danos. A Defesa Civil Estadual confirmou que o local sofreu um desabamento.

A área do rompimento foi sob a lagoa Mundaú, que tende a ficar altamente salinizada, com prejuízos para a fauna e a flora do local. O prefeito João Henrique Caldas (PL) disse, no início da noite, que o colapso na mina foi localizado e não representa risco para a população.

O teto da mina desabou por volta das 13h15 de ontem, após semanas sob monitoramento e abalos sísmicos. A área afetada, no bairro do Mutange, já havia sido desocupada e, portanto, não houve vítimas. (Folha de S. Paulo)

MME descarta risco de novo rompimento em mina de sal-gema da Braskem

Equipes técnicas do Ministério de Minas e Energia avaliaram os dados da Defesa Civil de Maceió após o rompimento de parte da mina 18, da Braskem, em Mutange, neste domingo (10/12) e afirmam que o “o incidente foi localizado, sem danos maiores aparentes”. Especialistas fazem ressalvas e afirmam que os impactos nas outras minas também devem ser considerados. (O Estado de S. Paulo) 

Com calor extremo, consumo de eletricidade sobe e energia solar avança no país

O mês de novembro quebrou o sexto recorde consecutivo de calor no planeta, conforme anúncio feito por cientistas do Observatório Europeu Copernicus, na última quarta-feira (6/12). Esse aumento das temperaturas elevou em 15,5% o consumo de energia elétrica no Brasil comparado ao ano anterior. Trata-se do maior avanço da série histórica, iniciada pela Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE) em janeiro de 2014, em função do maior uso de ventiladores e aparelhos de ar-condicionado.

Com tanto calor e eventos extremos muitos consumidores buscaram alternativas para evitar problemas futuros. Isso vem impulsionando os negócios em empresas como a 77Sol, que prevê encerrar o ano com crescimento de 30% no negócios. A plataforma une os principais bancos financiadores de sistemas de energia solar, os fabricantes que fornecem toda a infraestrutura de placas e os integradores que instalam os produtos nas casas e estabelecimentos. Entre os anos de 2021 e 2022, a empresa já havia registrado crescimento de 700% e agora se consolida nesse mercado. (InfoMoney)

WEG muda o comando, mas mantém a mesma estratégia, diz presidente do conselho

A indicação do nome de Alberto Yoshikazu Kuba para ocupar a vaga de diretor-presidente da multinacional fabricante de equipamentos WEG no lugar de Harry Schmelzer Júnior não deve representar mudanças significativas na gestão da empresa, disse o presidente do conselho de administração da companhia, Décio da Silva, em entrevista exclusiva ao Valor Econômico.

A empresa anunciou na última sexta-feira (8/12) a troca de comando da empresa, que terá a missão de dar continuidade aos negócios da gigante catarinense em um ambiente cada vez mais competitivo, mudanças em frentes de negócios e necessidade constante de investimentos. Schmelzer deve continuar na empresa, já que foi indicado pelo acionista controlador, a WPA, a uma cadeira no conselho de administração. A mudança vai ocorrer em abril de 2024.

Setor de energia limpa recebe investimento de US$ 1,7 trilhão no ano

US$ 2,8 trilhões. Esse é o valor estimado de investimento em energia em 2023, de acordo com o relatório global Atlas Setorial, divulgado pela Allianz Trade (líder global em seguro de crédito comercial) no fim de setembro. Desse montante, mais de US$ 1,7 trilhão é destinado à energia limpa, incluindo energia renovável, nuclear, combustíveis de baixa emissão e energias renováveis de uso final e eletrificação.

O documento mostra que os investimentos em energia limpa foram impulsionados por uma variedade de fatores, incluindo melhores condições econômicas em um momento de preços elevados e voláteis dos combustíveis fósseis. As informações foram publicadas pelo portal Forbes Brasil.

PANORAMA DA MÍDIA

A posse do novo presidente da Argentina, Javier Milei, é destaque, hoje (11/12), na mídia.

Milei fez um primeiro discurso no qual detalhou o que chamou de “bomba” deixada pelo governo de Alberto Fernández e Cristina Kirchner, acusou-os de terem “arruinado nossas vidas”, e avisou que a única alternativa que tem para enfrentar uma “situação de emergência” é implementar um brutal ajuste fiscal. (O Globo)

“Não existe solução viável e que evite o ataque ao déficit fiscal”, disse Milei, prometendo poupar o setor privado e sacrificar a máquina pública em um plano que ficou conhecido como “motosserra”. (Folha de S. Paulo)

Atualmente, a Argentina tem uma inflação de 142%, que pode terminar o ano acima de 160%, segundo projeções. Mais de 40% dos argentinos estão abaixo da linha da pobreza e quase 10% passam fome. (O Estado de S. Paulo)

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Valor Econômico: Empresas e Justiça sofrem com “ações falsas”. Disputas judiciais conhecidas no meio jurídico como “ litigância predatória” têm crescido em larga escala pelo país e já causam prejuízos de R$ 10 bilhões anuais ao Judiciário. São ao menos 1,2 milhão de novos processos por ano, segundo o Centro de Inteligência do Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJ-MG).