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PPPs de iluminação geram disputa entre investidores – Edição da Manhã

Levantamento feito pela consultoria Radar PPP mostra que há 149 processos de licitação em andamento no setor de iluminação publica do país, sendo que 34 deles podem ser leiloados ainda neste ano, nos moldes das Parcerias Público-Privadas (PPPs).

Em reportagem publicada a esse respeito na edição deste domingo (30/08), o jornal O Estado de S. Paulo informa que nos últimos leilões, realizados no início do mês, os descontos superaram 60% do valor original – bem acima das licitações passadas. A expectativa é que esse movimento continue nas concessões previstas para os próximos meses.

No total, 38 contratos de iluminação pública foram fechados com a iniciativa privada nos últimos anos e três ainda serão assinados. Esse processo, que prevê a modernização da rede de iluminação, teve início em 2010, a partir de uma mudança feita pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) na legislação. Até então, todos os ativos de iluminação pública eram administrados pelas distribuidoras de energia.

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Segundo a reportagem, as concessões entraram no radar dos investidores, sobretudo quando o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Caixa Econômica Federal, International Finance Corporation (IFC) e Banco Mundial começaram a fazer as modelagens dos leilões. Esse movimento deu mais qualidade e segurança ao processo, já que muitos municípios não tinham condições técnicas para elaborar os editais, por exemplo. 

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Pandemia trava obras no setor elétrico

Com dependência pesada de equipamentos importados, produzidos em diversos países do mundo, as concessionárias que atuam na construção de usinas e linhas de transmissão de energia tiveram seus pedidos suspensos. O isolamento social também esvaziou os canteiros de obra. Houve município que baixou decreto impedindo empresas de prosseguirem com as obras.

A Agência Estado fez um levantamento com a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) para verificar qual era o cenário dessas obras no dia 1º de março, antes da pandemia de covid-19 ser decretada pela Organização Mundial da Saúde (11 de março) e como estava a situação de cada um desses empreendimentos no dia 1º de julho.

Os dados mostram que o número de linhas de transmissão com cronograma atrasado cresceu 40% no intervalo de apenas quatro meses. Em março, havia 25 obras de linhas com atraso. Quatro meses depois, sob os efeitos da pandemia, 35 redes em obras já descumpriam seus cronogramas.

A construção de usinas também sentiu os efeitos da crise. No início de março, 323 obras de novos geradoras apresentavam algum atraso em seus cronogramas. Dados atualizados até 14 de agosto mostram que essa situação já afeta hoje 344 projetos.

Segundo a reportagem, esses são números que tendem a crescer, uma vez que agora, com o retorno gradual da normalidade nos canteiros de obras – apesar de a epidemia estar alta no país –, as empresas passaram a pedir que a agência reguladora autorize o adiamento de conclusão dessas obras. Nos pedidos conhecidos no setor como “excludente de responsabilidade”, elas alegam que não podem responder por atrasos que não causaram.

Carros elétricos aceleram e dão a largada à corrida pelo níquel

A produção de carros elétricos desencadeou uma verdadeira corrida ao níquel, metal essencial para a produção de baterias para os automóveis, informa o jornal O Globo. De acordo com a reportagem, esse movimento de expansão pode colocar o Brasil no centro do mapa global dessa indústria, que tem alto potencial de crescimento nos cálculos de investidores e da Agência Internacional de Energia (AIE).

A Vale, maior produtora global de níquel, já busca parceiros para o desenvolvimento de baterias com o objetivo de pegar carona na expansão do segmento. A empresa norte-americana Tesla, do setor automotivo e de armazenamento de energia, acenou recentemente com a possibilidade de um “contrato gigante” para a mineradora capaz de oferecer níquel a preço baixo e mínimo impacto ambiental.

As projeções para o futuro são otimistas. Segundo a AIE, o total de veículos elétricos em circulação no mundo poderia saltar de 9,4 milhões de unidades para 135 milhões em dez anos. O cenário esperado para o Brasil também é de rápida expansão. A Empresa de Pesquisa Energética (EPE) prevê que a frota de carros híbridos (movidos a combustão e baterias) passe dos atuais 30 mil para um milhão até 2030. A avaliação é que a indústria teria capacidade de crescer mesmo neste ano, marcado pela pandemia. 

A reportagem destaca, ainda, que as ações da Tesla acumulam alta superior a 400% este ano na Bolsa de Nova York, embaladas pela produção aquecida, que superou as projeções de analistas no primeiro trimestre. Além da Vale, que tem produção de níquel em Brasil, Canadá, Indonésia e Nova Caledônia, o mercado é disputado por mineradoras como a australiana BHP e a russa Norilsk Nickel.

PANORAMA DA MÍDIA

Duas novas ferramentas – o PIX (meio de transferências bancárias instantâneas) e o open banking – prometem representar uma revolução no sistema bancário brasileiro e, por tabela, esquentar a concorrência no mercado, destaca o jornal O Estado de S. Paulo na edição deste domingo (30/08).

Para se preparar para essa nova fase, enquanto os bancos estão investindo pesado em tecnologia, as chamadas fintechs (empresas de tecnologia de serviços financeiros) decidiram ir às compras. As startups especializadas no setor financeiro ampliaram nos últimos meses as aquisições de pequenas empresas de tecnologia, corretoras e gestoras de investimentos.

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A Folha de S. Paulo informa que o presidente Jair Bolsonaro preparou um cronograma de inaugurações de obras de infraestrutura que, em sua maioria, foram iniciadas nos governos de Lula e Dilma Rousseff (PT).

Das 33 obras que promete inaugurar no segundo semestre, 25 foram planejadas pelos petistas, duas começaram a ser executadas no governo Michel Temer (MDB) e seis saíram do papel no atual governo, sendo que algumas já eram discutidas nas gestões passadas.

A reportagem ressalta que as obras rodoviárias representam mais da metade do pacote de entregas, mas apenas uma das 18 intervenções foi inteiramente conduzida pelo atual ministro da Infraestrutura, Tarcísio Gomes de Freitas – a construção da ponte sobre o rio Paranaíba, na BR235/PI, entre as cidades de Santa Filomena, no Piauí, e Alto Parnaíba, no Maranhão. O restante fez parte do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), criado pelo governo do PT em 2007.

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O principal destaque da edição de hoje (30/08) do jornal O Globo são os desafios que o governador interino do Rio de Janeiro, Cláudio Castro, irá enfrentar. Ele assumiu o cargo anteontem, tendo, entre os muitos desafios, o impacto da pandemia da covid-19 na educação e nos transportes públicos.

A reportagem ressalta que Castro se vê obrigado a agir diante das urgências de um estado que prevê chegar ao fim de 2021 com um déficit fiscal de R$ 26,09 bilhões, segundo a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) para o ano que vem. O governador interino já se reuniu com os secretários de Saúde e das polícias civil e militar para traçar metas

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