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Preço baixo de energia elétrica trava mais de R$ 10 bilhões em fusões e aquisições – Edição do Dia

Reportagem do Valor Econômico destaca que o baixo preço da energia elétrica neste ano colocou em compasso de espera um conjunto de operações de fusões e aquisições (M&A, na sigla em inglês) do setor, que prometia ser o mais ativo do ano. No cálculo de bancos de investimento, um volume superior a R$ 10 bilhões em vendas de ativos estavam na mesa neste ano, mas agora tendem a ter o desfecho em 2024 ou 2025.

A reportagem explica que o ponto crucial para muitas operações serem adiadas foi o fraco crescimento da demanda por energia associado a um cenário com chuvas abundantes, que encheram os reservatórios das hidrelétricas; sobreoferta causada pela massiva entrada de usinas eólicas e solares; falta de reservatórios para hidrelétricas, que desperdiçaram água; restrição para exportação de energia excedente a países vizinho; e crescimento da geração distribuída. A equação completa levou a preços muito mais baixos em relação aos níveis de quando os vendedores colocaram os processos de venda na rua.

A mudança de cenário fez com que potenciais compradores retomassem suas planilhas, colocando na ponta do lápis o novo retorno projetado. E esse pano de fundo tem frustrado vendedores, que esperavam valores maiores pelos seus ativos. Além do preço da energia, que reduz as perspectivas de rentabilidade do ativo, o juro alto tem afetado também o “valuation”, assim como o custo de financiamento das operações.

BB estreia em operações de crédito de carbono no exterior e planeja expansão na área

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O jornal O Estado de S. Paulo informa que o Banco do Brasil fechou, ao lado do BNP ParIBAs e o Standard Chartered Bank, a primeira operação de crédito de carbono no exterior. Trata-se de uma preparação para um passo além: o BB está criando uma estrutura para a negociação de créditos de carbono no Brasil, de olho em um mercado de bilhões de dólares.

Na operação, o banco atuou como intermediador. Comprou 5 mil créditos de carbono do Projeto Envira Amazônia, focado na preservação e recuperação de floresta, do antigo dono, o BNP Paribas, e os vendeu para o Standard Chartered Bank no exterior. Segundo o vice-presidente de Negócios de Atacado do BB, Francisco Lassalvia, a transação-piloto valida o novo modelo de negócios do BB, que é justamente a criação de uma mesa de negociação de créditos de carbono no Brasil.

MME prepara regulação para ter hidrogênio verde como alternativa

O Ministério de Minas e Energia (MME) prepara uma regulação para o mercado de hidrogênio verde (H2), obtido a partir da água, pela separação de hidrogênio e oxigênio pelo emprego de uma corrente elétrica.

No fim de agosto, o MME lançou um plano trienal de trabalho (2023-2025) dentro do Programa Nacional do Hidrogênio (PNH2) que inclui, entre os pontos prioritários, a criação de um marco regulatório para o mercado de hidrogênio verde. O secretário nacional de Planejamento e Transição Energética, Thiago Barral, diz que o ministério planeja criar uma minuta sobre a regulação para encaminhar ao Congresso Nacional com contribuições após consulta pública. “O marco regulatório para o hidrogênio de baixo carbono vai definir a agência reguladora da cadeia, trará clareza para a taxonomia da indústria do hidrogênio e irá estabelecer quem vai creditar as agências certificadoras para trazer segurança jurídica e regulatória”, diz Barral em entrevista ao Valor Econômico.

No Congresso, há mais de um projeto de lei sobre o tema, mas nenhum contempla os principais pontos apontados por especialistas ouvidos pelo Valor. O mais citado é o PL 725/22, do ex-senador Jean-Paul Prates, atual presidente da Petrobras. Ele define o que é o H2 de baixo carbono, estabelece a Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) como reguladora e define percentuais mínimos obrigatórios de volume para a inclusão do hidrogênio nos gasodutos

State Grid migra para o mercado livre e passa a comprar energia da CPFL

O Valor Econômico informa que a chinesa State Grid Brazil Holding começou a adquirir energia no ambiente de contratação livre (ACL) por meio da CPFL – que faz parte do grupo – para abastecer 13 subestações em todo o país, além de sua sede, localizada no Rio de Janeiro.

A reportagem explica que mesmo sendo uma empresa do setor elétrico, a State Grid atua na transmissão de energia, o que faz com que ela precise de uma parceira geradora de energia para suprir suas necessidades elétricas. A CPFL possui geração térmica em seu portfólio, mas apenas energia proveniente de fontes renováveis será fornecida. A CPFL fornecerá energia incentivada com desconto na tarifa de uso da rede das distribuidoras, conhecida como Tusd.

Petrobras busca parceiros para projetos renováveis no Nordeste, diz Prates

O presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, disse na quarta-feira (11/10) que a estatal tem buscado parceiros para desenvolver projetos de energias renováveis, eólicas e solares, no Nordeste. Segundo o executivo, a petroleira tem olhado portfólios já existentes ou em construção de companhias conhecidas, mas não citou nomes. Prates prevê que a busca deve durar de seis a oito meses.

“Estamos olhando e recebendo propostas. Vamos acoplar isso a projetos de produção de hidrogênio verde”, disse Prates a jornalistas após participar do evento “Caminhos para Transição Energética Justa no Brasil”, promovido pelo Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). (Valor Econômico)

Energia solar: Brasil é o 4º país em número de empregos

Segundo um levantamento feito pela Agência Internacional de Energia Renovável (Irena), o Brasil é o quarto país do mundo que mais emprega no setor de energia solar. De acordo com o estudo, a produção fotovoltaica brasileira acumula mais de 214 mil profissionais, perdendo apenas para China, Índia e Estados Unidos.

Consolidada como a segunda maior fonte energética do país, a energia solar recebeu mais de R$ 33 bilhões em novos investimentos no primeiro semestre de 2023, segundo dados da Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (Absolar). Graças ao alto valor alocado, a tendência é que o mercado de trabalho do setor siga aquecido neste final de ano. (portal Terra)

Receita da União com royalties do petróleo e dividendos cai em 2023 e acende para contas públicas

Reportagem do jornal O Globo destaca que a queda nas receitas federais neste ano tem surpreendido o governo, acendendo um sinal de alerta no mercado sobre o equilíbrio das contas públicas. A receita total da União caiu 3,5% nos 12 meses encerrados em agosto — por fatores diversos, que incluem, entre outros, os efeitos de uma desoneração de impostos feita às pressas pelo governo Jair Bolsonaro às vésperas da eleição e o rescaldo da crise enfrentada por algumas grandes empresas como a Americanas.

E, se depender do petróleo, que nos últimos anos ajudou a turbinar os cofres públicos, o cenário não vai mudar até dezembro. Segundo dados do Centro Brasileiro de Infraestrutura (CBIE), a arrecadação com royalties, participações especiais e bônus de assinatura pela exploração e produção em campos de petróleo e gás deve cair 15% em 2023, ficando em R$ 110,6 bilhões.

Outro levantamento, do banco Santander, prevê que a receita do governo federal com o pagamento de dividendos do setor de petróleo, que alcançou um recorde de R$ 58 bilhões no ano passado, deva recuar 40% neste ano, para R$ 34 bilhões, como reflexo da nova política da Petrobras para distribuir esses proventos.

Eletrobras e sindicatos fecham acordo no TST sobre plano de demissão voluntária

A Eletrobras e entidades sindicais chegaram a um acordo homologado pelo Tribunal Superior do Trabalho (TST) sobre o programa de demissão voluntária da empresa de 2023. A decisão é do ministro Agra Belmonte e foi tomada na terça-feira (12/10).

Com o acordo, o processo de demissão voluntária será reaberto por 30 dias para empregados elegíveis nas mesmas condições oferecidas em julho, com inscrições limitadas a 101 colaboradores.

Ainda de acordo com os termos firmados pelo TST, os inscritos no programa de 2023 que trabalhem em atividades de operação e manutenção ou no Centro de Serviços Compartilhados (CSC) serão desligados a partir de 1º de janeiro de 2024. Os inscritos de outras áreas serão desligados de forma escalonada: 150 em outubro, 150 em novembro e 200 em dezembro de 2023. A empresa avaliará pedidos de antecipação. (O Globo)

Raízen abre as portas da maior usina de etanol 2G do mundo

A Raízen, uma das maiores empresas do setor sucroenergético do Brasil anunciou, no dia 5 de outubro, o início das operações do Parque de Bioenergia Bonfim, em Guariba (SP), a maior usina de etanol de segunda geração, também conhecido como etanol 2G, em nível global.

Com um investimento considerável de R$ 1,2 bilhão, a nova usina tem capacidade para produzir 82 milhões de litros de etanol por ano. É a segunda usina de etanol 2G da companhia. A primeira fica no Parque de Bioenergia da Costa Pinto, em Piracicaba (SP), e está em operação desde a safra 2014-2015.

Com a nova planta, a capacidade total de produção de etanol de segunda geração chega a 114 mil metros cúbicos (114 milhões de litros). (Click Petróleo e Gás)

Fumaça encobre Manaus: por que a cidade registrou a segunda pior qualidade do ar no mundo?

Manaus, capital do Amazonas, registrou na manhã de quarta-feira (11/10), a segunda pior qualidade do ar do mundo. No monitoramento da World Air Pollution, com dados oficiais de 130 países, o ar da cidade foi considerado “perigoso”, com graves danos à saúde da população.

Uma densa nuvem branca de fumaça encobriu Manaus. Moradores da cidade relataram falta de ar, tontura e sensação de queimação nos olhos. As aulas da Universidade Federal do Amazonas (Ufam) e da Universidade do Estado do Amazonas (UEA) chegaram a ser suspensas. A prefeitura e o Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis (Ibama) dizem que a fumaça vem de incêndios em municípios da região metropolitana. (O Estado de S. Paulo)

Justiça condena Braskem a indenizar estado de Alagoas pelos prejuízos dos bairros afetados pelo afundamento do solo

A 16ª Vara Cível da Capital/Fazenda Estadual de Alagoas condenou a petroquímica Braskem a indenizar o estado de Alagoas pelos prejuízos financeiros causados pelo afundamento do solo em cinco bairros da capital, Maceió (por danos causados pela exploração de sal-gema, que entra na produção de resinas e outros produtos fabricados pela petroquímica). Cabe recurso da decisão proferida na terça-feira (10/10).

O valor do pagamento da indenização será definido após uma perícia que deve ser paga pela petroquímica, apontada pelo Serviço Geológico do Brasil como a responsável pelos problemas de rachaduras em imóveis.

A reportagem entrou em contato com a Braskem , que informou ter tomado conhecimento da decisão por meio da imprensa e que ainda não foi intimada nos autos ação. A empresa disse, ainda, que vai avaliar e tomar as medidas cabíveis. (portal G1)

Petrolífera Exxon compra Pioneer por US$ 59,5 bilhões e reforça aposta em combustível fóssil

A petrolífera ExxonMobil anunciou na quarta-feira (11/10) a compra da rival Pioneer Natural Resources, em um acordo avaliado em US$ 59,5 bilhões (R$ 299,8 bilhões) e visto como mais um reforço na aposta da empresa pelo petróleo, mesmo diante dos apelos pela descarbonização da economia.

É a maior aquisição da Exxon desde a compra da Mobil Oil em 1998, por US$ 81 bilhões, e torna a empresa líder na maior bacia petrolífera dos Estados Unidos, o que lhe garante ao menos uma década de produção de baixo custo. A Exxon é uma das maiores concessionárias de exploração e produção de petróleo no Brasil, com participação em 26 blocos exploratórios e um projeto de produção em desenvolvimento, mas não tem tido resultados favoráveis nos últimos anos. (Folha de S. Paulo)

Bolsas da Europa fecham mistas, com alta do petróleo conduzindo ganhos de BP e Shell

As bolsas da Europa fecharam mistas ontem (12/10), com leve piora após a ata da última reunião do Banco Central Europeu (BCE) indicar que um novo aumento nas taxas pode estar por vir. Destoando dos pares em geral, a Bolsa de Londres teve melhor desempenho, depois de um relatório positivo da produção industrial do Reino Unido, e fortalecida pela alta desta quinta nos preços do petróleo.

Ontem, a ata do BCE deu mais convicção aos investidores de que uma pausa na alta dos juros virá na próxima reunião mas um aumento das taxas em dezembro continua a ser uma possibilidade. (InfoMoney)

PANORAMA DA MÍDIA

Gaza só terá água, luz e comida, se Hamas soltar os reféns, diz Israel. A informação é o principal destaque de hoje (13/10) na mídia.

Mesmo com alertas internacionais de que é iminente um desastre humanitário na Faixa de Gaza, o governo de Israel afirmou ontem (12/10) que a entrada de suprimentos essenciais no enclave só ocorrerá se o Hamas libertar as estimadas 150 pessoas feitas reféns no ataque terrorista de sábado. (O Globo)

Até a tarde de ontem, o conflito havia deixado mais de 2.700 mortos, 1.300 do lado israelense e 1.417 do lado palestino. Além disso, 6.268 palestinos ficaram feridos com os bombardeios de Israel, que empurraram mais de 218 mil pessoas para abrigos. Desde sábado, 11 funcionários palestinos da ONU (Organização das Nações Unidas) e quatro paramédicos da FICV (Federação Internacional das Sociedades da Cruz Vermelha e do Crescente Vermelho) morreram em Gaza. (Folha de S. Paulo)

As Foças Armadas de Israel ordenaram que todos os palestinos vivendo na porção norte da Faixa de Gaza devem se retirar da região e ir para sul do território nas próximas 24 horas, sugerindo uma provável invasão da região. Ao menos 1,1 milhão de pessoas moram na área indicada. (O Estado de S. Paulo)

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Valor Econômico: Custo das maiores empresas com o pagamento de juros dobrou entre 2019 e 2023. Apesar do início do ciclo de cortes da taxa básica de juros, muitas empresas ainda estão com as contas pressionadas pelo peso das dívidas. Levantamento feito pela consultoria FTI a pedido do Valor mostra que as despesas das empresas com juros dobraram no intervalo de 2019 a 2023. Esse aumento resultou também numa corrida das empresas por processos de reestruturação ao longo deste ano.

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