Em entrevista à Agência Infra, o presidente da Abraget (Associação Brasileira de Geradoras Termelétricas), Xisto Vieira, disse “não haver dúvidas” de que o preço pago pela energia nos “leilões de curtíssimo prazo” será mais elevado que em um certame tradicional. No entanto, eles são necessários para garantir flexibilidade ao sistema, afirmou.
A operação em condições diferenciadas de termelétricas teve início ontem (21/11), informou o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), com o objetivo de atender a ponta de carga em dias “desfavoráveis” para o Sistema Interligado Nacional (SIN).
“Os preços serão maiores que o leilão normal, bem maiores. Vai depender do contrato de curtíssimo prazo de gás que o agente termelétrico porventura consiga”, disse Xisto à Agência Infra.
Segundo ele, a modalidade foi demandada pelo operador do sistema a fim de formalizar uma ação que começou a ser feita “rotineiramente”: o despacho de térmicas descontratadas necessário em horários de pico. “Foi preciso um respaldo maior. Agora está tudo sacramentado”, afirmou.
BBCE lança novo produto para negociação no ACL
A plataforma BBCE (Balcão Brasileiro de Comercialização de Energia) lança novo produto para negociação de energia no Ambiente de Contração Livre (ACL). Trata-se do BBCE SWAP Físico Energia, composto por duas operações simultâneas fechadas com uma mesma empresa: uma venda de um ativo e uma compra de outro que tenha o mesmo vencimento.
Esse produto, negociado na tela do EHUB com utilização do BBCE Contrato Padrão, pode ser composto por operações com ativos diferentes, como dois submercados ou tipos de fontes distintas. Ao ser fechado, gera então dois contratos, um de compra e um de venda, independentes entre si. Com isso, é um produto composto por contratos do mercado físico (ACL) e não um derivativo de energia.
De acordo com Eduardo Rossetti, diretor Comercial, de Produtos, Comunicação e Marketing da BBCE, a novidade propicia que as empresas possam fazer a troca de exposição de um contrato do mercado físico por outro e formalizá-la com o uso do BBCE Contrato Padrão. “Essas operações são procuradas quando empresas não desejam mais a posição em uma determinada região ou buscam outro tipo de fonte, como a troca de energia incentivada por convencional”, explica.
Petrobras anuncia investimento de USS 111 bi no plano de negócios 2025-2029
O conselho de administração da Petrobras aprovou nesta quinta-feira (21) o Plano Estratégico 2050 (PE 2050) e o Plano de Negócios 2025-2029 (PN 2025-29). A estatal prevê investimentos de US$ 111 bilhões entre 2025 e 2029, sendo US$ 98 bilhões na carteira de projetos em implantação e US$ 13 bilhões na carteira de projetos em avaliação, composta por oportunidades com menor grau de maturidade e sujeitas a estudos adicionais de financiabilidade antes do início da execução. O investimento total previsto para os próximos cinco anos é 8,8% superior ao volume previsto no plano anterior, que abarcava o período de 2024 a 2028. (Valor Econômico / Agência Petrobras)
Angra 1 recebe aval para operar por mais 20 anos
A usina nuclear de Angra 1 recebeu aval para seguir operando por mais 20 anos, após resolução da Comissão Nacional de Energia Nuclear (CNEN), colegiado do governo federal responsável pelo gerenciamento e uso seguro da energia nuclear no Brasil. A usina de 640 megawatts (MW) de capacidade instalada entrou em operação comercial em 1985. (O Estado de S. Paulo)
Conferência do clima chega ao dia final com impasse sobre financiamento
A um dia do encerramento oficial, os países que participam da 29ª Conferência das Partes da Convenção Quadro das Nações Unidas sobre Mudança Climática (COP29), no Azerbaijão, divulgaram um esboço do texto de decisão do encontro no qual praticamente todos os pontos vitais ainda estão em aberto, informa o jornal O Globo.
Houve pouco ou nenhum progresso no tópico de financiamento para combater a crise do clima, principal missão do encontro. A conferência atual em Baku tem na pauta o fechamento de uma meta de ajuda financeira anual que países ricos devem repassar às nações em desenvolvimento. Entre as propostas que variam entre as faixas de centenas de bilhões até vários trilhões de dólares, nenhuma das duas partes cedeu ainda para afunilar a negociação rumo a um consenso.
PANORAMA DA MÍDIA
O principal destaque da mídia nesta sexta-feira (22/11) é o indiciamento do ex-presidente Jair Bolsonaro, dos ex-ministros Braga Neto (Defesa e Casa Civil), Augusto Heleno (Gabinete de Segurança Institucional) e Paulo Sérgio Nogueira (Defesa) e mais 33 pessoas por participação em suposto plano golpista para evitar a posse do presidente Luiz Inácio Lula da Silva após a eleição de 2022.
Ao todo, 25 são militares das Forças Armadas. O grupo é acusado dos crimes de golpe de Estado, abolição violenta do Estado Democrático de Direito e organização criminosa. Também estão na lista o deputado Alexandre Ramagem (PL-RJ), ex-diretor da Abin; o presidente nacional do PL, Valdemar Costa Neto; e Filipe Garcia Martins, ex-assessor da Presidência da República. (Valor Econômico)
Em pouco menos de dois anos de investigações, a Polícia Federal reuniu uma série de indícios que conectam o ex-presidente Jair Bolsonaro às articulações com teor golpista que miravam impedir a posse do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. A lista de provas inclui relatos dos chefes das Forças Armadas sobre a apresentação de uma minuta golpista, por parte do próprio Bolsonaro, que também deixou “pegadas” em documentos encontrados com ex-assessores. (O Globo)
De acordo com as investigações, cinco generais e 11 coroneis teriam a missão de ‘pacificar’ o país após um golpe de Estado que previa o assassinato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, de seu vice Geraldo Alckmin e do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal. O plano era incluir um promotor no ‘gabinete do golpe’ e criar um braço para acompanhar decisões do Congresso Nacional e buscar apoio político ao decreto de ruptura. (O Estado de S. Paulo)
O inquérito será enviado para o ministro Alexandre de Moraes, relator do caso no STF (Supremo Tribunal Federal). Com a entrega do relatório, a PF afirma ter encerrado as investigações referentes às tentativas de golpe de Estado e abolição violenta do Estado democrático de Direito. A PGR (Procuradoria-Geral da República) ainda deve avaliar os indícios levantados pela corporação para decidir se denuncia o ex-presidente. Se a denúncia for apresentada, o passo seguinte será a Justiça decidir se torna Bolsonaro réu. (Folha de S. Paulo)