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Preços de energia disparam no Brasil com maior aversão a risco de seca; custos devem subir - Edição do dia

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Foto: Reprodução da internet
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Reportagem da Folha de S. Paulo destaca que os preços de energia elétrica no Brasil dispararam em março, mais do que triplicando em relação aos níveis do mês anterior, com a piora das chuvas na reta final do período úmido sendo precificada por uma metodologia de formação de preços aprimorada e mais avessa a risco que entrou em vigor neste ano.

Especialistas e comercializadoras consultados pela agência de notícias Reuters avaliam que os preços devem permanecer mais altos e voláteis até o final do ano, elevando custos tanto para o mercado regulado, com maior possibilidade de acionamento de bandeira tarifária amarela ou vermelha, quanto para o livre, com alta de preços nos contratos de energia para curto e médio prazo.

O preço de liquidação das diferenças (PLD), referência para negócios de curto prazo no mercado livre e também parâmetro para acionamento de bandeiras tarifárias, subiu de cerca de R$ 90 por megawatt-hora (MWh) em fevereiro para mais de R$ 300/MWh em março, se situando em R$350/MWh na média desta semana.

Energia, escola e aumento de imposto puxam alta do IPCA

Uma combinação de reversão do bônus de Itaipu, reajuste anual das mensalidades escolares e o aumento do ICMS sobre combustíveis levou a inflação oficial brasileira a registrar a maior alta para um mês de fevereiro desde 2003.

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O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), acelerou de 0,16% em janeiro para 1,31% em fevereiro. É a maior leitura desde os 1,57% registrados no mesmo mês de 2003. Em 12 meses, o indicador passou de 4,56% para 5,06%, o maior patamar desde setembro de 2023, quando alcançou 5,19%. Com isso, a taxa se distancia ainda mais da meta de inflação perseguida pelo Banco Central para este ano (3%). (Valor Econômico)

Debate sobre aumento da tarifa de energia leva a dança de cadeiras na Aneel

Houve dança de cadeiras na Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), informa a Folha de S. Paulo. Trocam de lugar a superintendente de Gestão Tarifária e Regulação Econômica, Camila Bomfim, e Leandro Caixeta, assessor do diretor-geral.

A reportagem ressalta que pessoas próximas à agência dizem que a mudança fortalece a Aneel para tratar dos reajustes da tarifa de energia elétrica a partir da renovação dos contratos de concessão de distribuidoras, que vai ocorrer em 19 estados. A tendência é de pressão sobre a conta de luz e, por tabela, sobre a inflação, que já vem sendo impactada por esse custo.

Alguns analistas, no entanto, avaliam que a mudança cria uma nova perspectiva para a escolha das cadeiras vagas à diretoria da Aneel, que já gerou divergências entre Executivo e Senado.

A reportagem explica que entre este ano e 2031, vão vencer os contratos de 19 distribuidoras de energia. A primeira a ser afetada é a EDP do Espírito Santo, a partir de julho. As regras para a prorrogação dos contratos já foram definidas e o cenário é de, por exemplo, aumento na necessidade de investimentos.

Flávio Dino determina participação de indígenas nos ganhos de Belo Monte

O ministro Flávio Dino, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou na terça-feira (11/3) que as comunidades indígenas afetadas pela construção da hidrelétrica de Belo Monte, localizada no Pará, tenham participação nos lucros da usina.

Conforme a liminar, as comunidades deverão receber 100% do valor que é repassado pela concessionária à União. Dino também deu prazo de 24 meses para o Congresso aprovar uma lei específica para tratar do assunto.

A decisão do ministro foi motivada por uma ação protocolada pela Associação Yudjá Miratu da Volta Grande do Xingu. A entidade alegou ao STF que o Congresso está em omissão legislativa ao deixar de aprovar a regulamentação dos dispositivos constitucionais que garantem participação das comunidades no resultado da exploração de recursos hídricos e riquezas minerais que estão em terras indígenas.

As comunidades relataram os problemas enfrentados com a construção da usina de Belo Monte nas terras indígenas Paquiçamba, Arara da Volta Grande do Xingu e Trincheira Bacajá.

Entre os impactos listados estão: diminuição da vazão do Rio Xingú; prejuízo à pesca e à navegabilidade; mortandade de peixes; perda de potabilidade da água; excesso de partículas em suspensão na água; diminuição da caça. (Agência Brasil)

Chuva deixa um morto, mais de 170 unidades consumidoras sem luz e provoca caos em São Paulo

Uma pessoa morreu ontem (12/3) à tarde por causa da chuva que provocou caos em diversas regiões da cidade de São Paulo. Houve também relatos de granizo e vidros quebrados pela força do vento, além de até 176 mil pessoas (unidades consumidoras) sem luz na área atendida pela Enel.

Segundo o Corpo de Bombeiros, uma árvore caiu sobre um táxi na avenida Senador Queiroz, na região da Sé, no centro. O motorista do veículo, de 43 anos, foi atingido e morreu. O caso ocorreu pouco depois das 17h. Outras duas pessoas que estavam no veículo foram socorridas pelo Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência). O estado de saúde delas não foi informado. (Folha de S. Paulo)

Distribuidoras de combustíveis pedem suspensão por 90 dias de adição obrigatória de biodiesel

O Valor Econômico informa que distribuidoras de combustíveis pediram à Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) a liberação por 90 dias da adição obrigatória de 14% de biodiesel ao diesel tradicional.

Ao mesmo tempo, empresas do setor pretendem doar equipamentos e tecnologia à agência para viabilizar ações de fiscalização “in loco”, nos postos, em busca de locais que estejam vendendo diesel sem o biodiesel adicionado, prática irregular que cresceu nos últimos meses.

A reportagem explica que a suspensão do mandato, como é conhecida a adição obrigatória, é prevista em lei, desde que em caráter excepcional. Atualmente, a ANP dispõe de apenas um equipamento de aferição de teor de biodiesel. A suspensão do mandato por 90 dias, segundo o pedido do Sindicom, justifica-se para permitir a aquisição dos equipamentos e a celebração do convênio com a ANP, que tem vivenciado falta crônica de recursos que compromete uma fiscalização mais efetiva das fraudes.

PANORAMA DA MÍDIA

Valor Econômico: Empresas de grande porte reduziram os investimentos em ativos fixos como proporção da receita líquida em 2024, num cenário de maior cautela no fim do ano com os desembolsos de caixa. Com a incerteza sobre o quadro econômico e os juros altos pressionando o endividamento, parte das companhias anunciou planos para investir em 2025 em linha ou abaixo do registrado no ano passado.

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O Estado de S. Paulo: Passada a trégua de janeiro proporcionada pelo bônus de Itaipu, a normalização das contas de luz e os reajustes sazonais de mensalidades escolares pressionaram a inflação oficial no país em fevereiro. O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) acelerou de uma elevação de 0,16% em janeiro para uma alta de 1,31% em fevereiro, resultado mais agudo para o mês desde 2003, informou nesta quarta-feira, 12, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

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Folha de S. Paulo: Puxada pela conta de luz, a inflação oficial do Brasil, medida pelo IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo), acelerou a 1,31% em fevereiro, após marcar 0,16% em janeiro. É o que apontam dados divulgados nesta quarta (12) pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). A alta de 1,31% é a maior para meses de fevereiro desde 2003 (1,57%), ou seja, em 22 anos.

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O Globo: O resultado (do IPCA) veio em linha com as projeções e confirma um cenário de índice de preços acima do teto da meta, de 4,5% ao ano. Na avaliação dos economistas, o Banco Central (BC) segue pressionado e deve cumprir a indicação de elevar os juros para 14,25% ao ano na próxima reunião do Comitê de Política Monetária, marcada para a próxima semana.

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