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Presidenciáveis alçam agenda ambiental aos planos econômico e geopolítico – Edição da Tarde

Reportagem da Folha de S. Paulo mostra que as propostas ambientais saltaram para as primeiras páginas dos planos de governo dos candidatos à presidência mais bem colocados nas pesquisas nestas eleições. Com foco econômico, os programas de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), Jair Bolsonaro (PL), Ciro Gomes (PDT) e Simone Tebet (MDB) citam temas como controle do desmatamento, transição energética para fontes renováveis e bioeconomia, entre outras soluções.

As ações compõem estratégias de crescimento econômico e também de posicionamento do país na geopolítica global, em mensagens que buscam responder ao contexto de crise diplomática pautada pela explosão do desmatamento nos últimos anos. A reportagem ressalta que o candidato à reeleição também tenta corrigir o rumo do discurso ambiental, embora seja o único dos quatro a não colocar o fim do desmate ilegal como objetivo dentro do mandato.

Para resumir as propostas das quatro candidaturas, a Folha consultou os programas de governo entregues ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e entrevistou representantes das chapas a respeito desses textos – exceto a de Bolsonaro, que não atendeu ao pedido da reportagem.

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Crise energética na Europa pode favorecer competitividade no Brasil

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A atual crise energética na Europa, diante da interrupção do fluxo de gás da Rússia para o continente, deve resultar em um forte e duradouro aumento de custos de produção na região, o que tem levado ao fechamento de indústrias locais e poderá favorecer a competitividade de países como o Brasil, segundo especialistas ouvidos pelo portal Scoop by Mover .

Os preços da eletricidade acumulam disparada de 627% na Itália desde janeiro de 2021, antes da invasão da Ucrânia pela Rússia, com salto de 574% na França e de 497% na Alemanha, segundo a empresa alemã de dados Statista. Na comparação com os valores de 2020, pré-pandemia, os aumentos superam 800%.

“Na hora em que a indústria reduz atividades, ou porque tem um sinal econômico forte ou por racionamento, ela vai pensar em deslocar essa produção para outro lugar. Então, o Brasil pode se beneficiar”, disse ao Scoop o consultor Luiz Maurer, da Principal Energy, que foi por anos especialista em energia no Banco Mundial. “Por sorte agora temos excesso de energia, com reservatórios em níveis normais”, ressaltou.

O presidente-executivo da consultoria em energia PSR, Luiz Barroso, disse que o que vai sair dessa crise, no curto prazo, será uma grande reprecificação da energia – no mundo geopolítico, físico e comercial. “Essa década vai ser um período muito duro em termos energéticos. Custos vão aumentar, a menos que tenhamos destruição de demanda tão grande que tudo caia”, disse Barroso, em referência à possível recessão global prevista por alguns economistas.

Indústrias com grande consumo de eletricidade estão suspendendo operações na Europa e nos EUA devido aos custos elevados, o que paralisou diversas unidades europeias da siderúrgica ArcelorMittal e atingiu também a maior produtora de alumínio americana, Century Aluminum.

No Brasil, embora os custos para a construção de novas usinas eólicas e solares estejam aumentando devido à inflação global e aos desarranjos das cadeias globais de equipamentos, muitas empresas asseguraram energia competitiva em contratos de longo prazo assinados recentemente.

EDP estuda locais para construção de mais cinco usinas solares no ES

A EDP, por meio da EDP Smart divisão que reúne o portfólio de soluções em energia da companhia, estuda locais para construção de cinco novas usinas fotovoltaicas no estado do Espírito Santo. Estima-se que os empreendimentos terão capacidade de geração de até 25,7 MWp e que o investimento total das obras será de aproximadamente R$ 155 milhões.

Além dessas cinco, outras duas já estão com obras em andamento no estado. O investimento nestas duas usinas é de R$ 45 milhões, com perspectiva de geração de até 9,2 MWp. (Canal Solar)

PANORAMA DA MIDIA

O Valor Econômico informa que o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) divulgou nota, na manhã desta segunda-feira (12/09), negando acordo com as Forças Armadas para contabilização dos votos com acesso diferenciado dos dados da apuração das eleições deste ano. Segundo reportagem do jornal Folha de S. Paulo, o Exército realizaria uma contagem paralela da votação utilizando 385 boletins de urnas, amostragem que garantiria 95% de confiabilidade. Ainda de acordo com a notícia, o acordo foi definido no encontro entre o presidente do TSE, Alexandre de Moraes, e representantes das Forças Armadas no dia 31 de agosto.

Na nota divulgada hoje, o TSE informou que não houve alteração nas regras definidas no primeiro semestre de 2022 ou acordo com as Forças Armadas para acesso diferenciado em tempo real dos dados para totalização do pleito pelos Tribunais Regionais Eleitorais. De acordo com o órgão, a novidade para o pleito será a disponibilização dos boletins de urnas, via internet, para consulta das entidades fiscalizadoras e do público em geral.