A privatização da Eletrobras deverá ocorrer no segundo semestre de 2020, conforme previsão do presidente da estatal, Wilson Ferreira Júnior. Segundo ele, a privatização deve ser discutida por cerca de seis meses no Congresso Nacional. O plano do governo é fazer um aumento de capital de R$ 15 bilhões com a privatização, quando a participação da União será diluída para dar espaço a uma corporação sem controle definido.
Ferreira Júnior afirmou ainda que os entraves socioambientais para a construção de hidrelétricas levaram a Eletrobras a abandonar os estudos para 18 projetos de grandes usinas nos últimos três anos. Os comentários foram feitos pelo executivo em evento realizado hoje (11/11), na Fundação FHC, em São Paulo. A reportagem é do Valor Econômico.
O papel das distribuidoras no novo mercado de gás
O Valor Econômico traz hoje (11/11) um artigo assinado por Zevi Kann é sócio-diretor da Zenergas Consultoria, com foco no segmento de distribuição, elo fundamental na cadeia de gás canalizado.
Ele explica que o papel das distribuidoras, basicamente, consiste em implantar redes, operá-las, mantê-las e distribuir o gás com qualidade e segurança, atendendo a usuários industriais, residenciais, comerciais, veiculares e termelétricas em sua área de concessão. Por essas atividades, as concessionárias recebem uma parcela da tarifa de gás, chamada ‘margem de distribuição’, que, em média, corresponde a 17% do total pago pelos usuários. Outros 48% equivalem ao preço da molécula de gás e seu transporte, enquanto o restante é carga tributária.
Zeni Kann observa que, no novo plano em discussão no país, usinas térmicas a gás ficariam situadas no litoral e desagregadas da rede de distribuição. Em sua análise, ele observa que a competitividade desse negócio está atrelada à eficiência do projeto, aos custos de operação e capital e, principalmente, ao preço da molécula de gás.
O autor afirma, ainda, que a melhor forma de as distribuidoras colaborarem com o Novo Mercado de Gás é realizar o que sabem fazer: implantar, operar e manter sistemas de distribuição e agregar novos consumidores e mercado. Para isso, dependem de um sinal econômico (preço da molécula e um custo de transporte) que viabilize a substituição de outros combustíveis (mais poluentes, caros e/ou menos eficientes) pelo gás natural.
O que explica o interesse da China em investir no petróleo brasileiro?
Este é o tema de matéria publicada pela BBC News Brasil hoje (11/11), em seu portal de internet. De acordo com especialistas ouvidos pela reportagem, o investimento dos chineses no Brasil integra uma estratégia de curto e médio prazo do país em expandir sua rede de abastecimento de petróleo e gás pelo mundo.
Segunda maior economia do mundo, a China não possui em seu próprio território reservas de petróleo capazes de abastecer o mercado interno e garantir o rápido ritmo de crescimento. Por isso, o presidente chinês, Xi Jinping, lançou nos últimos anos uma ofensiva para diversificar ao máximo as fontes de extração de gás e petróleo por empresas chinesas, com grandes investimentos em operações de petróleo na África e no Oriente Médio.
“Tem havido um grande esforço por parte das empresas de petróleo chinesas em assumir licenças e concessões para exploração de petróleo em diferentes partes do mundo. O objetivo dos chineses é impedir que o país dependa de um número limitado de fornecedores”, explicou à BBC News Brasil a professora de legislação de petróleo Tina Hunter, da Universidade de Aberdeen, na Escócia.
Além disso, a parceria com a Petrobras nesse momento, por meio da participação no consórcio que arrematou a reserva de Búzios (RJ) em leilão realizado na semana passada, pode indicar um gesto do governo chinês no sentido de aprofundar os laços com o Brasil, pouco após a visita do presidente Jair Bolsonaro ao país, dizem especialistas.
Norte Energia diz que não há erro estrutural ou de projeto em Belo Monte
O Consórcio Norte Energia, responsável pela usina hidrelétrica de Belo Monte, no qual as empresas Eletrobras possuem 49,98% de participação, informou que não há nenhum risco ou erro de projeto referente à usina e não há incertezas sobre a segurança de estruturas do empreendimento. A informação foi publicada hoje (11/11) pela Agência CMA.
A resposta acontece após o jornal “El País” publicar, sexta-feira (08/11), que segundo a diretora-geral da Agência Nacional de Águas (ANA), Christianne Dias Ferreira, é necessária uma ação urgente no reservatório Xingu da usina.
Em comunicado, a Norte Energia explicou que o projeto cumpre as características técnicas com todas as normas e boas práticas do setor, com qualidade atestada de segurança nas estruturas. “A configuração do empreendimento, uma usina a fio d’água, respeitou o importante equilíbrio entre o potencial de geração de energia do rio Xingu e a conservação socioambiental da região”, diz o consórcio. A companhia ressalta que a usina funciona exatamente como foi dimensionada.
Chesf inicia operação de nova subestação na Bahia
O Canal Energia informa que a Chesf disponibilizou para operação comercial a nova subestação de Poções II, localizada no município de Poções, sudoeste baiano. O empreendimento foi energizado no último dia 28 de outubro, sendo classificado como Instalação de Transmissão da Rede Básica. A companhia aplicou R$ 32 milhões no projeto.
MME enquadra 90 MW solares em SP junto ao Reidi
A Secretaria de Planejamento e Desenvolvimento Energético do Ministério de Minas e Energia (MME) deliberou o enquadramento de duas usinas fotovoltaicas denominadas Pedranópolis 1,2 e 3 junto ao Regime Especial para o Desenvolvimento da Infraestrutura (Reidi). Os ativos envolvem 90 MW e R$ 276,1 milhões em investimentos, livre de encargos. O Reidi prevê a isenção de PIS/PASEP e Confins na aquisição de bens e serviços para empreendimentos de infraestrutura.
O Canal Energia, que publicou matéria a esse respeito, informa que as usinas são controladas pela empresa Usina de Energia Fotovoltaica de Pedranópolis Ltda e serão construídas até maio de 2020 em Pedranópolis, no estado de São Paulo.
Nos mesmos moldes, o MME aprovou o projeto da termelétrica CGVE Innova, a ser implementada no município de Triunfo, no Rio Grande do Sul. O ativo pertence a empresa Videolar-Innova e prevê duas unidades geradoras de 15 MW de potência, somando 30 MW de capacidade instalada.
PANORAMA DA MÍDIA
O Valor Econômico informa que o Ministério da Infraestrutura iniciou estudos para analisar a viabilidade de fundir três de suas empresas: a Valec Construções e Ferrovias, a Infraero e a Empresa de Planejamento em Logística (EPL), mais conhecida como a estatal do trem-bala. Segundo o jornal, se a unificação ocorrer não será feito de imediato, mas até 2022.
Outro plano em andamento, esse de mais curto prazo, é reunir em um só os fundos hoje existentes na pasta. A mudança ocorreria na esteira da aprovação da Proposta de Emenda Constitucional (PEC) 187, que autoriza o governo a utilizar o saldo financeiro dos 280 fundos da administração federal, cerca de R$ 220 bilhões, para pagar juros da dívida.