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Processo lento de privatização faz ação da Eletrobras cair, dizem analistas – MegaExpresso – edição das 10h

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O jornal O Estado de S. Paulo informa que as ações da Eletrobras acumularam quedas próximas de 15% nos últimos 30 dias, depois de praticamente triplicarem de valor desde as eleições presidenciais do ano passado.

Segundo analistas de mercado ouvidos pela reportagem, as margens para realização de lucros ainda são grandes, apesar das indefinições sobre o processo de privatização da companhia. Até o primeiro semestre, havia a expectativa de que a operação acontecesse ainda este ano. Agora, os analistas são unânimes na projeção de que a privatização ocorrerá, mas de forma mais lenta.

Um dos entrevistados pelo jornal, Luis Sales, analista da Guide, continua confiante na venda da Eletrobras pela União. Ele afirma que a queda recente no valor das ações da empresa é resultado das discordâncias entre a equipe econômica e o Congresso. Mas Sales justifica o otimismo com três pontos: a necessidade do governo de arrecadar recursos, dificuldade da companhia em gerar valor sob administração estatal e o nível de endividamento elevado aliado com as crescentes necessidades de novos investimentos.

Governo Bolsonaro desiste de injetar dinheiro na Eletrobras

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A Folha de S. Paulo também traz, hoje (05/10), matéria sobre a Eletrobras. O jornal informa que o governo federal desistiu dos planos de injetar R$ 3,5 bilhões na estatal elétrica para torná-la mais atraente a investidores privados e decidiu adotar uma estratégia de corpo a corpo com parlamentares em ofensiva para angariar apoio ao projeto de lei que abrirá caminho para a privatização da companhia.

Nas últimas semanas, o ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, fez reuniões com partidos como PSL, Novo, DEM, PP, PL e MDB para apresentar a nova proposta de aumento de capital da estatal que deve ser enviada ao Congresso via projeto de lei. A Eletrobras está entre as estatais que não podem ser vendidas sem aval parlamentar.

Em abril, o governo editou uma medida provisória que possibilitaria a injeção dos R$ 3,5 bilhões alocados no orçamento para a capitalização da elétrica – uma ação de participação da União no capital. Agora sem a medida, a estatal terá que assumir dívidas das subsidiárias, o que a toma menos interessante aos olhos de potenciais investidores. Segundo o Ministério da Economia, a decisão de não capitalizar a estatal se deu pelo cenário fiscal ruim e pelas frustrações com receitas neste ano.

Sunco Energy Brasil vai instalar mais nove usinas solares no Ceará

O Portal Solar informa que mais nove usinas fotovoltaicas serão instaladas pela Sunco Energy Brasil nos municípios de Mauriti e Milagres (região do Cariri), no Ceará. Com 343,6 megawatts (MW) de potência instalada para geração de energia solar, os empreendimentos envolvem investimento de R$ 1,9 bilhão.

A construção vai começar em julho de 2020, com previsão de entrega até dezembro de 2021. A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) concedeu prazo de 30 anos para a exploração do negócio, sob regime de produção independente.

PANORAMA DA MÍDIA

Os gastos públicos vão aumentar R$ 36 bilhões no ano que vem somente para repor a inflação deste ano, estimada em 3,4% pelo mercado, informa o jornal O Globo. Após 25 anos de moeda estável, com o fim da hiperinflação, a chamada indexação ainda está presente nas despesas do governo.

O jornal ressalta que a equipe econômica do ministro Paulo Guedes defende que os gastos públicos tenham como referência apenas a previsão de receitas e não mais a inflação passada. Analistas ouvidos pela reportagem são unânimes em afirmar que as contas públicas no Brasil são excessivamente engessadas. E a manutenção, pelo Senado, do abono salarial para todos os trabalhadores com carteira que ganham até dois salários mínimos, na aprovação da Reforma da Previdência em primeiro turno esta semana, vai comprimir ainda mais as despesas nos próximos anos.

O principal destaque da edição de hoje (05/10) da Folha de S. Paulo é a decisão da Caixa Econômica Federal de criar um sistema de censura prévia a projetos culturais feitos em seus espaços em todo o país. Regras implementadas neste ano exigem que as equipes de curadoria de peças, ciclos de debates e exposições encaminhem um relatório interno à estatal sobre os projetos já aprovados em seus editais. Nele, devem detalhar a posição política dos artistas, o comportamento deles nas redes sociais e “pontos polêmicos” das obras.

Funcionários da Caixa Cultural de diferentes estados relataram à reportagem que essas novas etapas no processo de aprovação de projetos patrocinados pelo banco permitem uma perseguição aberta a determinadas obras e autores. Os relatórios já eram prática de anos anteriores, mas agora ostentam os tópicos “possíveis pontos de polêmica de imagem para a Caixa” e histórico do artista e do produtor “nas redes sociais e na internet”. Procurada, a Caixa diz não haver restrições a temas e que segue critérios técnicos.

O jornal O Estado de S. Paulo informa que, na contramão da estratégia da equipe econômica de reduzir o tamanho do Estado e acabar com as estatais, o governo assistiu a um movimento da Câmara dos Deputados e do Senado que pode resultar no nascimento da primeira empresa pública do governo Jair Bolsonaro: a NAV Brasil Serviços de Navegação Aérea. A iniciativa tem o apoio do Ministério da Defesa.

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