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Produção de eólicas do Nordeste cai até 30% com impacto de chuvas sobre o vento – Edição da Tarde

A produção dos parques eólicos da região Nordeste recuou até 30% no início deste ano. O motivo foi o impacto das chuvas registradas no primeiro trimestre, sobre o vento local, segundo informação da agência de notícias Reuters.

De acordo com a reportagem, a “safra de vento” negativa na área, que abriga a maior parte das usinas no Brasil, levou a geração eólica do país a fechar o primeiro trimestre 16% abaixo do que foi registrado no mesmo período de 2019. Isso, apesar da alta de quase 20% na capacidade instalada no período, segundo dados da Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE).

Os efeitos negativos também puderam ser vistos em balanços de empresas que operam eólicas em estados nordestinos, entre elas a CPFL Renováveis, da chinesa State Grid, e a Omega Geração.

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A CPFL Renováveis apontou redução de 16% na produção de suas eólicas no primeiro trimestre, citando menor incidência de ventos no Ceará. Já a Omega Geração, que possui parques eólicos no Piauí e Maranhão, apontou em seu balanço do primeiro trimestre que a geração potencial em seu Complexo Delta, com usinas em ambos estados, ficou 36% abaixo da média de quatro décadas. Outro parque da empresa, na região de Assuruá, na Bahia, teve desempenho 28% abaixo da média.

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Eletropar ainda não tem fôlego para comprar novas participações, diz conselho

A Agência Estado informa que o conselho de administração da Eletropar, empresa de participações controlada pela Eletrobras, aprovou ontem (28/05) o plano de negócios para o período de 2020 a 2024. No documento divulgado à Comissão de Valores Mobiliários (CVM), não há detalhes de valor a ser investido, mas a empresa sinaliza que terá uma posição mais conservadora nos investimentos.

De acordo com a reportagem, a Eletropar traçou dois cenários possíveis para os próximos anos. Em um deles, a proposta é manter as atuais participações acionárias, com alguma movimentação da carteira caso apareçam oportunidades. Em outro, a companhia projeta uma gestão ativa da carteira acionária, com aporte de R$ 100 milhões em participações societárias, além da busca de liquidez para as ações da Eletropar.

O conselho de administração considerou que o cenário mais conservador condiz melhor com uma “companhia que tem potencial, mas não possui ainda envergadura suficiente para se tornar agente de participações societárias em negócios de interesse dos acionistas”, como informa o comunicado. O documento informa ainda que “os riscos associados aos negócios da Eletropar giram em torno de uma carteira de investimentos pouco diversificada”.

Geração distribuída no Brasil chega a 3 GW

O portal Ciclo Vivo, especializado em temas relacionados à sustentabilidade, traz hoje (29/05) uma reportagem sobre o setor de geração distribuída no Brasil, modalidade regulamentada em 2012. No primeiro semestre de 2019, o setor comemorava o primeiro gigawatt (GW) em geração distribuída no país. Hoje, são 3 GW de potência instalada em micro e minigeração distribuída de energia elétrica.

Segundo dados da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) citados pela reportagem, são mais de 242 mil usinas em operação, que beneficiam cerca de 315 mil unidades consumidoras no país. “É um conquista significativa, levando em conta o momento crítico que o setor enfrenta com a crise da covid-19 e o processo de revisão das normas que regulam a modalidade. O crescimento diante da adversidade demonstra a vontade que os brasileiros têm de gerar a própria energia de forma descentralizada e renovável”, disse Carlos Evangelista, presidente da Associação Brasileira de Geração Distribuída (ABGD).

Entre as opções dos consumidores para gerar a própria eletricidade por meio de fontes renováveis, como a energia eólica, solar ou hidrelétrica, a energia solar fotovoltaica é a mais utilizada, somando 2,82 GW de potência instalada num total de 241,9 mil usinas. A geração por centrais geradoras hidrelétricas está em segundo lugar, com 102,8 MW de potência e107 usinas.

PANORAMA DA MÍDIA

O Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro recuou 1,5% no 1º trimestre, na comparação com os três últimos meses de 2019, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), em dados divulgados hoje (29/05). O resultado reflete apenas os primeiros impactos da pandemia de coronavírus e coloca o país à beira de uma nova recessão, uma vez que a expectativa é de queda mais acentuada no 2º trimestre. (portal G1 – inclui vídeo)

De acordo com a mediana dos analistas ouvidos pelo Valor Econômico, a economia brasileira deverá encolher entre abril e junho 11,1% em relação aos três primeiros meses do ano. Ainda que o confinamento não seja dos mais rigorosos em grande parte do país, há uma paralisia da atividade econômica, evidenciada em números como a queda de 99% da produção de veículos em abril.

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A reportagem de capa da revista Veja, que começou a ser distribuída nesta sexta-feira, é o isolamento do Brasil diante da comunidade internacional. De acordo com a reportagem, o isolamento está materializado em uma conjunção de catástrofes, a começar pela tragédia humanitária nacional, com a liderança mundial de mortes diárias por covid-19. A revista ressalta ainda que a postura adotada pelo país frente à pandemia foi a da improvisação, além do agravamento da crise política.

 

 

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