A joint venture formada pela Orizon Valorização de Resíduos, Mercurio Partners e o grupo Gera investiu R$ 240 milhões no aterro de Paulínia (SP) para aproveitar o biometano na geração de energia elétrica, informa o Valor Econômico.
O projeto deve começar a operar com a produção de gás natural renovável no segundo trimestre de 2022. Os investimentos foram divididos em duas partes. O primeiro de R$ 60 milhões em uma usina para a geração e biometano feito pela subsidiária integral Orizon. Um segundo aporte de R$ 180 milhões foi feito em uma unidade de geração, a UTE Paulínia Verde (22,6 MW), que usa o biometano como combustível, e tem a Orizon, a Mercurio e o grupo Gera como sócios com 33,3% para cada. O aporte foi feito com capital próprio.
Em entrevista ao Valor, o CEO da Orizon, Milton Pilão, conta que a unidade de biometano foi importada da fabricante americana Greenlane e o Ecoparque de Paulínia deve aproveitar, nesse primeiro momento, cerca de 40% do potencial de biometano, que suportará a geração de 15,7 MW Médios.
Venda de refinaria da Petrobras deve ser aprovada pelo Cade
O Valor Econômico informa que a Superintendência Geral do Conselho Administrativo de Defesa da Concorrência (SG/Cade) está perto de aprovar a venda da refinaria da Petrobras em Manaus, a Isaac Sabbá (Reman), para o Grupo Atem. A venda é umas das obrigações firmadas entre a estatal e o órgão antitruste em termo de cessação de conduta (TCC) assinado em 2019.
A reportagem destaca que a refinaria é considerada estratégica na região, inclusive porque o ativo engloba um acesso a navios de importação de combustível. Algumas grandes distribuidoras estariam agindo para dificultar a venda da regional e evitar o crescimento de uma rival na região, segundo uma fonte a par do processo. Informações sobre essa briga estão públicas.
A área técnica do Cade admitiu as empresas Raízen, Fogás, Equador e Ipiranga, como terceiras interessadas da operação. E em nota publicada em março, a SG afirma que as empresas manifestaram preocupações em relação à operação, referentes aos impactos à cadeia de refino de petróleo na Região Norte do país, especialmente nos processos de importação e distribuição de combustível.
Início da colheita de cana derruba preço do etanol nas usinas
O início da colheita de cana-de-açúcar começou a fazer efeito no mercado e derrubou os preços do etanol nas usinas de São Paulo na última semana. A queda já começa a chegar aos postos, segundo a Federação Nacional do Comércio Varejista de Combustíveis e Lubrificantes.
De acordo com o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada da Esalq/USP, o preço do etanol hidratado nas usinas de São Paulo caiu 8,95% na semana passada, para R$ 3,4965 por litro, o menor valor desde o fim de março. Já o preço do etanol anidro, que é misturado à gasolina, caiu 3,86%, para R$ 4,0663 por litro, o mais baixo desde a primeira semana de abril. (Folha de S. Paulo)
Onda de calor na Índia leva a apagões e férias antecipadas nas escolas
A Folha de S. Paulo informa que dados do Departamento Meteorológico mostram que a temperatura máxima média observada foi de 35,3°C, a terceira maior desde 1901, quando a informação começou a ser coletada. Picos de 46°C chegaram a ser relatados na semana passada.
Ainda mais graves são as situações das partes noroeste e central do país, as mais afetadas pelo calor extremo. As médias máximas do mês passado – 38°C e 36,3°C, respectivamente – foram as maiores dos últimos 122 anos para as regiões, segundo o departamento. O vizinho Paquistão tem observado cenário semelhante – os termômetros já atingiram até 47°C.
Cientistas alertam que 1 bilhão de pessoas, da população de 1,38 bilhão da Índia, estão sob risco de serem afetadas pelas ondas de calor, e as consequências vêm sendo sentidas no cotidiano, com recorde na demanda de eletricidade no país, alteração dos horários de serviços públicos e aumento da frequência de focos de incêndio.
PANORAMA DA MÍDIA
Reportagem do jornal O Globo revela que a inflação de dois dígitos tem sido usada pela área econômica do governo para lançar medidas que tentam, em ano eleitoral, aquecer a economia, que deve crescer abaixo de 1% este ano, de acordo com as previsões. Uma das principais apostas é a redução de tributos.
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Outro destaque da edição de hoje (03/05) do Globo é a onda de calor na Índia, que chegou a 50 graus, provocou seca de rios na capital, Nova Delhi, e queimou campos de trigo no país.
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O Valor Econômico informa que os mercados domésticos voltaram a sentir ontem o impacto de um cenário externo mais adverso. O dólar subiu 2,60% e fechou o dia negociado a R$ 5,0708. O Ibovespa, principal índice da B3, a Bolsa de Valores de São Paulo, recuou 1,73% e encerrou o pregão aos 106.638,64 pontos, retornando ao nível de janeiro. O desempenho negativo é reflexo de uma expectativa de política monetária mais restritiva nos EUA e inclui no radar o receio sobre a saúde da economia chinesa.
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O jornal O Estado de S. Paulo informa que, se o MDB declinar da decisão de ter uma candidatura própria ao Palácio do Planalto, a ala que defende o apoio à reeleição do presidente Jair Bolsonaro (PL) seria amplamente majoritária na convenção nacional do partido. Essa foi uma constatação feita pela direção emedebista após um levantamento recente com base nos delegados eleitos pelos diretórios estaduais, nas bancadas e nos prefeitos do partido.
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O novo comandante-geral da Polícia Militar de São Paulo, coronel Ronaldo Miguel Vieira, 51, nomeado pelo governador Rodrigo Garcia (PSDB), disse que não permitirá manifestações políticas de policiais militares da ativa, usando símbolos oficiais, e usará as diretrizes da corporação para coibi-las. (Folha de S. Paulo)