O Valor Econômico informa que a consultoria PSR e a Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE) uniram-se em um projeto que visa avaliar possíveis aprimoramentos do atual modelo de precificação da energia elétrica no Brasil.
A iniciativa integra o Projeto Meta II, estabelecido pelo Banco Internacional para Reconstrução e Desenvolvimento (Bird) e o Ministério de Minas e Energia (MME). A reportagem explica que o Projeto Meta II decorre de acordo de empréstimo do MME com o Bird, num montante aproximado de US$ 38 milhões em investimentos, dos quais R$ 33 milhões são destinados à CCEE, para esse e outros três projetos. Com duração de 30 meses, o projeto conta com o apoio de um conjunto de empresas e especialistas nacionais e internacionais.
O preço da energia no mercado de curto prazo (conhecido como PLD) serve de referência para o cálculo financeiro de empresas que usam mais energia do que tinham acordado ou para usinas que não têm contratos com distribuidoras ou mercado livre.
Refinaria da Acelen tem vazamento de gás e funcionários hospitalizados
A refinaria de Mataripe, administrada pela Acelen, sofreu um vazamento de gás tóxico no dia 10, segundo a Federação Única dos Petroleiros (Fup). De acordo com a associação, dos 30 funcionários que inalaram o gás químico, 14 foram hospitalizados.
O vazamento ocorreu com o descarregamento de hipoclorito de uma carreta para um tanque, na unidade 52 da Acelen. O hipoclorito de alta pureza misturado a outro produto químico, por meio de contaminação cruzada, gerou um gás de alta toxicidade. Segundo a Fup, o fato não foi informado pela companhia ao Sindicato dos Petroleiros da Bahia (Sindipetro-BA), que pediu explicações.
Procurada pela reportagem do Valor Econômico, a Acelen afirma que a situação foi rapidamente contida pelo time técnico da operação, segurança e meio ambiente da refinaria. De acordo com a empresa, a informação de falta de notificação ao sindicato não procede.
Gedisa e Tradener firmam parceria para balcão único de GD e mercado livre
A gestora de geração distribuída (GD) Gedisa e a comercializadora de energia Tradener firmaram parceria para atender consumidores de pequeno, médio e grande portes tanto com opções de GD quanto contratação no mercado livre de energia.
Em entrevista à Agência Canal Energia, o CEO da Gedisa, Miguel Segundo, disse que o movimento é inédito entre os players não listados em bolsa e que foi necessário ao considerar o novo perfil do consumidor, que conta cada vez mais com informação e uma postura mais ativa ao cobrar alternativas adequadas das empresas.
“Com a união, a ideia é tornar as empresas em um balcão de soluções, criando-se assim um ecossistema robusto de negócios e gerando mais valor ao investidor”, define. Assim a parceria possibilita o acesso e escolha de energia, suprindo uma demanda corporativa de não conseguir atender todos seus clientes, dependendo do tamanho. Conforme o consumo, Segundo aponta que o ambiente de contratação livre pode conceder descontos de até 30% e na GD de até 20%. “Não enxergamos como mercados concorrentes, mas sim parceiros, unindo forças para competir ainda mais”, complementa o executivo.
Diretor-geral da Aneel defende ajustes legislativos para reduzir impacto tarifário no Norte e Nordeste
O diretor-geral da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), Sandoval Feitosa, ressaltou na terça-feira (17/10) a necessidade de ajustes legislativos para reduzir distorções que levam a aumentos tarifários elevados nas regiões Norte e Nordeste, e redução no Sudeste.
“Se há necessidade de ajustes legislativos, eles têm que ocorrer, inclusive porque da forma como continua nós teremos esse deslocamento muito grande de custos para as regiões que hoje no Brasil são as menos desenvolvidas”, afirmou durante reunião da diretoria. Feitosa ressaltou que o colegiado ainda vai deliberar os ajustes dos estados do Amapá, Piauí, Acre e Rondônia, e que “os sinais são de forte elevação tarifária”.
Recentemente, o líder do governo no Congresso Nacional, Randolfe Rodrigues (AP), informou à imprensa que o governo está preparando uma medida provisória (MP) que deverá corrigir as distorções que impactam especialmente os estados do Norte. (Agência Infra)
Empresa de Carlos Suarez pede R$ 1,2 bi para ligar térmicas contra seca no Norte
A Folha de S. Paulo informa que o alto custo para acionar as usinas Termonorte 1 e 2, em Porto Velho, Rondônia, estimado em R$ 1,2 bilhão por dois meses, virou foco de divergências entre entidades de consumidores e o Ministério de Minas e Energia (MME). O valor gerou discussões até na Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), responsável por definir a operação dos empreendimentos. Especialistas do setor ouvidos pela reportagem afirmam que, se acionadas, elas vão ficar entre as mais caras do Brasil.
De acordo com a reportagem, as duas usinas fazem parte dos ativos da Termo Norte Energia, grupo do empresário Carlos Suarez, que tem vários empreendimentos nesse setor, especialmente no segmento de gás. A determinação para ligar essas térmicas foi aprovada em 4 de outubro em reunião do CMSE (Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico). como alternativa para dar segurança ao abastecimento a Rondônia e Acre, diante da crise hídrica que afeta especialmente o rio Madeira naquela região.
A reunião foi presidida pelo secretário-executivo do MME, Efraim da Cruz. A decisão do CMSE foi recebida com constrangimento no mercado de energia.
Copel estima custo de PDV em R$ 610 milhões
A Copel comunicou que o custo estimado em indenizações referente ao programa de desligamento voluntário de 2023 (PDV), previsto no acordo coletivo de trabalho (ACT) em que foram efetivadas 1.437 adesões, é de R$ 441 milhões. Incluindo as indenizações e custos adicionais, o custo total estimado é de R$ 610 milhões, que será reconhecido no exercício de 2023.
Segundo a companhia, cada empregado contemplado também receberá o valor da multa do FGTS, além do subsídio mensal referente ao plano de saúde e do auxílio alimentação por um período de 12 meses. O desembolso de caixa desses valores será feito no momento do desligamento de cada funcionário. (Valor Econômico)
Despesas de Hidrelétrica de Itaipu entram na mira do Senado Federal
O diretor-geral brasileiro da hidrelétrica de Itaipu Binacional, Enio Verri, foi convidado a dar explicações nesta quinta-feira (19), no Senado, sobre a composição da tarifa aplicada à energia elétrica comercializada pela usina e os crescentes gastos em políticas socioambientais. Desde o ano passado, tem crescido a destinação de recursos da usina para áreas não relacionadas ao serviço de eletricidade, às despesas administrativas e ao pagamento de royalties.
O fato tem causado a reação de parlamentares, associações de consumidores de energia e entidades do setor elétrico. O senador Esperidião Amin (PP-SC) classificou recentemente como “orçamento secreto” os investimentos sem conhecimento do Congresso. A Frente Nacional dos Consumidores chama de “escândalo” a contabilidade de Itaipu. Esta semana o Ministério Público, junto com o Tribunal de Contas da União (MP-TCU), propôs “apurar possíveis irregularidades na destinação de recursos”, apesar da limitação do órgão em fiscalizar um tratado internacional. (Valor Econômico)
Indústria de hidrogênio verde precisa de incentivos, diz Absolar
Importante vetor para a descarbonização de setores da indústria, o hidrogênio verde pode abrir possibilidades para a neoindustrialização do Brasil, além de impulsionar setores como energia e exportações. Essa é a avaliação da vice-presidente de Investimento e Hidrogênio Verde da Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (Absolar), Camila Ramos.
“O hidrogênio verde é um vetor que possibilita a descarbonização de setores onde isso é difícil, como a indústria. A siderurgia, por exemplo, é um dos setores que mais emite, representando 12% de todas as emissões do Brasil”, diz ela. “Então, se a gente começar a produzir aço e alumínio a partir do hidrogênio verde, teremos potencial de reduzir as nossas emissões de forma muito significativa”, completa. (Revista Grandes Construções)
Agência de fomento de MG recebe prêmio da ONU por investimentos em energia limpa
A Conferência das Nações Unidas sobre Comércio e Desenvolvimento (Unctad), órgão ligado à ONU, premiou no dia 16, durante o 8º Fórum Mundial de Investimento 2023, realizado em Abu Dhabi, dez agências de promoção de investimentos e zonas econômicas especiais por excelência na ampliação de investimentos para acelerar a transição energética.
A Invest Minas, agência de promoção de investimentos de Minas Gerais, foi a única agência das Américas a ser premiada. A empresa foi premiada por seu papel no programa Sol de Minas, criado para atrair projetos de geração de energia limpa em grande escala para o estado de Minas Gerais. Como resultado, o programa atraiu 37 novos projetos de energia solar e eólica entre 2021 e 2023. (Valor Econômico)
Equador declara emergência no setor elétrico devido à falta de chuvas
O jornal O Globo informa que o governo do Equador declarou, ontem (18/10), o setor elétrico em emergência, depois que a Colômbia limitou a venda de energia. O país registra baixas vazões nos afluentes do Amazonas e atraso das chuvas, informou o Ministério de Energia e Minas.
A medida não implica racionamento elétrico, mas permitirá acelerar os processos de compra de energia para abastecer o país. “O Equador enfrenta baixos fluxos nos afluentes da região amazônica e um atraso nas chuvas na região oeste, devido ao impacto do fenômeno El Niño”, afirmou o ministério, em comunicado.
Ainda de acordo com o texto, “há uma limitação na venda de energia” por parte da Colômbia e um crescimento “anormal” na procura de energia no país de 16,9 milhões de habitantes. A declaração servirá para acelerar os processos de compra de energia. Também ordena a repotencialização de uma termelétrica para garantir o abastecimento.
PANORAMA DA MÍDIA
Valor Econômico: Incerteza no Oriente Médio pressiona preço do petróleo. Referência global, o barril do Brent, com entrega prevista para dezembro, avançou 1,78%, para US$ 91,50. O barril do petróleo WTI, referência americana, subiu 2,14%, para US$ 87,27, para o mesmo mês. Desde o início do conflito, em 7 de outubro, o preço do Brent aumentou 9% e o do WTI, 6%.
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O Globo: EUA barram resolução na ONU, e Israel aceita liberar ajuda à Gaza. No Conselho de Segurança da ONU, em Nova York, os Estados Unidos foram os únicos a exercer poder de veto contra a proposta brasileira que previa “uma pausa humanitária” na região.
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O Estado de S. Paulo: O governo do Egito permitirá a entrada de 20 caminhões com ajuda humanitária na Faixa de Gaza após negociações com Israel e intermediadas pelo presidente dos Estados Unidos, Joe Biden. O acordo foi alcançado sob a pressão de protestos no Oriente Médio provocados pela explosão de um hospital na Faixa de Gaza.
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Folha de S. Paulo: “À luz do pedido do presidente Biden, Israel não impedirá a assistência humanitária via Egito, desde que seja apenas de alimentos, água e medicamentos para a população civil localizada no sul da Faixa de Gaza”, afirmou o gabinete do primeiro-ministro israelense, Binyamin Netanyahu. Outra condição para a autorização é que os mantimentos não sejam entregues ao Hamas, que domina Gaza.