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A queda livre nos preços da energia solar gerada no Brasil – Edição da Manhã

O preço da energia solar não para de cair no Brasil este ano. O preço médio do watt-pico (WP) dos painéis fotovoltaicos ficou em R$ 4,39 no terceiro trimestre, contra R$ 4,85 no fim do ano passado. Foi a terceira queda seguida, atingindo menor valor já registrado pelo Radar Solfácil, indicador criado pela Solfácil.

“No fim de 2021, com o impacto na cadeia de suprimentos causado pelo covid-19, o mercado global enfrentou falta de componentes, o que levou a um aumento dos preços da energia solar. Porém , em 2022, com a regularização dos estoques e o aumento da competitividade, num mercado com mais empresas e integradores participando de toda a cadeia, os preços começaram a cair”, explica Francisco Simon, vice-presidente de vendas da Solfácil, em nota à coluna Capital, do jornal O Globo.

A despeito da queda do valor médio, o levantamento mostra que os preços variam de maneira significativa entre os estados. A diferença chega a ser de R$ 1,21 WP. Os estados mais caros para se explorar energia solar no Brasil são Sergipe, Rio Grande do Sul e Pernambuco. O estudo apura os preços associados a projetos que somam R$ 6 bilhões.

Caixa da Petrobras caiu a nível mínimo, mas já está no ponto ótimo previsto pela companhia

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A Petrobras fechou setembro com o menor nível de caixa dos últimos anos, de US$ 6,8 bilhões (ou R$ 37 bilhões), depois de ter distribuído quase R$ 180 bilhões em dividendos aos acionistas este ano, dos quais mais de R$ 111 bilhões se concentraram no terceiro trimestre.

A soma desse dado ao fato de a empresa ter anunciado um novo dividendo, de R$ 43,6 bilhões, levantou a discussão se a empresa estaria exagerando na dose, conforme indica reportagem do Valor Econômico. De acordo com a reportagem, a polêmica cresceu diante do resultado das eleições presidenciais, e com questionamentos até legais sobre os pagamentos.

Do ponto de vista jurídico, a legislação societária diz que o dividendo não pode ultrapassar o lucro líquido apurado ao longo do tempo, considerando a soma do obtido no ano em questão com o de anos anteriores. E, em que pese a Petrobras ter distribuído R$ 245 bilhões em dividendos entre janeiro de 2021 e setembro de 2022, ainda há R$ 133 bilhões de reservas de lucros de exercícios anteriores dentro do patrimônio líquido que poderiam ser pagos. Ainda do ponto de vista jurídico, não há nenhum problema que a Petrobras antecipe, ao longo do ano corrente, a distribuição do lucro esperado para o exercício.

Braskem diz estar preparada para ciclo de baixa do setor

Maior produtora de resinas termoplásticas das Américas, a Braskem frustrou as expectativas de analistas e investidores no terceiro trimestre. Embora o mercado já previsse uma redução dos spreads – a diferença entre preço da resina ou petroquímico básico e custo da matéria-prima -, os resultados revelaram que a queda foi ainda mais acentuada, sem sinais concretos de recuperação antes de 2024, o que fez as ações caírem 5,5% na B3, para R$ 29,88 cada.

O comando da petroquímica reconheceu que a magnitude e a velocidade da redução dos spreads surpreenderam. Mas enfatizou que a Braskem está preparada para atravessar o ciclo de baixa da indústria. “O cenário está muito incerto para todos”, disse ao Valor Econômico o presidente Roberto Simões. “Mas os ativos da Braskem estão muito bem posicionados na curva de custo global, a companhia segue com perfil de crédito robusto e permanece com forte posição de liquidez, sendo que a maior parte da dívida tem vencimento no longo prazo”, acrescentou, lembrando que a diversificação de produtos e geografias e de suprimento de matérias-primas também trazem alguma proteção à empresa.

Raízen é condenada por distribuição de combustível ‘batizado’

A Folha de S. Paulo informa que a Justiça Federal decidiu, por unanimidade, que a Raízen (Shell) terá de pagar cerca de R$ 2 milhões por distribuir etanol ‘batizado’ a postos. A punição foi aplicada pela Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP)) e mantida pelo Tribunal Regional Federal da Segunda Região, no que é considerado pela agência o maior caso de adulteração do país.

A Raízen é uma joint-venture entre a Shell e o grupo Cosan. A distribuidora faz parte do Instituto Combustível Legal, que tem como uma de suas bandeiras justamente combater a adulteração.

Após uma sequência de recursos na tentativa de reverter a decisão da ANP, de 2016, a corte manteve na semana passada o entendimento de que a distribuidora tem responsabilidade no caso por não ter verificado a qualidade do álcool comprado de uma usina. O produto tinha alta concentração de metanol, substância potencialmente fatal quando inalada.

PANORAMA DA MÍDIA

A morte da cantora Gal Costa, ontem (09/11), aos 77 anos, e os trabalhos da equipe de transição do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva são destaque desta quinta-feira nos principais jornais do país.

A proposta de emenda constitucional é considerada essencial para que sejam cumpridas algumas promessas feitas por Lula durante a campanha eleitoral, como a manutenção do Auxílio Brasil em R$ 600 e o aumento do salário mínimo. Na quarta-feira, avaliava-se nos bastidores que a PEC poderia viabilizar despesas de aproximadamente R$ 175 bilhões fora do teto de gastos para o Auxílio Brasil ampliado. Lula reuniu-se logo pela manhã com o presidente da Câmara dos Deputados, (Valor Econômico)

A equipe de transição bateu o martelo que o caminho para garantir o Bolsa Família de R$ 600 será via proposta de emenda à Constituição (PEC), com a chamada PEC da Transição. O modelo, de maior segurança jurídica, retira o Bolsa Família do teto de gastos, o que deve alterar de modo permanente a regra fiscal que limita o crescimento das despesas públicas, segundo parlamentares do partido. (O Globo)

Opção de excluir, de modo permanente, os desembolsos com transferência de renda do teto de gastos foi mal recebido pelo mercado financeiro. (O Estado de S. Paulo)

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Gal Costa Gal foi uma revolução da voz e dos costumes na música brasileira desde seu surgimento na cena nacional, nessa mesma década. Aproximou-se ainda adolescente dos também baianos Maria Bethânia e Gilberto Gil, além de Caetano, com quem integraria o grupo conhecido como Doces Bárbaros, responsável mais tarde por um disco definidor da contracultura da década de 1970. Também foi nessa época que se aproximou de Tom Zé, outro baiano com quem firmou parcerias. Tinha ainda pouco mais de 20 anos quando participou do álbum “Tropicália ou Panis et Circencis”, pedra fundamental do movimento tropicalista. (Folha de S. Paulo)