O presidente da Vibra Energia, Wilson Ferreira Júnior, disse que a empresa busca novas parcerias para a transição do negócio de distribuição, hoje ainda concentrado em combustíveis fósseis. A antiga Petrobras Distribuidora, privatizada via mercado de capitais, tem estratégia de diversificação do portfólio que passa pelo reforço das frentes de gás natural e combustíveis verdes, além da inclusão de energia elétrica e outras opções, como biometano e hidrogênio.
Ferreira Júnior participou de painel organizado pela consultoria PwC em seu evento anual Digital Week. O executivo disse que, no momento, a Vibra busca parceiros voltados ao diesel verde, hidrogênio verde e gás natural liquefeito (GNL). Ele listou uma série de parceiras recentes da Vibra Energia com o intuito de transformar a matriz de distribuição da companhia. Entre elas, estão a aquisição de 50% da comercializadora de energia elétrica e gestora de contratação livre de energia Comerc e a criação de uma “joint venture” com a Copersucar mirando a venda de etanol.
A ideia é criar uma plataforma aberta de comercialização do etanol, para aumentar o consumo do combustível e estimular competição no mercado para viabilizar maior produtividade e preços menores. Um terceiro projeto envolve acordo de cooperação com a Zeg Biogás, assinado no fim de agosto, para oferecer aos produtores de etanol soluções para a produção de biometano por meio da vinhaça, resíduo da fabricação daquele combustível. (Valor Econômico)
Carvão, combustíveis fósseis e financiamento: as divergências finais da COP26
No último dia de negociações na COP26, ainda não há consenso sobre as propostas de pôr fim ao uso de carvão e aos subsídios públicos para a exploração de combustíveis fósseis, assim como a questão sobre o financiamento das medidas necessárias, informa o Valor Econômico.
Um segundo rascunho do documento final, divulgado nesta sexta-feira (12/11), suavizou ainda mais o texto sobre o fim do carvão e dos subsídios para combustíveis fósseis. O novo texto diz que os países devem acelerar a eliminação progressiva da “energia inabalável” do carvão e dos subsídios “ineficientes” para a exploração de combustíveis fósseis. O texto anterior, divulgado na quarta-feira, pedia aos países que “acelerem a eliminação do carvão e dos subsídios aos combustíveis fósseis”.
A declaração final deve reunir todos os compromissos dos países participantes da conferência, mas a inclusão de adjetivos foi recebida por negociadores e ativistas como um enfraquecimento do texto. O fato é que nenhuma das duas versões do acordo final da COP26 agradou a todos e as divergências continuam dominando os debates. A conferência estava programada para acabar às 18h desta sexta-feira, pelo horário local, mas ao longo da tarde as divergências entre os países indicam que o texto final não será concluído no prazo. Assim, as delegações já estão se preparando para mais horas de debates.
Ao mesmo tempo em que reconhecem a urgência das medidas, delegados dos países reclamam do texto proposto. Na tarde desta sexta-feira, 38 deles se manifestaram em uma plenária com o presidente da COP26, Alok Sharma. Representantes de países em desenvolvimento são uníssonos aos pedir mais comprometimento dos países ricos.
Desmatamento recorde em outubro contradiz discurso do Brasil na COP26
A área de alertas de desmatamento na Amazônia Legal em outubro foi a maior para o mês em cinco anos, conforme mostram dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) divulgados nesta sexta-feira (12/11). Segundo o sistema Deter, do Inpe, foram derrubados 877 km² de floresta amazônica, o maior número para outubro desde que o levantamento começou a ser feito, em 2016. O índice ficou 5% acima do de outubro de 2020.
Na conferência do clima da ONU, o Brasil se comprometeu a acabar com o desmatamento ilegal até 2028. Segundo o ministro do Meio Ambiente, Joaquim Leite, o Brasil pretende reduzir o desmatamento em 15% ao ano até 2024, 40% ao ano em 2025 e em 2026, 50% em 2027, até zerar o desmatamento ilegal em 2028. A Amazônia Legal corresponde a 59% do território brasileiro, e engloba a área de Acre, Amapá, Amazonas, Mato Grosso, Pará, Rondônia, Roraima e Tocantins, além de parte do Maranhão. (Folha de S. Paulo)
Gasolina pela metade do preço na Argentina gera fila de brasileiros
Reportagem da Folha de S. Paulo informa que para frear a corrida de brasileiros aos postos de Puerto Iguazú, município da Argentina vizinho a Foz do Iguaçu (PR), os argentinos limitaram a no máximo 15 litros a venda de gasolina para veículos com placas estrangeiras, diante da grande eprocura por causa da alta dos preços dos combustíveis no Brasil. A medida foi tomada para evitar o desabastecimento na cidade. Mesmo com o limite, motoristas brasileiros não deixam de cruzar a fronteira para economizar.
O litro da gasolina em Puerto Iguazú é praticamente a metade do preço encontrado no Brasil. Na cidade argentina, o valor do litro do combustíveral varia entre 92,50 e 95,20 pesos, dependendo do tipo, o que equivale a aproximadamente R$ 3,15 a R$ 3,60.
O preço é muito atrativo para brasileiros, uma vez que em Foz do Iguaçu o litro é vendido em média por R$ 6,90. Além de brasileiros, os postos argentinos têm atraído também paraguaios, que pagam aproximadamente R$ 4,10 pelo litro da gasolina em seu país.
Por que o preço do gás sobre no mundo e como isso afeta o Brasil.
Reportagem do portal O Globo mostra como a proposta da Petrobras para aumentar o preço do gás natural nos novos contratos que a estatal está negociando com as distribuidoras estaduais é um reflexo do que acontece com o preço do produto no exterior.
Fatores como o forte aumento da demanda no pós-pandemia, redução na capacidade de armazenamento do combustível na Europa e as tentativas de transição energéticas para matrizes mais limpas por países importantes, como a China, têm pressionado os preços do combustível no mundo. Nesse contexto, a empresa tem sido pressionada pelos altos custos com a importação do produto para suprimento das termelétricas. E a tendência é que o cenário piore, pois o início do inverno no hemisfério Norte é tradicionalmente um período com maior demanda por gás.
A reportagem cita os motivos que levaram os preços do gás natural no mercado internacional terem subido tanto e quais as consequências para o Brasil: aumento da demanda, fornecimento da Rússia, alta do petróleo, transição energética na China e a pressão sobre a Petrobras.
PANORAMA DA MÍDIA
A filiação do ex-juiz e ex-ministro da Justiça, Sérgio Moro, ao Podemos é reportagem de capa da edição da revista Veja que chegou hoje (12/11) às bancas. A reportagem cita, também, o ex-procurador da Operação Lava Jato, Deltan Dallagnol, que assim como Moro anunciou interesse em atuar na política.