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Raízen dá início a processo para IPO de até R$ 13 bilhões – Edição da Manhã

A Raízen começou a engajar bancos de investimento para seu IPO (sigla em inglês para oferta pública inicial de ações), informa o Valor Econômico. Na semana passada, a companhia enviou pedidos de proposta (RFPs) a potenciais coordenadores, para uma oferta que é estimada entre R$ 8 bilhões e R$ 13 bilhões, segundo três fontes ouvidas pela reportagem.

A companhia já tinha planos de fazer uma oferta no ano passado, mas queria concluir outro passo primeiro, que era a aquisição da endividada Biosev (resumo da notícia abaixo). Em tratativas há seis meses, as companhias chegaram a um acordo no início de fevereiro. O negócio foi realizado por troca de ações, com desconto.

A Raízen, produtora de açúcar e álcool e distribuidora de combustíveis – uma empresa integrada de energia –, é uma joint venture entre a Cosan e a Shell. O IPO era aguardado pelo mercado desde que a Cosan iniciou uma reestruturação societária no ano passado, mas faltava um acordo com a Shell.

Cade aprova aquisição da Biosev pela Raízen

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A Raízen Energia, maior companhia sucroalcooleira do país, controlada por Cosan e Shell, informou ontem (02/03), em fato relevante, que a Superintendência Geral do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) aprovou, em 1º de março de 2021, sem restrições, a compra da Biosev pela companhia, anunciada em 8 de fevereiro.

A decisão, contudo, só será definitiva depois de transcorrido prazo de 15 dias contado a partir da publicação no Diário Oficial da União, sem que tenha havido recursos pelo Tribunal do Cade. Conforme anteriormente divulgado, a consumação da transação permanece sujeita, ainda, ao cumprimento de outras condições precedentes, incluindo a conclusão da reorganização societária da Biosev e a reestruturação do endividamento financeiro da controlada da Louis Dreyfus Company. (Valor Econômico)

Representante de minoritários da Petrobras pedirá investigação da CVM por informação privilegiada

O jornal O Globo informa, em sua principal reportagem da edição desta quarta-feira (03/03), que o economista Aurélio Valporto, presidente da Associação Brasileira de Investidores (Abradin), avaliou que a venda de opções de ações da Petrobras com lucro elevado é um caso de “insider trading” (uso de informações privilegiadas) muito claro. A Abradin vai entrar com uma representação na Comissão de Valores Mobiliários (CVM) para identificar o autor da operação, além de pedir “punição exemplar”.

De acordo com a reportagem, a CVM prepara investigação para apurar o caso. Segundo especialistas de mercado consultados pelo jornal, sob a condição de anonimato, o que chamou a atenção no caso das opções da Petrobras foi a data da compra, dia 18, apenas quatro dias antes do vencimento.

Trata-se um espaço muito curto de tempo entre a compra e a venda para um volume tão elevado de recursos, R$ 160 mil. Normalmente, os gestores fazem esse tipo de operação com prazo médio de dois meses e valores mais baixos, diz um especialista do mercado.

As operações ocorreram após reunião do presidente Jair Bolsonaro com ministros e antes de sua transmissão nas redes sociais no dia 18, quando disse que “alguma coisa” iria acontecer na Petrobras. O Ministério da Economia afirmou que “compete à CVM apurar eventuais desvios no mercado de capitais”. O Ministério de Minas e Energia (MME) e o Gabinete de Segurança Institucional não comentaram. A possibilidade de operações de “insider trading” foi revelada ontem (02/03) pelo jornal O Globo.

Quatro conselheiros da Petrobras pedem para não serem reconduzidos ao cargo na próxima assembleia

A Petrobras divulgou fato relevante na noite de ontem (02/03) para informar que quatro membros do conselho de administração da estatal pediram para não serem reconduzidos na próxima eleição para o colegiado.

Dois deles, João Cox Neto e Nivio Ziviani, alegaram questões pessoais. Paulo Cesar de Souza e Silva preferiu lembrar que seu mandato chegaria ao fim e que prefere a não renovação. Mas Omar Carneiro da Cunha foi claro ao responsabilizar a intervenção recente do presidente Jair Bolsonaro na estatal por causa dos preços de derivados de combustíveis, que culminaram com o anúncio da troca do presidente da Petrobras, Roberto Castello Branco, ainda a ser efetivada pelo conselho.

O colegiado é formado por um presidente (Eduardo Leal) e dez conselheiros, sendo seis deles indicados pelo acionista controlador, o governo federal. Os quatro conselheiros que pediram a não recondução fazem parte do bloco do controlador. As informações foram publicadas pelo Valor Econômico e Folha de S. Paulo.

PANORAMA DA MÍDIA

O Brasil registrou 1.726 mortes por covid-19 nas últimas 24 horas, o maior número diário de vidas perdidas de toda a pandemia. O dado representa também o maior salto em relação ao recorde anterior. Foram 144 mortos a mais ontem (02/03) do que em 25 de fevereiro, apenas cinco dias antes, o ápice mais recente – um avanço de 9,1%.

O país também registrou, pelo quarto dia consecutivo, a maior média móvel de óbitos pela doença: 1.274, e já está há 41 dias acima de mil. O recorde anterior da média móvel era de 1.223. Os dados do país são fruto de colaboração entre Folha de S. Paulo, portal UOL, O Estado de S. Paulo, Extra, O Globo e G1 para reunir e divulgar os números relativos à pandemia do novo coronavírus. As informações são coletadas diretamente com as Secretarias de Saúde estaduais. Esse é o principal destaque de hoje (03/03) dos jornais Folha de S. Paulo e O Estado de S. Paulo.

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Reportagem do Valor Econômico mostra que a alta contínua do dólar tem levado a uma “segunda onda” de aumentos de custos das empresas. A conta chega para o consumidor em um cenário de agravamento da pandemia e de fraca atividade, segundo executivos e economistas ouvidos pelo jornal.

Projeções acima de 4% para o IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo) em 2021 ganham força, e os números podem piorar se não houver um alívio do câmbio. Como a meta do Banco Central (BC) para a inflação é 3,75%, aumentam as apostas de que a autoridade monetária vai elevar os juros já neste mês.

Contudo, o presidente do BC, Roberto Campos Neto, em evento do mercado financeiro realizado ontem (03/03) à noite, indicou pouca disposição de entregar na próxima reunião do Copom o aumento das taxas de juros esperado pelo setor financeiro.