O Valor Econômico dá continuidade à cobertura do processo de recuperação judicial da Renova Energia. A matéria de hoje (18/10) analisa a relação de negócios entre as elétricas Cemig e Light a partir desse novo fato. Controladora da distribuidora fluminense, a estatal mineira reduziu, em julho deste ano, sua fatia na Light, de 49,9% para 22,6%, após operação de oferta de ações. Com isso, a Cemig perdeu poder de decisão e influência na Light, que passou a ser uma “corporation” (sem controle definido).
De acordo com a reportagem, a proposta da Light de vender a totalidade de suas ações (17,17%) e sair do bloco de controle da Renova Energia, decidida antes do pedido de recuperação judicial, desagradou à Cemig. A estatal mineira integra o bloco de controle da Renova, junto com o fundo CG I FIP Multiestratégia. Segundo comunicado da Renova, após a saída da Light, o CG I passou a ter 34,62% e a Cemig manteve 36,23% da empresa.
O Valor apurou que a estratégia da Light foi apresentada e discutida entre os sócios controladores da Renova na semana passada. Segundo uma fonte da reportagem, os integrantes do bloco de controle tinham acesso a todas as informações do caso e da proposta da companhia fluminense.
Leilão de energia A-6 terá 75 projetos gaúchos
O Jornal do Comércio, do Rio Grande do Sul, informa que o estado participará com 75 projetos do leilão de geração A-6, que será realizado hoje (18/10), a partir das 10h, pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), em parceria com a Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE). Desse total, dois projetos serão de termelétricas a carvão (que totalizam 940 MW) e 73 eólicos, cuja potência é de 1.939,7 MW. A soma das capacidades – 2.879,7 MW – corresponde a cerca de 70% da demanda média elétrica do estado.
Ao todo, participarão do certame 1.541 projetos com 71.385 MW de potência, habilitados pela Empresa de Pesquisa Energética (EPE). O leilão vai contratar energia proveniente de novos empreendimentos de geração de fontes hidrelétrica, eólica, solar fotovoltaica e termelétrica, com início do suprimento a partir de janeiro de 2025.
Petrobras bate recorde de produção no 3º trimestre
Os jornais O Estado de S. Paulo e Valor Econômico informam que, com a entrada de novas plataformas no pré-sal, a Petrobrás bateu novos recordes de produção diária no terceiro trimestre, deixando para trás dificuldades enfrentadas nos três meses anteriores. De julho a setembro, foram extraídos 2,8 milhões de barris de óleo equivalente por dia (boe/d, que inclui petróleo e gás) no Brasil.
De acordo com a reportagem, no período, teve destaque o mês de agosto, quando a produção atingiu nível recorde de 3,1 milhões de barris. Diante do desempenho, a projeção é que a empresa alcançará a meta do ano, de 2,7 milhões de barris por dia. A maior parte do volume produzido no período saiu da região de águas ultraprofundas do pré-sal, que responde por 60,4% do resultado da companhia.
PANORAMA DA MÍDIA
Os desdobramentos da crise interna no PSL, partido pelo qual o presidente Jair Bolsonaro se elegeu no ano passado, é a manchete de hoje (18/10) nos principais jornais do país. O jornal O Globo destaca que a ala majoritária da bancada do PSL na Câmara dos Deputados impôs uma derrota ontem ao presidente Bolsonaro ao vetar seu filho Eduardo como o novo líder da sigla na Casa. O presidente se envolveu pessoalmente na disputa, pedindo votos a parlamentares, mas a maior parte da legenda decidiu manter no posto o deputado Delegado Waldir (GO).
A Folha de S. Paulo destaca que, sem ter uma base aliada no Congresso, Bolsonaro se viu sem controle do próprio partido, o que agrava a fragilidade da articulação do governo no parlamento. De acordo com a reportagem, a avaliação de deputados federais e senadores, é a de que o racha entre Jair Bolsonaro e o presidente nacional do PSL, deputado Luciano Bivar (PE), poderá respingar na agenda do governo no Legislativo.
A reportagem do jornal O Estado de S. Paulo informa que a crise que opõe o presidente Jair Bolsonaro e a cúpula do seu próprio partido, o PSL, se tornou ontem uma guerra declarada com a divulgação de áudios, ameaças e retaliações. O Valor Econômico ressalta que a disputa pelo controle do partido também pode acabar provocando a destituição dos filhos do presidente Bolsonaro do comando dos diretórios do Rio de Janeiro e de São Paulo.