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Reequilíbrio de contratos na Aneel deve atingir R$ 6 bilhões – Edição da Manhã

O Valor Econômico informa que as distribuidoras de energia elétrica fecharam a conta do impacto causado pela pandemia no fluxo de caixa das empresas em 2020. Elas calculam a necessidade de um reequilíbrio econômico-financeiro de R$ 5,5 bilhões a R$ 6 bilhões em seus contratos.

A Associação Brasileira de Distribuidores de Energia Elétrica (Abradee), que reúne 40 distribuidoras do país, estima redução média entre 20% e 25% no Ebitda (sigla em inglês para lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) das companhias. “Em alguns casos, porém, houve perdas até da ordem de 70%”, diz o presidente da entidade, Marcos Madureira.

De acordo com a reportagem, se o pedido for atendido plenamente, a tarifa dos consumidores subiria até 3%, mas medidas podem atenuar reflexo Essas estimativas serão levadas pelas distribuidoras à Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), no âmbito da consulta pública nº 35, aberta com o intuito de construir uma metodologia para a análise dos pedidos de reequilíbrio das companhias.

Três distribuidoras ficam com concessões na mira

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Os efeitos da pandemia sobre o mercado de distribuição de energia vão se somar às dificuldades que algumas concessionárias já vinham enfrentando para atingir indicadores econômicos definidos no contrato, destaca reportagem do Valor Econômico.

Depois de renovarem a concessão por mais 30 anos, em 2015, três distribuidoras – a gaúcha CEEE, a brasiliense CEB e a catarinense Eflul – correm o risco de terem suas concessões cassadas caso não atendam as exigências de gestão econômico-financeira satisfatória por dois anos consecutivos no primeiro quinquênio de contrato.

As três companhias foram reprovadas na avaliação dos indicadores de 2018 feita pela diretoria da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) no início deste mês. O risco de perder os contratos, considerada a pena mais dura da agência, poderá ser real se elas voltarem a ter uma gestão econômico-financeira ruim em 2019. A análise dos dados do ano passado ainda não foi concluída.

Cemig muda estratégia e quer projetos renováveis próprios

O presidente da Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig), Reynaldo Passanezi, disse ontem (15/09), em entrevista em reunião virtual com investidores e analistas, que a empresa está se preparando para crescer em geração a partir de fontes renováveis.

Com um portfólio concentrado na fonte hidráulica (50 das 53 usinas), a estatal mineira quer recuperar a capacidade de desenvolver seus próprios projetos de geração. “Nós já temos o cliente. Estamos alterando a estratégia de comprar energia de terceiros para desenvolver energia própria”, afirmou.

No caso da energia eólica, a Cemig abrirá nos próximos dias uma chamada pública para eventual aquisição de projetos. “É uma fonte reconhecidamente competitiva. Estamos trazendo esses projetos para compor nosso portfólio, construir e comercializar a energia”, afirmou Paulo Mota Henriques, diretor de Geração e Transmissão.

Já em energia solar, a companhia tem projetos mais maduros, aponta o executivo. Da carteira de projetos em estudo, as usinas de geração centralizada somam 1.400 megawatts-pico (MWp) de capacidade. Há ainda cerca de 350 MWp de usinas solares flutuantes, que poderiam ser instaladas nos reservatórios das hidrelétricas da companhia. A ideia é aproveitar a integração da área de geração com a comercializadora da Cemig, a maior do país, com uma participação de mercado de 18%. As informações foram publicadas pelo Valor Econômico.

Petrobras informa resultado da oferta de troca de títulos não registrados

A Petrobras informou, ontem (15/09) à noite, o resultado da oferta de troca de títulos não registrados, emitidos em 18 de setembro de 2019, por títulos registrados na Securities and Exchange Commission (SEC), efetuada pela sua subsidiária integral Petrobras Global Finance B.V. (PGF).

Detentores de US$ 4.037.681.000 dos títulos 5,093% Global Notes, com vencimento em 2030, aceitaram trocar seus títulos não registrados por títulos registrados na SEC, com termos e condições idênticos ao previsto na oferta dos títulos antigos. A liquidação será realizada em 17 de setembro de 2020, quando a PGF trocará os títulos antigos pelos novos.

A Agência Petrobras publicou uma tabela com o resumo do resultado da oferta de troca, além de orientação aos investidores.

PANORAMA DA MÍDIA

Após a repercussão negativa dos planos da equipe econômica de congelar aposentadorias e pensões para financiar o Renda Brasil, o presidente Jair Bolsonaro cancelou as discussões sobre o programa, desenhado para substituir o Bolsa Família e o auxílio emergencial. O presidente ameaçou com “cartão vermelho” a equipe econômica, caso sejam propostos cortes em programas já existentes. A informação é o principal destaque na edição desta quarta-feira (16/09) dos jornais O Globo, Folha de S. Paulo e Correio Braziliense.

Segundo análise do Valor Econômico, que também pautou o tema como destaque da edição de hoje, o presidente Jair Bolsonaro colocou o Renda Brasil em estado de “hibernação”, apesar da afirmação do presidente de que durante o seu governo “está proibido de falar a palavra Renda Brasil”.

A jornalista Claudia Safatle informa que estratégia semelhante foi usada quando surgiram os primeiros movimentos para a criação do Imposto sobre Transações, cuja referência é a antiga CPMF. “O tema, aparentemente, estava morto e enterrado, mas continua vivo. Ambas as medidas dependem de um tempo que será determinado pela política para saírem da hibernação.”

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O jornal O Estado de S. Paulo informa que uma coalizão formada por 230 organizações e empresas, que se define como “um dos raros foros de diálogo entre o agronegócio e ambientalistas”, enviou ontem (15/09) ao governo federal um conjunto de seis propostas para deter o desmatamento na Amazônia.

De acordo com a reportagem, o documento foi encaminhado ao presidente Jair Bolsonaro e ao vice-presidente Hamilton Mourão, além dos ministérios da Agricultura, Meio Ambiente, Economia e Ciência e Tecnologia. As propostas chegaram ainda às mãos de líderes e parlamentares da Câmara e do Senado, ao parlamento europeu e embaixadas de países europeus.

A Coalizão Brasil Clima, Florestas e Agricultura reúne nomes da área ambiental como WWF Brasil, WRI Brasil, TNC, Imazon e Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia (Ipam). Do lado do agronegócio e da indústria estão companhias como JBS, Klabin, Marfrig, Amaggi, Basf, Danone, Natura e Unilever.

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