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Reestruturação da Raízen avança, mas atual taxa de juros é inviável, diz Ometto – Edição do dia

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Totem da Raízen / Crédito: Divulgação
Totem da Raízen / Crédito: Divulgação

Em entrevista ao Valor Econômico, o empresário Rubens Ometto Silveira Mello, fundador do grupo Cosan, diz que o processo de reestruturação da Raízen, companhia em sociedade com a Shell, está em curso para redução de dívida e que os resultados poderão ser vistos nos próximos meses. O processo prevê a venda de ativos não estratégicos, para a companhia focar em distribuição de combustíveis, açúcar e etanol e cogeração de energia.

Ometto conta que a Cosan perdeu dinheiro com a Vale – uma aposta do empresário de participar da gestão de um dos maiores grupos do mundo. “O que mais doeu é que era um projeto pessoal que eu tinha. A Vale é uma companhia fantástica, orgulho nacional. Eu teria muita coisa para contribuir.”

Para o empresário, o atual patamar de juros, de 14,75%, é inviável para investimentos – a Cosan tem um “capex” de R$ 10 bilhões a R$ 12 bilhões para este ano em andamento. “Se os juros não baixarem, vamos segurar investimentos.”

Comissão da Câmara aprova audiência sobre MP da reforma do setor elétrico com o ministro Alexandre Silveira

A Comissão de Minas e Energia da Câmara dos Deputados aprovou na quarta-feira (28/5) a realização de audiência pública sobre a medida provisória (MP) 1.300/2025, que trata da reforma do setor elétrico. O requerimento tem como único convidado o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, que já havia anunciado antes da apresentação da MP que pretendia ir à comissão tirar dúvidas sobre o texto.

Ainda não há data para a realização da audiência pública. A medida provisória teve 600 emendas protocoladas no sistema do Congresso Nacional. O prazo para senadores e deputados apresentarem propostas adicionais à medida terminou às 23h59 de terça-feira (27/5). (Agência Infra)

Licenciamento ambiental: 4 jabutis no projeto entram na mira de parlamentares pró-Marina Silva

O projeto de lei que altera o licenciamento ambiental no Brasil, aprovado no Senado na semana passada, traz mudanças que impactam obras em estradas, exploração de petróleo, e até regras de conservação da Mata Atlântica.

O jornal O Estado de S. Paulo informa que parte das mudanças, porém, foi incluída por emendas e tem sido vista por parlamentares como “jabutis”. Ou seja, são alterações implícitas no texto que afetam áreas que não necessariamente são o alvo principal do projeto.

Procurada, a assessoria da senadora Tereza Cristina (PP-MS), relatora do projeto, disse que as justificativas técnicas para as emendas estão no relatório. Autor de uma das sugestões, o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), diz que um dos principais argumentos é reduzir a burocracia. 

A reportagem explica detalhes a respeito dos quatro “jabutis”: licença ambiental especial, prioridade de tramitação, obras e mata atlântica.

ANP propõe classificar gasodutos de biometano como transporte

A diretoria da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) aprovou ontem (29/5) a abertura da consulta pública para definição de critérios de classificação de gasodutos de transporte, quando os ativos ficam sob a sua regulação. Dentre eles estão os dutos provenientes de produtores de biometano.

A classificação como transporte pode ser estabelecida independentemente da extensão, com dois critérios – pressão e diâmetro – e conforme a finalidade, segundo a proposta da ANP apresentada durante a reunião de diretoria. 

Após a etapa de consulta aprovada ontem, que vai durar no mínimo 45 dias, a ANP vai responder às contribuições para então decidir sobre a nova resolução. Nem a minuta, tampouco o relatório de Análise de Impacto Regulatório (AIR) e demais pareceres estão disponíveis no momento. Eles serão publicados na página da ANP. (Agência Eixos / ANP)

Tanure busca assessor financeiro para montar oferta a bancos pela Braskem

O jornal O Estado de S. Paulo informa que o empresário Nelson Tanure já busca um banco de investimento para assessorá-lo em sua investida para adquirir uma parte da fatia da Novonor na Braskem. A ex-Odebrecht tem o controle da petroquímica, que foi dada em garantia a bancos por empréstimos concedidos no passado. De acordo com a reportagem, Tanure está conversando com as instituições financeiras para entender os caminhos possíveis a um acordo, já que depende deles a aprovação do negócio.

PANORAMA DA MÍDIA

A resistência do Congresso ao decreto do governo acerca do aumento do IOF é o principal destaque de hoje (30/5) na mídia.

Num momento em que o Congresso ameaça derrubar o decreto que eleva as alíquotas do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF), o presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), deu ontem prazo de dez dias para o governo apresentar uma proposta alternativa e citou algumas sugestões à alta do tributo. Segundo Motta, que pediu a participação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva nas negociações, algumas opções são a revisão de isenções fiscais e de vinculação de receitas, além da reforma administrativa. (Valor Econômico)

O impasse acerca do IOF no Congresso reforçou a urgência de uma reforma mais ampla no Orçamento e nas contas públicas, antes que a insustentabilidade do crescimento dos gastos inviabilize a atuação do governo, algo previsto para ocorrer em 2027. (O Globo)

Lula precisa entrar na negociação sobre IOF, diz Motta. “Estamos cansados de tantos impostos”, diz Motta. (O Estado de S. Paulo)

Motta defendeu a necessidade de o governo definir medidas estruturantes e colocar em discussão assuntos como a revisão dos benefícios fiscais, a desvinculação das receitas e o andamento da reforma administrativa. (Folha de S. Paulo)

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