Reportagem da Folha de S. Paulo informa que a refinaria Abreu e Lima (ou RNest), em Ipojuca (PE), está prestes a completar dez anos cercada de pendengas e pendências ambientais.
Cercada literalmente. Moradores vizinhos ao empreendimento da Petrobras se queixam há anos de problemas causados por gases poluentes e questionam o modelo e os dados de monitoramento da qualidade do ar da região. Processam a estatal e cobram dela uma promessa que poderia atenuar seu suplício: unidades de abatimento de emissões chamadas SNOx, projetadas para operar junto com a refinaria, mas que até hoje não saíram do papel.
De acordo com a reportagem, a primeira delas deveria ter sido inaugurada junto com o trem 1 da RNest, em operação desde dezembro de 2014. Não aconteceu, e desde então sua conclusão foi anunciada e frustrada algumas vezes. A Petrobras promete agora entregá-la no fim deste ano. O trem 2 está programado para 2028, e deverá ter a segunda SNOx.
O histórico recomenda desconfiar de planos e prazos. Anunciada em 2005, no primeiro governo Lula, a RNest seria uma parceria com a Venezuela, que terminou por não se concretizar. As obras atrasaram e foram paralisadas —, sobretudo por problemas de corrupção trazidos à tona na Operação Lava Jato —, adiando em três anos a inauguração do trem 1, que ainda nem foi concluído.
Neoenergia atualiza preço de ações da oferta pública de aquisição da Cosern
A Neoenergia atualizou o preço das ações da oferta pública de aquisição (OPA) da subsidiária Cosern após a aprovação, entre abril e julho deste ano, do pagamento de R$ 404,2 milhões em proventos pela controlada. Dessa forma, preço por ação da OPA ajustado passa a ser de R$ 12,98 para as ações ordinárias, ante o valor anterior de R$ 15,33, e R$ 14,27 para as ações preferenciais classes A e B, comparado ao preço de R$ 16,86 divulgado anteriormente. As informações foram publicadas pelo Valor Econômico.
Projeto de energia solar leva Minerva a comprar 98% da Irapuru II Energia por R$ 20 milhões
A Minerva Foods anunciou, em fato relevante, a aquisição de 98% das ações ordinárias da Irapuru II Energia S.A., uma subsidiária da Elera Energia S.A. O valor da compra é de R$ 20 milhões. A negociação já foi aprovada pelo Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) e está sujeita à verificação das demais condições previstas em contrato.
Com a transação, a companhia visa implementar um projeto de autoprodução de energia por fonte fotovoltaica na cidade de Janaúba (MG). Com capacidade instalada de 48,118 MWac, o projeto fornecerá energia para abastecer parte do consumo de nove plantas da Minerva no Brasil. (O Estado de S. Paulo)
Com foco na atração de consumidores ao mercado livre de energia, Eletrobras lança campanha institucional
O Valor Econômico informa que, após um aumento de 108% no número de clientes no mercado livre de energia no segundo trimestre deste ano, a Eletrobras lançou uma campanha institucional para falar sobre a presença da indústria de energia no dia a dia e destacar os atributos da empresa que, atualmente, é a maior companhia do setor elétrico da América Latina.
A campanha “Energia que não para”, desenvolvida pela agência Artplan, será veiculada até o início de dezembro na TV aberta e mídias digitais. Assista aqui.
Segundo a diretora de Comunicação na Eletrobras, Leandra Peres, a empresa está 100% focada na atração de clientes ao mercado livre de energia e concluiu recentemente a estruturação da área de comercialização, com abertura de um escritório exclusivo para esse fim em São Paulo. Atualmente, a empresa soma 551 clientes no ambiente de contratação livre (ACL).
Enel é multada em R$ 28 milhões por quedas de energia e demora nas religações no Ceará
A Agência Reguladora do Estado do Ceará (Arce) multou a Enel Distribuição Ceará, responsável pelo fornecimento de energia elétrica local, em R$ 28 milhões em razão das quedas de energia constantes e demora nas religações dos consumidores cearenses. A informação foi divulgada pelo portal G1-CE.
Conforme fiscalização feita pela Agência, de 2021 a 2023, as reclamações subiram 82,3%, saltando de 1.415 registros para 2.580. Em nota, a Enel confirmou ao G1que recebeu a multa há cerca de doze dias e que já foi respondida dentro do prazo determinado
Porto Alegre registra névoa de fumaça pelo quinto dia, devido às queimadas na Amazônia
Há pelo menos cinco dias, cidades do Rio Grande do Sul enfrentam uma neblina de fumaça no céu devido às queimadas na região amazônica, no Norte do país. Imagens da capital Porto Alegre mostram que uma densa camada cinza reduziu a visibilidade em dias ensolarados.
De acordo com o MetSul Meteorologia, a fumaça se origina de queimadas na região amazônica, Pantanal e países vizinhos, mas a parte maior vem de fogo que ocorre na Bolívia e no Sul da Amazônia brasileira. Correntes de ar quente do Norte formam um rio atmosférico de fumaça até o Rio Grande do Sul. A fumaça acaba deixando o céu acinzentado com o sol avermelhado e laranja.
Segundo especialistas, uma das maiores preocupações com as queimadas é a liberação de liberação de monóxido de carbono (CO) e outros gases de efeito estufa na atmosfera, visto que eles são responsáveis por acelerar o aquecimento global, tornando as florestas mais secas e propensas a novos incêndios. Esses poluentes também são responsáveis por causar problemas de saúde na população, que reclama de doenças respiratórias e baixa visibilidade. (O Globo)
Eventos climáticos extremos são desafio para energias renováveis, diz empresa norueguesa
Apontadas como solução para a redução das emissões de gases do efeito estufa, as energias renováveis também terão que se adaptar à emergência climática. O alerta é de Pål Strøm, vice-presidente de Operações e Manutenção da norueguesa Scatec, que tem atividades em quatro continentes. Ele foi entrevistado pela Folha de S. Paulo.
“O que temos visto nos últimos anos é que os eventos climáticos são mais frequentes e mais extremos do que no passado”, diz ele. “Isso gera algumas necessidades, tanto no que diz respeito ao projeto e construção de nossas usinas de energia quanto em como as operamos.”
As adaptações são um fator adicional de custo dos projetos, que demandarão mais aço ou cimento, por exemplo. No Brasil, a empresa inaugurou recentemente a usina solar Mendubim, no Rio Grande do Norte, já com sistema de drenagem mais robusto para enfrentar inundações.
PANORAMA DA MÍDIA
O Estado de S. Paulo: O índice Ibovespa, o principal da B3, a Bolsa brasileira, alcançou ontem (19/8) sua máxima histórica, com 135.778 pontos. O recorde de negócios na B3 acompanhou alta das bolsas americanas, em meio à redução das apostas de recessão nos Estados Unidos e diante da possibilidade de queda dos juros no país em setembro. Os investidores estão animados também com as projeções de crescimento do PIB brasileiro neste ano e com a percepção de convergência de posições sobre a inflação entre o presidente Lula e o diretor de Política Monetária do Banco Central, Gabriel Galípolo, mais forte candidato a assumir o comando da instituição. A expectativa é que a tendência de alta da Bolsa permaneça.
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O Globo: Nunca houve um espírito de equipe tão grande no Banco Central (BC), disse o presidente Roberto Campos Neto em entrevista exclusiva ao Globo, negando que haja conflitos nesse momento dentro do BC. Sobre a possibilidade de aumento de juros, ele diz que o Comitê de Política Monetária (Copom) não quis antecipar o que acontecerá na próxima reunião (dar guidance), mas lembra que a situação internacional melhorou muito nas últimas semanas e alerta que o mercado está falando em alta de juros, mas os economistas não.
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Valor Econômico: As micro e pequenas empresas bateram recorde de pedidos de recuperação judicial no Brasil em julho, respondendo por 72,8% (166) do total de 228 solicitações de renegociação de dívidas na Justiça no mês, maior número da série da Serasa Experian, iniciada em 2005. O acumulado nos primeiros sete meses de 2024, se comparado ao mesmo período de anos anteriores, também não tem precedentes: 879 pediram recuperação.
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Folha de S. Paulo: A Petrobras realizou nas últimas semanas uma grande restruturação de seu segundo escalão, em processo que vem gerando preocupação entre investidores privados da estatal diante do aumento da influência do governo e de sindicatos em sua gestão. A companhia diz que a renovação é natural após a troca no comando, com a chegada da presidente Magda Chambriard e de três novos diretores, e que todos os indicados passaram pelo crivo dos controles internos de governança.