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Relator da Eletrobras quer superávit da nova estatal para programa de renda – Edição da Manhã

O deputado Elmar Nascimento (DEM-BA), relator da medida provisória que abre caminho para a privatização da Eletrobras, acatou pedido do governo e propôs usar recursos do setor elétrico para programas de transferência de renda, informa a Folha de S. Paulo.

A ideia é injetar nesses programas 25% do superávit da estatal que agregará a Itaipu Binacional e a Eletronuclear. Esses dois braços da Eletrobras, segundo o projeto, serão transferidos para essa nova empresa pública antes da venda da Eletrobras.

O novo relatório, que deve ser votado nesta quarta-feira (19/05) no plenário da Câmara, é fruto de acordo com líderes partidários para tentar resolver o impasse em torno da votação da medida provisória.

Economia vê risco de energia mais cara

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Com os reservatórios de usinas hidrelétricas do Sudeste e Centro-Oeste em baixa, o aumento do custo de energia e o possível impacto na inflação entraram no radar da equipe econômica, segundo reportagem do jornal O Estado de S. Paulo.

Ontem (18/05), o secretário de Política Econômica do Ministério da Economia, Adolfo Sachsida, disse que o risco hidrológico pode afetar tanto os preços como a recuperação da economia em 2021. “Hoje estamos na bandeira vermelha 1 (nas contas de luz). Se ele insistir e piorar, podemos ir para a bandeira vermelha 2. Então há um risco na inflação”, afirmou.

Sachsida lembrou que o país corre esse risco apesar de dez anos de crescimento baixo da economia. “Isso mostra que temos um problema não apenas conjuntural, de chuvas, mas que temos um problema estrutural também. Isso reforça a importância do processo de concessões e privatizações, e de marcos legais mais eficientes”, completou.

O governo divulgou novas projeções para a economia e a inflação neste e nos próximos anos. De acordo com a nova grade de parâmetros macroeconômicos da pasta, a estimativa para a alta de preços neste ano passou de 4,42% para 5,05%. Para 2022, a projeção permaneceu em 3,50%.

Com aporte de R$ 1 bilhão no RN, Copel aumenta diversificação

Com a aquisição de mais parques eólicos no Nordeste, a estatal paranaense Copel avança com o plano de diversificar seu parque gerador, ainda concentrado na fonte hídrica, e reforça sua presença no Rio Grande do Norte, estado que constitui o segundo maior “polo” de atuação da elétrica depois do Paraná.

“Não estamos falando de um negócio transformacional para a Copel, é ‘business as usual’, mas representa a materialização da estratégia que anunciamos há alguns meses. Nosso ‘core business’ (negócio principal) é energia elétrica, estamos num processo de desinvestimentos de ativos que não tem relação com o setor”, destacou o presidente da Copel, Daniel Slaviero, em teleconferência para comentar a compra dos ativos.

A Copel anunciou há dois dias a assinatura de um contrato com a francesa Voltalia para a aquisição do complexo eólico Vilas, numa transação de R$ 1,059 bilhão. Localizado no município de Serra do Mel (RN), o empreendimento conta com cinco parques eólicos e estará totalmente operacional até o fim de novembro deste ano, data prevista para a conclusão da compra. A capacidade instalada do complexo soma 186,7 megawatts (MW). As informações foram publicadas pelo Valor Econômico.

Empresas de energia precisam suspender projetos de óleo e gás para zerar emissões até 2050, diz agência internacional do setor

Em relatório, a Agência Internacional de Energia (AIE) afirma que as empresas de energia precisam parar todos os projetos novos de exploração de petróleo e gás natural a partir deste ano com o objetivo de conter o aquecimento global e chegar a um total líquido de zero emissões de dióxido de carbono em 2050. Esse é um pré-requisito para atingir a meta do Acordo de Paris sobre o clima, que limita o aquecimento global ao máximo de 1,5ºC acima da temperatura média do planeta antes da industrialização.

Ainda segundo o relatório da AIE, além de cortar drasticamente o consumo de combustível fóssil, para atingir a meta, também seria requerido um salto sem precedentes no uso de tecnologias que envolvem emissão baixa de poluentes – por volta de US$ 5 trilhões (R$ 26,3 trilhões) ao ano em investimentos em energia, em 2030, ante os cerca de US$ 2 trilhões (R$ 10,5 trilhões) atuais, o relatório apontou.

No entanto, grandes empresas e países produtores de petróleo, como os membros da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep), argumentam há muito tempo que o investimento em projetos novos de produção de combustível fóssil precisa continuar a fim de atender às necessidades das economias emergentes da Ásia e África. (Folha de S. Paulo)

PANORAMA DA MÍDIA

Reportagem publicada hoje (19/05) pelo Valor Econômico mostra que a alta contínua das commodities no mercado internacional e a retomada das grandes economias com a melhora da crise sanitária deram forte impulso aos resultados das empresas brasileiras de capital aberto no primeiro trimestre.

Levantamento feito pelo Valor Data, a partir dos balanços de 322 companhias, indica que a soma dos resultados dessas empresas não financeiras representou lucro de R$ 27,1 bilhões, comparado a um prejuízo de R$ 37,4 bilhões no mesmo período de 2020. A amostra exclui Petrobras e Vale, que pelo porte distorcem os resultados. Segundo analistas, a combinação de altas históricas de matérias-primas, como minério de ferro e aço, com a desvalorização do real continuou a impulsionar exportadoras e siderúrgicas.

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O principal destaque de hoje (19/05) nos jornais O Globo e Folha de S. Paulo são os trabalhos da Comissão Parlamentar de Inquérito sobre a pandemia de covid-19 no Senado – CPI da Covid.

Ontem, em depoimento à CPI, o ex-chanceler Ernesto Araújo confirmou que mobilizou a estrutura do Ministério das Relações Exteriores para a compra da hidroxicloroquina e afirmou que o processo contou com a atuação do presidente Jair Bolsonaro.

O ex-ministro também dissimulou sobre seus atritos com a China, país fornecedor de matéria-prima para a fabricação de vacinas, e os ataques que ele próprio desferiu ao país asiático. (Folha de S. Paulo)

Ainda em seu depoimento, o ex-chanceler Ernesto Araújo afirmou que a definição das estratégias contra a pandemia coube ao Ministério da Saúde, mas que o Itamaraty atuou para viabilizar importações de doações, equipamentos e para auxiliar na campanha de vacinação. (O Globo)

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O jornal O Estado de S. Paulo informa que o total de brasileiros com atraso na segunda dose da vacina contra a covid-19 mais que triplicou em um mês e chega a 5 milhões, segundo levantamento feito pela reportagem com base em dados do Ministério da Saúde.