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Relatório mostra falhas antes, durante e após o apagão no Amapá – Edição da Manhã

Reportagem publicada na edição deste domingo (20/12) da Folha de S. Paulo informa que o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) indica, em relatório, que diversos agentes da Companhia de Eletricidade do Amapá (CEA) falharam antes, durante e depois da explosão e incêndio em subestação que deixou 14 das 16 das cidades do estado no escuro, em novembro.

Apesar dessa observação, o relatório, divulgado em 7 de dezembro, ainda não aponta culpados, mas ressalta que a distribuidora teve problemas com sistemas de comando remoto de suas subestações, precisando enviar equipes para religar disjuntores manualmente, o que “retardou o processo de recomposição fluente da área de Macapá”, diz o operador.

De acordo com a reportagem, as dificuldades descritas no relatório reforçam a percepção do mercado de que falhas de planejamento e fiscalização de autoridades do setor elétrico e empresas envolvidas contribuíram com a crise no fornecimento energia no Amapá.

As principais críticas do setor recaem sobre a falta de ação tanto do ONS quanto da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) diante da ausência de equipamentos em número suficiente para garantir a segurança do sistema no estado.

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Entre as recomendações do relatório, o ONS sugere “aprimorar procedimento para comunicação do operador ao Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico (CMSE) e à Aneel, para os casos de indisponibilidade de equipamentos superiores a 60 dias, com foco na região Norte do país”.

Ainda segundo a reportagem, o operador pediu estudos para a construção de uma nova subestação no estado, com o objetivo de reforçar a segurança do suprimento, em um indicativo de reconhecimento da fragilidade do sistema em operação desde a inauguração da linha que leva energia do resto do país ao Amapá, há cinco anos.

Justiça proíbe que Furnas obrigue trabalho presencial no RJ

A Justiça do Trabalho no Rio de Janeiro proibiu que Fumas, uma das principais subsidiárias da Eletrobras, convoque o retorno de empregados ao trabalho presencial em janeiro de 2021. A Folha de S. Paulo informa que a decisão reitera uma ordem liminar de agosto que já determinava essa exigência. A companhia havia marcado para o dia 11 daquele mês o início das atividades no Rio, onde fica a sede da empresa. Em nota, a companhia afirmou que recebeu a notificação e estuda medidas a serem adotadas. Cabe recurso.

A decisão da juíza Mônica Rodrigues se baseia no aumento de casos de covid-19 na cidade e no esgotamento do setor de saúde municipal. A Justiça diz que a empresa fica proibida de exigir o retorno de todos os funcionários que estejam em trabalho remoto, mesmo que eles se apresentem voluntariamente, “ressalvadas atividades presenciais estritamente necessárias a viabilizar a instalação de sua nova sede”.

Também formam exceção trabalhadores essenciais à criação de ambiente tecnológico que suporte os empregados em home office e os gestores que já se enquadravam na permissão do trabalho presencial. A empresa irá deixar o prédio que ocupa há quase 50 anos no bairro do Botafogo para reduzir custos com aluguel. Como desligamento de muitos funcionários nos últimos anos, havia espaço ocioso no prédio.

PANORAMA DA MÍDIA

Em poucos dias, o Brasil completará 40 anos em que sua economia cresce abaixo do ritmo mundial. No período, nunca essa disparidade foi tão grande quanto nesta década prestes a acabar. Esse é o tema da principal reportagem da Folha de S. Paulo na edição de hoje (20/12).

De 2011 a 2020, o país empobreceu em termos absolutos e relativos. Seu Produto Interno Bruto (PIB) terá crescido não mais de 2,2%, se considerada uma projeção de queda de 4,5% neste ano, em razão do impacto da covid-19- na economia, feita pelo Ministério da Economia.

No mesmo período, segundo cálculos do Fundo Monetário Internacional (FMI), o PIB global terá crescido 30,5%, mesmo com recuo semelhante ao brasileiro neste 2020.

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O jornal O Globo destaca que o programa habitacional Casa Verde e Amarela, aprovado pelo Congresso no último dia 8, em substituição ao Minha Casa Minha Vida, deixou de fora o contingente que mais engrossa o déficit de moradias no país.

O novo programa habitacional do governo excluiu a chamada faixa 1 do programa anterior, que subsidiava casas com prestações que não excediam 10% da renda de famílias com ganhos de até R$ 1.800.

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O jornal O Estado de S. Paulo informa que professores vão às casas de crianças e jovens que perderam o vínculo com os estudos ou não têm acesso à tecnologia (computador e internet). A reportagem ressalta que o longo fechamento de colégios agrava o risco de abandono, sobretudo entre os mais pobres. Longe dos livros, trabalho infantil e gravidez precoce são problemas.

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