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Renova retoma projeto e avança na recuperação judicial – Edição da Manhã

A Renova Energia conseguiu avançar com um ponto crucial do seu plano de recuperação judicial: a retomada das obras do complexo eólico Alto Sertão III, ativo que gerará caixa para que a companhia possa quitar a dívida junto a credores.

Com esse foco, reportagem do Valor Econômico ressalta que o conselho de administração da Renova aceitou a oferta da Quadra Gestão de Recursos na última sexta-feira (04/09) para um financiamento de R$ 350 milhões, na modalidade DIP (debtor-in-possession). O jornal explica que esse tipo de empréstimo permite que a empresa mantenha o controle do projeto, e, em contrapartida, os financiadores ganham prioridade na frente da fila de credores.

Ao Valor Econômico, o diretor-presidente da Renova Energia, Marcelo Milliet, explicou que o DIP funcionará como um empréstimo-ponte, de curto prazo, até que a companhia consiga iniciar o pagamento das dívidas com a geração de caixa de Alto Sertão III. Também permite que a empresa negocie com mais calma a venda da participação na Brasil PCH, outro pilar do plano de recuperação judicial.

A Renova Energia entrou em recuperação judicial em outubro do ano passado, com dívidas de R$ 3 bilhões, sendo R$ 1,6 bilhão com terceiros.

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BBCE cria braço de autorregulação

O Balcão Brasileiro de Comercialização de Energia (BBCE) implementou um braço de autorregulação como uma das condições impostas pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM) para autorizar sua operação de derivativos de energia, informa o Valor Econômico.

Inicialmente as atividades têm sido educativas, mas a área vai monitorar as negociações dos agentes do mercado. E, se verificar infrações, pode encaminhá-las para a autarquia do mercado de capitais ou julgá-las em seu próprio tribunal, a exemplo do que ocorre na BSM, braço de autorregulação da B3.

Em extinção, 4 mil araucárias darão lugar a torres de energia no Paraná

Reportagem publicada hoje (10/09) pela Folha de S. Paulo mostra que uma área equivalente a mais de 220 campos de futebol de vegetação nativa, incluindo 4.000 araucárias, árvore símbolo do Paraná e ameaçada de extinção, está sendo derrubada para a passagem de torres de transmissão de energia elétrica pelo estado.

O projeto prevê 1.000 km de linhas cortando 24 municípios e ainda passa pela Escarpa Devoniana, formação protegida do território paranaense. A obra, em fase inicial, é conduzida pela Engie, multinacional francesa do setor elétrico que venceu o leilão de 2017 da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel). Segundo a empresa, o projeto, intitulado Gralha Azul (ave símbolo do Paraná e uma das espécies dispersoras do pinhão), deverá movimentar R$ 2 bilhões e gerar 4.000 empregos diretos.

Ainda segundo a reportagem, entidades de proteção ambiental apontam supostas irregularidades nas licenças. A Engie nega as acusações e destaca que tem todas as licenças para continuar trabalhando. O projeto deve ser finalizado em cerca de um ano.

PANORAMA DA MÍDIA

Com diferentes abordagens, a alta no preço dos alimentos é destaque nos jornais desta quinta-feira (10/09). O Estado de S. Paulo informa que, depois de o presidente Jair Bolsonaro pedir lucro “próximo de zero” aos donos de supermercados, a Secretaria Nacional do Consumidor (Senacon), ligada ao Ministério da Justiça, notificou ontem empresas e associações cooperativas de produção, distribuição e venda de alimentos da cesta básica para questionar a alta nos preços dos produtos.

A Associação Brasileira de Supermercados (Abras) e as associações de produtores terão cinco dias para explicar a alta nos preços praticados, por exemplo, na venda do arroz. A partir das explicações, a Senacon vai apurar se houve abuso ou infração aos direitos dos consumidores. Uma eventual multa pode ultrapassar os R$ 10 milhões.

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A Folha de S. Paulo ressalta que a notificação feita pela Senacon a supermercados e produtores contraria a estratégia liberal das pastas da Economia e da Agricultura. De acordo com a reportagem, assessores ministeriais dizem que a medida surpreendeu as pastas de Paulo Guedes (Economia) e Tereza Cristina (Agricultura). Os ministérios trabalhavam em uma ação de mercado contra a alta dos preços, especialmente a do arroz. A principal medida era a suspensão do Imposto de Importação sobre o arroz, o que foi aprovado ontem pela Câmara de Comércio Exterior (Camex).

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O jornal O Globo informa que a medida do Ministério da Justiça se baseia em um artigo do Código de Defesa do Consumidor que proíbe o aumento “sem justa causa” dos preços de produtos e serviços. A reportagem ressalta que não houve até agora qualquer indício de alta abusiva ou irregular de preços. O aumento reflete a entressafra, o consumo maior com o auxílio e o comportamento do dólar, de acordo especialistas.

Segundo Juliana Domingues, titular da Senacon, as notificações têm como objetivo identificar, com clareza, quais são as causas do aumento para permitir uma atuação eficaz do órgão. Ela destaca que não se pode falar em aumento abusivo sem verificar toda cadeia de produção e as oscilações decorrentes da pandemia.

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O principal destaque da edição de hoje (10/09) do Valor Econômico é o plano de recuperação da operadora Oi. O jornal informa que o Banco do Brasil, maior credor da Oi, vai recorrer à Justiça contra as mudanças, aprovadas na noite de terça-feira, no plano de recuperação judicial da operadora de telefonia. Outro banco estatal, a Caixa, planeja fazer o mesmo, segundo apuração da reportagem. As duas instituições se queixam do percentual de desconto na dívida, de 55%, definido na assembleia de credores da companhia.

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