O Canal Energia informa que a região Sul voltou a ter o maior recuo entre todos os submercados, apontando uma diminuição de 0,6 ponto percentual e estando com 36% de sua capacidade, ontem (16/08), se comparado ao dia anterior, segundo o boletim do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS). A energia retida é de 7.169 MW mês e a energia natural afluente (ENA) aponta 3.573 MW med, valor que corresponde a 26% da média de longo termo (MLT). As UHEs G.B Munhoz e Passo Fundo funcionam com 25,83% e 52%, respectivamente.
A Região Norte apresentou redução, com 0,3 p.p e trabalha com 75,6% de armazenamento. Já o submercado do Sudeste/Centro-Oeste teve uma redução de 0,2 p.p e opera com 24,1% do armazenamento. A Região Nordeste teve recuo de 0,1 p.p e trabalha com 51,8%.
Energia do lixo entra na mira de investidores
O Valor Econômico informa que a recuperação energética de resíduos sólidos começa a dar seus primeiros passos no Brasil, com empresas nacionais e multinacionais se movimentando para viabilizar projetos em diferentes escalas. De acordo com a reportagem, o principal impulso ao segmento promete vir do próximo leilão de energia nova “A5” do governo.
Marcado para setembro, o certame é o primeiro a ter uma categoria específica para contratar soluções de recuperação energética do lixo urbano. Mas algumas iniciativas, independentes da licitação, já vêm saindo do papel, ressalta a reportagem do Valor.
A ZEG Ambiental, por exemplo, empresa do grupo Capitale Energia, vai inaugurar nos próximos meses unidades de “waste-to-energy” (WTE) em fábricas da Neotech Soluções Ambientais e da Nexa Resources, companhia de metais da Votorantim. Os dois projetos vão testar uma tecnologia da ZEG que viabiliza usinas de recuperação energética em pequena e média escala.
Em agosto, entra em operação o projeto junto à Neotech em Uberaba (MG), onde são tratados resíduos da Ourofino, de defensivos agrícolas. Com capacidade para processar 970 toneladas por mês, a unidade substituirá o uso de gás liquefeito de petróleo (GLP) num dos processos da Neotech.
Já no caso da Nexa, a partir de novembro, a usina da ZEG fornecerá vapor para a unidade de zinco de Juiz de Fora (MG), substituindo até 50% do consumo de combustível fóssil. Juntas, os dois projetos somam investimentos de R$ 50 milhões, com recursos próprios da ZEG.
AES vê demanda aquecida para venda de energia de longo prazo e já negocia contratos para 2026
A AES Brasil anunciou nesta terça-feira (17/08) um acordo com a BRF para a construção de um novo parque eólico no Nordeste e sua aposta em projetos de geração renovável para o mercado livre de energia não deve parar por aí. De acordo com Rogério Jorge, diretor de relacionamento com o cliente, a geradora está negociando uma série de contratos de longo prazo, aproveitando o momento de demanda aquecida – seja pelo fortalecimento da agenda “ESG”, com as empresas buscando comprovar a origem renovável de seu consumo de eletricidade, seja pela volatilidade recente dos custos da energia, o que tornou mais atrativa a contratação para o longo prazo.
O acordo refere-se ao desenvolvimento do complexo eólico Cajuína, no Rio Grande do Norte, com 1.200 megawatts (MW) de capacidade instalada total. Segundo o anúncio, o acordo envolve a criação de uma joint venture, no modelo de autoprodução – ou seja, AES e BRF serão sócias do parque eólico. As empresas não abrem mais detalhes sobre a estrutura societária, mas a BRF terá uma participação “relevante”, afirma Rogério Jorge. (Valor Econômico)
BHP decide sair do petróleo com aposta redobrada em potássio
A mineradora e petrolífera BHP anunciou hoje (17/08) que vai vender as operações de petróleo e gás para a Woodside Petroleum, que pagará com ações a serem distribuídas aos próprios investidores. A empresa também aprovou um investimento de US$ 5,7 bilhões para construir uma grande mina de fertilizantes no Canadá.
Além disso, a empresa tenta vender as operações de carvão térmico e está se expandindo em níquel, matéria-prima vital em baterias recarregáveis. A BHP também finalmente aprovou o primeiro estágio de construção da mina de potássio Jansen em Saskatchewan, no Canadá. (Valor Econômico)
PANORAMA DA MÍDIA
O Conselho Curador do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS) aprovou, nesta terça-feira (17/08), a distribuição de R$ 8,129 bilhões do lucro auferido pelo Fundo em 2020, o que equivale a 96% do resultado do ano passado, que foi de R$ 8,467 bilhões. Os recursos serão destinados aos cotistas que, em 31 de dezembro de 2020, tinham saldo positivo em contas. A Caixa Econômica Federal tem até 31 de agosto para creditar o dinheiro, de forma proporcional ao saldo do trabalhador. (O Globo)
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O governador de São Paulo, João Doria (PSDB), anunciou a dissolução do Centro de Contingência do coronavírus após manter as medidas de flexibilização no estado mesmo sem consenso entre os especialistas do grupo. Formado em março do ano passado, no início da pandemia, o grupo com 21 integrantes foi avisado na última sexta-feira (13/08) sobre a reformulação. A partir de agora, o comitê passará a ter apenas sete membros. (UOL)
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Estado e capitais pedem que deputados rejeitem projeto que altera o imposto de renda cobrado sobre empresas, pessoas físicas e investimentos, por ‘risco de insolvência fiscal’. Sem acordo com o relator, deputado Celso Sabino (PSDB-PA), os estados e as prefeituras das capitais se posicionaram nesta terça-feira (17/08), contrários ao parecer e pediram aos deputados que votem não ao projeto. De acordo com os cálculos dos secretários estaduais de Fazenda, a perda é de R$ 11,7 bilhões por ano para os cofres de Estados e municípios.
Essa será a terceira tentativa de votação do projeto, que tem gerado grande polêmica e oposição. Na semana passada, o presidente da Câmara, Arthur Lira (Progressistas-AL), chegou a iniciar o processo de votação, mas os líderes de partidos pediram para adiar a votação. (O Estado de S. Paulo)