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Restrição na transmissão de energia afeta geração das usinas do Madeira – Edição da Manhã

Reportagem do Valor Econômico revela que as hidrelétricas de Jirau e Santo Antonio, localizadas no Rio Madeira, estão impossibilitadas de gerar energia na capacidade máxima e estão desperdiçando água. Só no dia 12 de janeiro, foram mais de 8,2 mil metros cúbicos de água não aproveitados por segundo.

O motivo é a indisponibilidade em um dos circuitos do chamado Linhão do Madeira, que conecta as usinas ao Sudeste do Brasil. Apenas como comparação, a quantidade de água não utilizada representa mais de cinco vezes e meia a vazão média das Cataratas do Iguaçu.

O Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) diz que devido ao período úmido, com precipitação significativa, “é comum e necessária a manobra de abertura dos vertedouros de usinas hidrelétricas conectadas ao Sistema Interligado Nacional (SIN)”. Entretanto, as empresas dizem que o problema acontece por restrições do sistema de transmissão.

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A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) também confirma que o problema é de indisponibilidade do Polo 4 da subestação coletora Porto Velho, operada pela Interligação Elétrica do Madeira, constituída pela Chesf, Furnas e Isa Cteep. A agência foi informada da situação no dia 12 de dezembro de 2022 e enviou ofício para a transmissora solicitando as providências tomadas e programadas para antecipar o retorno da operação. De acordo com a reportagem, a perspectiva é que a fiscalização em campo nas instalações aconteça essa semana.

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Os cinco passos da transição energética, no plano de secretário-geral da ONU

Na abertura da 13ª Assembleia Geral da Irena, a agência intergovernamental de energias renováveis, o secretário-geral da ONU, António Guterres, disse que a participação atual de renováveis na matriz elétrica global é de 30% e deve dobrar até 2030 e ser de 90% em 2050.

Guterres gravou uma mensagem em vídeo para os 1.500 participantes do evento que começou sábado (14/1) em Abu Dhabi entre chefes de Estado, ministros, diplomatas, políticos e especialistas do setor energético. A Irena tem, hoje, membros de 168 países – o Brasil é um observador. O evento deste ano discute desde a corrida de dezenas de países rumo à produção de hidrogênio verde e amônia verde, planejamento energético estratégico regional, a segurança energética na Europa com a guerra na Ucrânia e combustível menos poluente para o transporte marítimo. (Valor Econômico)

PANORAMA DA MÍDIA

Reportagem do jornal O Estado de S. Paulo indica que empresas ligadas ao setor de infraestrutura, mais resilientes às oscilações do consumo, estão de olho na abertura de uma nova janela de oportunidade para lançar seu capital na B3. CTG Brasil, Aegea Saneamento e BRK Ambiental são as companhias que estão mais avançadas no processo de IPO neste ano.

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O Valor Econômico informa que nancos credores da Americanas se armam para uma batalha judicial contra a companhia, que conseguiu decisão na sexta-feira (13/1) para se proteger da cobrança de dívidas. Um primeiro recurso foi impetrado pelo BTG Pactual, que tem R$ 1,9 bilhão a receber da empresa. Outras instituições financeiras também devem entrar com ações judiciais nos próximos dias. Ontem, o Pipeline, site de negócios do Valor, informou que o BTG tentou derrubar na Justiça o bloqueio de execuções obtido pela Americanas, mas sem sucesso.

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Reportagem do jornal O Globo ressalta que o Gabinete de Segurança Institucional (GSI), alvo de desconfiança do entorno do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) desde antes da invasão de golpistas ao Palácio do Planalto, passará por uma renovação dos quadros herdados do governo Bolsonaro. Dos 80 integrantes de cargos de confiança que compõem o órgão, apenas sete foram exonerados desde a posse do petista — menos de 10% do total.

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Ministros do governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) deixaram as gestões de seus estados com recordes de desmatamento do cerrado em um período de oito a dez anos, de acordo com a análise feita pela Folha de S. Paulo de dados do Prode (Programa de Monitoramento do Desmatamento por Satélite), do Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais). Os dados referem-se à devastação dos biomas brasileiros em sete estados cujos ex-governadores viraram ministros no governo Lula.