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Reta final para a crise hidrelétrica – Edição da Manhã

As próximas semanas serão muito relevantes para a resolução da “crise do GSF” (sigla em inglês para risco hidrológico), um problema que assombra o setor elétrico há anos. Esse é o foco de artigo publicado hoje (11/02) pelo jornal O Estado de S. Paulo, assinado por Claudio Sales, Richard Hochstetler e Eduardo Monteiro, integrantes do Instituto Acende Brasil.

Eles explicam o que é e como surgiu a chamada crise do GSF, os prejuízos provocados ao setor de geração hidrelétrica nos últimos anos e a disputa judicial em torno da questão. Os autores do artigo ressaltam que o Superior Tribunal de Justiça, sob relatoria do ministro João Otávio de Noronha, apreciará o tema no dia 19 de fevereiro. Em paralelo, parlamentares buscam uma solução e encontraram uma alternativa que mitiga o problema sem alterar as tarifas dos consumidores.

A solução para o GSF foi concebida e aprovada no Senado (PLS 209/2015) e depois também foi aprovada na Câmara com uma emenda sobre outro assunto, razão pela qual retornou ao Senado (PL 3.975/2019). “O projeto de lei está pronto para apreciação com relatório favorável à sua aprovação e restabelece um dos princípios mais importantes do regime jurídico brasileiro: o da preservação do equilíbrio econômico-financeiro”, informam os articulistas.

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Segue o texto: “Tal solução consiste na separação dos fatores não hidrológicos que agravaram o GSF nos últimos anos e que podem ser claramente isolados e quantificados. Os riscos hidrológicos continuam a ser assumidos pelos geradores, mas a parcela do GSF derivada de medidas administrativas totalmente fora do controle dos geradores seria compensada pela extensão dos contratos de concessão e sem impacto tarifário.”

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Petrobras produz mais e mantém refinarias ociosas

Em relatório divulgado ontem (10/02), a Petrobras informa que produziu, em média, 2,77 milhões de barris de petróleo e gás em 2019, seu recorde anual. No quarto trimestre, o volume chegou a 3,025 milhões de barris, o maior já registrado para um trimestre.

A Folha de S. Paulo traz reportagem sobre o tema e ressalta que, em um ano de recordes na produção brasileira de petróleo, a estatal manteve estratégia de operar suas refinarias com elevado nível de ociosidade, deixando espaço para a importação de combustíveis.

O desempenho foi impulsionado pelo crescimento da produção em plataformas do pré-sal – em24 meses, a Petrobras conseguiu iniciar as operações em oito novas unidades. No refino, porém, os níveis de produção permanecem em patamares bem inferiores aos recordes obtidos em meados dos anos 2010. Em 2019, a produção de combustíveis pela empresa somou 1,765 milhão de barris por dia, 18,6% abaixo dos recordes de 2,170 milhões de barris por dia, obtidos em 2014 e 2016.

O Valor Econômico também aborda o relatório de produção e vendas do quarto trimestre da Petrobras, em que a estatal destaca ter atingido o limite superior da meta traçada para 2019, de 2,7 milhões de BOE/dia, com variação de 2,5% para cima ou para baixo. A Petrobras reafirmou que a meta será a mesma para 2020.

CPFL, Elektro e EDP SP minimizam impacto de chuvas em áreas de concessão

O portal de notícias da revista IstoÉ informa que a CPFL Piratininga, que atende alguns municípios da Baixada Santista, afirmou ter enviado todo o seu contingente de equipes a campo para restabelecer o fornecimento de energia elétrica aos trechos da rede de distribuição afetados por interrupções, após as fortes chuvas e ventos que atingiram as cidades da região desde a madrugada de ontem (10/02).

A Elektro, que também atende alguns municípios da Baixada Santista, afirmou que não foram registradas muitas ocorrências em sua área de concessão. Já a EDP São Paulo, que atende a 28 municípios, inclusive, Guarulhos e a região do Vale do Paraíba, informou que não houve registro de aumento do volume de ocorrências ontem. “As chuvas ocorreram sem fortes ventos ou descargas atmosféricas”, declarou a EDP. “Os casos pontuais foram atendidos pelas equipes”, completou.

PANORAMA DA MÍDIA

A chuva que transformou São Paulo em um caos começou domingo pela manhã, ficou mais forte à tarde, atravessou a madrugada e, ontem (10/02), a cidade parou, ainda sob chuva. Os rios Pinheiros e Tietê transbordaram. Das 9 h de domingo às 9 h de ontem, choveu 114 mm, o equivalente a mais da metade do esperado para o mês inteiro. Foi a segunda chuva mais intensa em 77 anos.

A prefeitura de São Paulo e o governo paulista afirmam que os sistemas de drenagem funcionaram, o que fez com que as cheias se restringissem a uma parte da capital localizada entre seus dois principais rios. Choveu também em várias regiões do interior do estado. Houve registro de pelo menos uma morte, em Botucatu. Os prejuízos no setor privado, especialmente no comércio e serviços, podem passar de R$ 140 milhões.

O relato completo do que foi essa segunda-feira de caos, o drama de famílias que tiveram suas casas alagadas e de outras que foram obrigadas a abandonar tudo para salvar suas vidas, a análise de especialistas e a previsão do tempo para os próximos dias estão em reportagens e fotos dos jornais Folha de S. Paulo, O Estado de S. Paulo e O Globo.

O Valor Econômico informa que os preços das ações de empresas brasileiras negociadas na Bolsa de Valores estão no maior nível da história, impulsionados pela queda da taxa de juros. Dados obtidos pela reportagem com especialistas de mercado mostram que a relação média entre preço e lucro das companhias que integram o Ibovespa – um dos principais termômetros para estimar se o valor de um papel é alto ou baixo – está acima da média histórica, mas gestores explicam que os preços altos estão concentrados em alguns papeis e setores.

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