Tema que tem sido pauta na mídia nos últimos dias, as ofertas públicas de ações (IPO, pela sigla em inglês) devem ser retomadas neste semestre, impulsionadas pela expectativa sinalizada por indicadores da indústria e do varejo. A expectativa é que as aberturas de capital fechem o ano com movimentação de R$ 20 bilhões a R$ 30 bilhões, informa o jornal O Globo.
De acordo com a reportagem, atualmente, a Comissão de Valores Mobiliários (CVM, a controladora do mercado de capitais brasileiro) tem 21 pedidos de IPO em análise. No início do ano, houve uma interrupção nos processos de IPO por conta da pandemia. Até o início de junho, o horizonte de incertezas não permitia uma perspectiva mais clara sobre aberturas de capital este ano. Mas, dados os indicadores econômicos mais positivos nas últimas semanas, o cenário ficou mais provável para haver IPOs ainda no segundo semestre.
O pedido mais recente de IPO foi protocolado junto à CVM na última sexta-feira (17/07), pela 2W Energia, que atua no mercado livre de energia elétrica.
Pandemia pode resultar em aumentos na energia
Reportagem do Jornal do Comércio, do Rio Grande do Sul, destaca que entre os diversos reflexos que a pandemia de coronavírus tem causado na economia, um deles será a pressão por reajustes das distribuidoras de energia elétrica no país, fazendo com que os valores efetivados sejam maiores do que os previstos inicialmente para manter o equilíbrio financeiro das empresas.
O jornal informa que, no caso das duas grandes concessionárias do Rio Grande do Sul, a RGE já teve seu reajuste validado a partir de 1º de julho (aumento médio de 6,09%), porém a Companhia Estadual de Distribuição de Energia Elétrica (CEEE-D) ainda terá suas tarifas modificadas, o que está previsto para ocorrer no dia 22 de novembro.
A Thymos Energia, que atua com consultoria e gestão dentro do setor, calcula um incremento médio de 6% a 7% nas contas de luz das distribuidoras que têm reajustes neste segundo semestre, o que inclui a gaúcha CEEE-D.
Noruega já reconhece os esforços da Petrobras no combate à corrupção
Em editorial na edição de hoje (20/07), o jornal O Globo destaca que, três anos depois de banir a Petrobras do seu portfólio de ativos, o maior fundo de pensão da Noruega anunciou a retomada dos negócios com ações da empresa brasileira.
Conforme noticiado na semana passada, o Fundo KLP concluiu que houve um fortalecimento da governança corporativa a partir da adoção de medidas internas de vigilância, controle e fiscalização.
PANORAMA DA MÍDIA
O jornal Valor Econômico destaca que a flexibilização de regras de ofertas públicas adotada pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM) na pandemia tem causado ruído no mercado de dívida. Gestores de crédito privado afirmam que, com a medida, os bancos coordenadores de emissões estão tendo ganhos imediatos, ao encarteirá-las a taxas de retorno maiores e vendê-las no dia seguinte com juros menores no mercado secundário, embolsando a diferença.
Já os bancos alegam que estão se expondo ao risco de mercado que as empresas não estão querendo correr – como precisavam dos recursos na crise, aceitaram pagar mais caro para garanti-los. A reportagem explica que a instrução CVM 476, que regula as ofertas públicas com esforços restritos de colocação, determina que 75 investidores profissionais podem ser procurados e 50 podem adquirir os papéis. Quem compra na emissão primária fica impedido de vender os títulos por 90 dias. Na pandemia, a CVM retirou essa restrição, com o intuito de ajudar a liquidez.
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A principal reportagem da edição de hoje (20/07) da Folha de S. Paulo mostra o cenário de negócios do setor de transporte sobre trilhos no país – trens e metrô. O jornal destaca que o setor registrou perdas de receita durante os meses de isolamento social provocado pela pandemia de covid-19, o que pode levar ao encarecimento das concessões e ameaça a expansão das redes de metrô.
Segundo a reportagem, os sistemas de metrô e trens, que transportavam 12 milhões de pessoas por dia no país antes da pandemia da Covid-19, já acumulam R$ 4 bilhões de perda de receita neste ano e ameaçam parar.
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O jornal O Globo informa que medidas de flexibilização ao acesso às armas de fogo, aceleradas no governo do presidente Jair Bolsonaro, levaram a um aumento de 601%, em dez anos, na quantidade de novos armamentos em poder de cidadãos comuns.
Dados da Polícia Federal, obtidos pelo Globo via Lei de Acesso à Informação, mostram que, em 2009, 8.692 novas armas foram registradas – o número saltou para 60.973 no ano passado. Em 2020, até abril, já foram 33.776. O crescimento dos novos registros ocorreu em 26 unidades da Federação, com queda apenas no Amazonas.
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O principal destaque de hoje (20/07) do jornal O Estado de S. Paulo é o crescimento da procura de trabalho em empresas de entrega de refeições como iFood e Rappi – uma espécie de “plano B” para conseguir renda. O resultado é uma enorme fila de espera em várias cidades do país. São brasileiros que aguardam meses a fio para conseguir acesso às plataformas de aplicativos e ganhar algum dinheiro que lhes ajude a sobreviver.