Os principais órgãos do setor elétrico – responsáveis por planejar, dar os comandos de operação e fiscalizar o sistema de abastecimento do país – sabiam, ainda que parcialmente, dos riscos relacionados às condições de funcionamento dos equipamentos que entraram em colapso no momento do blecaute que atingiu o Amapá na última semana. A informação é do Valor Econômico.
A reportagem destaca que até agora, o fornecimento de energia não foi restabelecido plenamente. Documentos do Ministério de Minas e Energia (MME), do Operador Nacional do Sistema (ONS) e da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) indicam que a subestação atingida, a SE Macapá, operava no limite da capacidade, há cerca de dois anos, e sem condições de religar imediatamente a rede se dependesse de um transformador sobressalente, de “backup”, com indisponibilidade reportada ao ONS há 11 meses.
Um dos documentos, ao qual o Valor teve acesso, mostra que um dos problemas com a segurança da linha pode ter ocorrido ainda na concepção do projeto. Em 2004, antes da contratação do grupo espanhol Isolux, quando arrematou o projeto em leilão, o Comitê Técnico de Expansão da Transmissão do MME já indicava a necessidade de a SE Macapá ter “três transformadores trifásicos de 230/69/13,8 kV150 MVA e uma unidade reserva”.
Ou seja, estudos preliminares apontaram a necessidade de instalar quatro grandes transformadores na subestação. Três deles deveriam operar em conjunto para que não houvesse sobrecarga, e o quarto, de backup.
Conta de luz pode aumentar até 8% em 2021, segundo pesquisa
A Anace (associação de grandes consumidores de energia) concluiu um estudo que prevê aumentos entre 3% e 8% nas tarifas de todos os consumidores em 2021, inclusive os residenciais.
As projeções de preços variam de acordo com a distribuidora e o semestre de cálculo. As concessionárias que fazem reajustes no primeiro semestre devem ter as maiores altas, de 7% a 8%, porque o prejuízo da pandemia não foi contemplado nas contas do início deste ano. As informações foram publicadas hoje (13/11) pela Folha de S. Paulo.
CPFL mira agenda de longo prazo e estuda leilões
Com o alívio dos impactos da pandemia sobre a atividade de distribuição de energia ao longo do terceiro trimestre, a CPFL conseguiu direcionar mais esforços para sua agenda de longo prazo, informa o Valor Econômico.
No período, ampliou investimentos e se dedicou a estudar oportunidades de crescimento que se apresentam já no curtíssimo prazo, como os leilões de transmissão e de privatização da distribuidora da CEB. Entre julho e setembro, a companhia obteve lucro líquido de R$ 1,35 bilhão, 80,8% superior ao registrado em igual período de 2019.
3R Petroleum capta R$ 690 milhões em estreia na Bolsa
A 3R Petroleum estreou ontem (12/11) na B3, a Bolsa paulista, arrecadando R$ 690 milhões para financiar seu modelo de negócio: a compra de campos de petróleo maduros como são denominadas as fontes que já atingiram o pico de produção e agora estão em fase de declínio que a Petrobras colocou à venda em seu plano de desinvestimento. (O Estado de S. Paulo)
PANORAMA DA MÍDIA
O perigo de uma segunda onda da pandemia de covid-19 no Brasil é o principal destaque da edição desta sexta-feira (13/11) do jornal O Globo. Segundo levantamento do sistema InfoGripe, assinado pela Fiocruz com base em registros do Ministério da Saúde, nove capitais brasileiras testemunham um avanço de infecções por coronavírus.
Seu último boletim, referente a dados coletados até o último dia 31, mostrou que oito dos municípios mais ameaçados são das regiões Norte e Nordeste, as primeiras em que o sistema de saúde entrou em colapso diante da covid-19, entre abril e maio. A exceção é Florianópolis. O aumento, segundo especialistas, pode levar à chegada de uma segunda onda da pandemia no país.
Ainda de acordo com o levantamento, uma forte tendência (superior a 95%) de avanço da pandemia foi detectada na capital catarinense, em João Pessoa e Maceió. Houve uma probabilidade moderada de crescimento (maior que 75%) da Covid-19 em Belém, Fortaleza, Macapá, Natal, Salvador e São Luís.
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O jornal O Estado de S. Paulo informa que um ano após sua aprovação, a reforma da Previdência começa a dar sinais de eficácia para as contas públicas do país. A economia nas despesas está maior do que o previsto inicialmente e a arrecadação com as alíquotas cobradas de servidores federais e de militares das Forças Armadas também cresce mais que o esperado.
Apesar dos sinais positivos, especialistas afirmam que ainda é cedo para traçar uma nova tendência para os gastos previdenciários e que uma nova reforma segue sendo necessária na próxima década.
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As eleições municipais são destaque no Valor Econômico. De acordo com a reportagem, o signo da continuidade deve ser a marca das eleições municipais de domingo, em que 147 milhões de eleitores serão chamados a escolher prefeitos entre 19 mil candidatos em 5.568 cidades.
Nas capitais, a maioria dos prefeitos que tentam a reeleição está em primeiro ou segundo lugar nas pesquisas. É o caso de Bruno Covas (PSDB) em São Paulo, Alexandre Kalil (PSD) em Belo Horizonte e Rafael Greca (DEM) em Curitiba. Em outros grandes centros, os atuais prefeitos estão próximos de eleger seus sucessores, como em Salvador, onde ACM Neto (DEM) apoia seu vice, Bruno Reis (DEM); e Recife, onde Geraldo Júlio (PSB) é do mesmo grupo político de João Campos (PSB).
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A imagem do presidente Jair Bolsonaro piorou nos dois principais centros urbanos do país, São Paulo e Rio de Janeiro, aponta pesquisa do instituto Datafolha. Os levantamentos foram feitos nos dias 9 e 10, com margem de erro de três pontos para mais ou menos.
Em São Paulo, a rejeição a Bolsonaro é de 50%, oscilação positiva sobre os 48% da pesquisa anterior. Já a aprovação oscilou para baixo, de 25% para 23%, com a avaliação regular estável (26% ante 27%). Bolsonaro é mais bem avaliado (30%) entre os mais velhos, e tem maior rejeição (66%) entre os mais jovens. As informações foram publicadas pela Folha de S. Paulo.