O Ministério de Minas e Energia (MME) informa que o estabelecimento da energia elétrica segue neste domingo (12/5), no Rio Grande do Sul. Mais 31 mil clientes tiveram o retorno do fornecimento de eletricidade. Com isso, subiu para 112 mil o número de unidades consumidoras que voltaram a contar com energia elétrica neste fim de semana. Agora, apenas o município de Boqueirão, que possui 6,5 mil unidades consumidoras, está 100% sem o serviço.
O MME coordena um esforço concentrado entre Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), Operador Nacional do Sistema (ONS) e Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), para que a população do Rio Grande do Sul seja atendida.
De acordo com comunicado do MME, está prevista, para a próxima semana, a chegada de outros 1000 profissionais de todo o país, que vão se juntar aos 4 mil trabalhadores do estado, que atuam na manutenção da rede elétrica. No momento, 269 mil unidades consumidoras seguem sem suprimento energético, principalmente por questões de segurança. O sistema de alta tensão está voltando à operação de forma gradual, já que 40 ativos ainda possuem danos.
Não foi identificado qualquer impacto significativo nas barragens do Rio Grande do Sul. O estado possui 14 construções, sendo oito hidráulicas e seis de mineração. Ainda há duas barragens mantidas em emergência: UHE 14 de Julho e PCH Salto Forqueta.
A ANP atua junto ao Procon-RS para avaliar os preços do gás de cozinha. A diligência foi iniciada após um ofício enviado pelo MME em 10 de maio. Indústrias, hospitais e grandes comércios possuem 100% de atendimento de gás natural fornecido pela SulGás.
Foi autorizada, até o dia 31 de maio, a cessão de espaço em tancagem entre distribuidores de combustíveis líquidos nos municípios de Canoas e Esteio. Até junho, está autorizada a comercialização de etanol anidro fora de especificação no Oleoduto Paraná-Santa Catarina (OPASC).
Rios em elevação, risco de ‘inundações severas’ , deslizamento e chegada do frio: o panorama das chuvas no RS
A última atualização, divulgada pela Defesa Civil ao meio-dia deste domingo (12/5), informa que, até agora, 143 pessoas já morreram por conta da catástrofe climática e outras 131 seguem desaparecidas. O balanço mostra que são mais de 2,1 milhões de gaúchos afetados pelos temporais, em 446 cidades – sendo 538 mil desalojados e 81,2 mil levados a abrigos. De acordo com o Corpo de Bombeiros, já foram feitos resgates de mais de 76 mil moradores e 10 mil animais.
O governo gaúcho informou, ontem, que nas últimas 24 horas foram registrados volumes significativos de chuva no Centro do estado, Região Metropolitana e Serra, com valores chegando aos 120mm nos vales. Por conta disso, praticamente todos os grandes rios apresentam tendência de elevação, ultrapassando as cotas de inundação nas bacias dos rios Caí e Taquari, e posteriormente no Jacuí. Há preocupação para as regiões Norte, Sul e Nordeste do estado.
De acordo com o último balanço do estado, há 85 trechos com bloqueios totais e parciais em 49 rodovias, entre estradas, pontes e balsas. (O Globo)
Enchentes no RS impactam 8% dos ativos da CPFL
O Canal Energia informa que com 276 municípios impactados pelas enchentes na área de concessão de sua subsidiária RGE, a CPFL Energia afirma estar totalmente mobilizada para restabelecer o fornecimento de energia no estado. Mas para isso, precisa esperar que as condições técnicas e de segurança permitam a realização das incursões para reparos e eventualmente reconstrução de ativos.
Na manhã de sexta-feira (10/5), eram 160 mil clientes sem luz, principalmente nos Vales do Sinos, Taquari e Rio Pardo. Número que, em média, vem se repetindo há quatro dias. “Assim que a água baixar vamos entrar com nossa força máxima, principalmente na região dos vales, onde houve um dano maior do que na metropolitana”, disse o vice-presidente de Operações Reguladas do grupo, Luis Henrique Ferreira, durante teleconferência ao mercado.
“O que tivemos de impacto foi da ordem de 8% no máximo. Conseguimos restabelecer e nossos ativos estão com 95% de funcionamento no grupo”, aponta. A RGE chegou a ter 700 mil unidades sem luz em um forte temporal em janeiro, ante os 300 mil registrados no pior momento desse evento recente, que teve 72 cidades totalmente sem energia, com 68 religadas. Ainda restam seis municípios sem energia e dez cidades parcialmente por solicitação das autoridades, por questão de segurança que envolvem bloqueios em estradas, áreas alagadas e inacessíveis.
EPE aponta riscos de danos e redução de eficiência em infraestruturas do setor elétrico por causa das mudanças climáticas
Reportagem do portal Petronotícias destaca que a semana começa com atenções voltadas ao Rio Grande do Sul, especialmente após as fortes chuvas que voltaram a cair no estado durante o fim de semana.
Segundo o último balanço do Ministério de Minas e Energia (MME), divulgado ainda na noite de ontem (12/5), 269 mil unidades consumidoras seguem sem suprimento energético no estado.
Diante da situação dramática, projeções climáticas e seus potenciais impactos estão sendo discutidos e avaliados no planejamento de longo prazo do setor elétrico, auxiliando no desenvolvimento de um sistema capaz de manter suas funções em cenários adversos.
A reportagem informa que a Empresa de Pesquisa Energética (EPE) divulgou nos últimos dias uma nota técnica que discute o fortalecimento da resiliência do setor elétrico em resposta às mudanças climáticas. De acordo com o documento, alguns dos potencias impactos no segmento incluem danos às infraestruturas que causam a interrupção ou falha no fornecimento de energia elétrica ou até mesmo redução da eficiência de equipamentos e estruturas dos sistemas elétricos.
“Os sistemas elétricos também são vulneráveis a ocorrência de eventos climáticos extremos, como, por exemplo, secas, ondas de calor, incêndios, tempestades, inundações e deslizamentos de terra, que podem levar a danos físicos às estruturas de geração e transmissão e reduzir a eficiência. De acordo com IEA (Agência Internacional de Energia) em diversos países o aumento da frequência e intensidade de eventos extremos são a causa dominante de grandes interrupções no fornecimento de energia elétrica”, diz a nota técnica elaborada pela EPE.
Tempestade solar provoca aurora boreal em diversos países
Uma tempestade solar provocou auroras boreais no hemisfério norte e auroras austrais no hemisfério sul entre a noite de sexta-feira (10/5) e a madrugada de sábado (11/5). Os meteorologistas espaciais da Administração Oceânica e Atmosférica Nacional dos Estados Unidos (NOAA) observaram sete ejeções de massa coronal, com impactos esperados que chegaram à terra na sexta-feira, podendo persistir até domingo (12).
A aurora boreal ocorre quando há a entrada de ondas de partículas ou ventos solares, energizadas, em alta velocidade na atmosfera. O campo eletromagnético do planeta as redireciona aos polos e sua alta concentração provoca o show.
A aurora austral, como o fenômeno é chamado no hemisfério sul, foi vista na Nova Zelândia e na Argentina. A aurora boreal foi fotografa nos Estados Unidos e em lugares da Europa. O Valor Econômico publicou diversas fotos do fenômeno.
Por que o Nordeste deve voltar a crescer acima do resto do Brasil nos próximos anos?
Reportagem publicada pelo jornal O Estado de S. Paulo destaca que Investimentos bilionários devem turbinar o Produto Interno Bruto (PIB) do Nordeste e fazer a economia local crescer num ritmo mais acelerado do que a média do Brasil no longo prazo. De acordo com um estudo realizado pela consultoria Tendências, a região deve ter uma expansão média de 3,4% ao ano entre 2026 e 2034, acima dos 2,5% que serão observados para o País nesse período.
As previsões positivas para o Nordeste – onde vivem quase 60 milhões de pessoas, que representam quase 30% da população brasileira – estão baseadas numa série de investimentos públicos e privados previstos para os próximos anos.
Ao todo, eles devem somar R$ 750 bilhões. “O Nordeste vai ter um ganho de tração com exploração de gás natural e petróleo, energia eólica, concessão de aeroportos e com uma série de privatizações de companhias de energia elétrica e de saneamento”, afirma Lucas Assis, economista da consultoria Tendências.
Petrobras aprova novas modalidades comerciais para venda de gás natural
A Petrobras aprovou nesta sexta-feira (10/5) novas modalidades comerciais nas vendas de gás natural para distribuidoras estaduais e para os consumidores livres. Para as distribuidoras, a Petrobras ofertará mecanismo de redução de preço nos contratos de venda de gás natural atualmente vigentes, de acordo com sua performance.
Conforme a estatal, com esse novo mecanismo, a depender dos contratos e volumes movimentados, as distribuidoras terão uma redução adicional de até 10% nos preços da molécula de gás, ampliando a queda já acumulada da ordem de 25% no preço médio da molécula desde o início 2023, com potencial de atingir uma redução de até 35%. (Valor Econômico)
PANORAMA DA MÍDIA
Valor Econômico: Os impactos dos recentes eventos climáticos no país devem afetar planos e resultados das empresas nos próximos meses. A tragédia no Rio Grande do Sul, que causou mais de uma centena de mortes e desabrigou milhares de pessoas, forçou indústrias de consumo e varejistas a reverem estratégias. Além disso, as altas temperaturas do verão fora de época no país já mexem em projeções de margens e planejamentos. As questões foram abordadas na semana passada por analistas e empresas de capital aberto nas teleconferências de resultados do 1º trimestre.
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Folha de S. Paulo: Rios voltaram a subir com o registro de novas chuvas no Rio Grande do Sul neste final de semana de Dia das Mães. Com a piora das condições meteorológicas, autoridades alertam para novas inundações a partir deste domingo (12/5). Em Porto Alegre, o nível do lago Guaíba pode renovar mais uma vez o recorde histórico entre segunda (13/5) e terça-feira (14/5), indica projeção do Instituto de Pesquisas Hidráulicas da UFRGS (Universidade Federal do Rio Grande do Sul).
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O Globo: Depois de sete anos do Regime de Recuperação Fiscal (RRF), o Ministério da Fazenda busca reformular o arcabouço que trata das dívidas dos estados e criar incentivos para apoiar a reestruturação das contas públicas dos governos locais sem que a discussão termine no Supremo Tribunal Federal (STF). A avaliação de integrantes da União, dos estados e de especialistas é que somente as regras de arrocho fiscal não têm sido capazes de equacionar o problema.
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O Estado de S. Paulo: Empresas de vários setores estão contabilizando perdas em razão de paralisações de carreiras ligadas ao setor público. Há 15 categorias do funcionalismo com movimentos, entre elas as ligadas à CVM (Comissão de Valores Mobiliários), CGU (Controladoria Geral da União), Tesouro Nacional, Susep (Superintendência de Seguros Privados) e Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis). Por causa da paralisação no Ibama, no setor de petróleo, as perdas já ultrapassam R$ 2,2 bilhões. Há 120 dias, não há concessão de renovações e novas licenças ambientais de instalação e operação paras as empresas de petróleo e gás. Mineração e energia são outros setores afetados pela paralisação do Ibama. Segundo a Anfavea (Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores), há também 30 mil veículos importados aguardando liberação ambiental em portos.