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São Paulo tem mais clientes sem luz que a Flórida, atingida pelo furacão Milton – Edição do dia

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Crédito: Pixabay
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Esta notícia é do site de meteorologia Metsul e do jornal O Globo. Menos de 24h depois do temporal que atingiu a Região Metropolitana de São Paulo, a capital e os municípios vizinhos chegaram a registrar mais residências sem luz que o estado americano da Flórida, atingido na semana passada pelo furacão Milton. 

De acordo com comunicado da empresa de distribuição de energia Enel, o serviço foi interrompido para 1,45 milhão de clientes no sábado, número que representa, aproximadamente, 18% do total de clientes da distribuidora em sua área de concessão.

O site Metsul informa, ainda, que no mesmo horário, na tarde de sábado, de acordo com o site de monitoramento dos Estados Unidos poweroutgage.us, o número de clientes sem energia elétrica no estado norte-americano da Flórida era pouco abaixo do de São Paulo, com 1,4 milhão. No pico da falta de luz durante a passagem do furacão, dias antes, a Flórida teve mais de 4 milhões de clientes sem serviço elétrico.

Enel cita danos severos na rede e fala em troca de quilômetros de cabos e postes

A concessionária Enel afirma que o temporal registrado na sexta (11/10), que afetou o sistema de transmissão e deixou milhões de usuários sem luz, vai obrigar a empresa a fazer a “substituição de quilômetros de cabos, postes e outros equipamentos” na rede de baixa tensão –a mais atingida nesse incidente.

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Ainda de acordo com a Enel, os danos na alta tensão foram solucionados ainda no sábado (12/10). Enquanto na baixa e na média tensão, os impactos foram severos e dispersos pela área de concessão. Em alguns casos, dada a complexidade dos reparos, o restabelecimento da energia pode levar mais tempo, informou. (Folha de S. Paulo)

Enel precisa se mostrar à altura do desafio agora frequente

Em editorial publicado nesta segunda-feira (14/10), a Folha de S Paulo destaca que pela segunda vez em menos de um ano, 2,1 milhões de residências e estabelecimentos comerciais na Grande São Paulo ficaram horas sem luz após uma tempestade.

Neste fim de semana, assim como em novembro de 2023, houve lentidão diante da emergência por parte da Enel, concessionária que fornece eletricidade à capital e a outras 23 cidades do estado desde dezembro de 2018.

O editorial enfatiza ainda que, assim como é certo que chuvas e ventanias derrubam postes, torres, árvores e fiação, é fato estabelecido que eventos climáticos extremos como esses deixaram de ser exceção.

Cientistas municiados com estudos robustos sobre a mudança climática têm alertado, nos últimos anos, que tais fenômenos se tornariam comuns, ampliando alcance e frequência — algo que mesmo o leigo pode constatar.

Enel tem participação do governo da Itália e cortou funcionários

De origem italiana, a Enel se vê ameaçada diante de uma manifestação da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) sobre a possibilidade de pedir a caducidade da concessão que a empresa possui para distribuir energia em São Paulo. A ameaça ocorre em meio a mais um apagão, que deixou 2,1 milhões de clientes sem luz na sexta-feira, dia 11.

Reportagem do jornal O Estado de S. Paulo destaca que o blecaute ocorre justamente no momento em que a empresa vinha apostando em uma estratégia de anunciar investimentos bilionários na tentativa de melhorar a sua imagem no País. Em novembro de 2023, milhões de clientes de São Paulo também ficaram no escuro. A crise levou até à troca do presidente da companhia no Brasil.

Na crise de agora, todos os lados políticos se levantaram contra a companhia, pressionando pelo fim do contrato de concessão da Enel. A empresa se transformou em alvo do prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB), do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), e do ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira.

A principal queixa é porque a Enel, ao longo dos últimos anos, reduziu o quadro de funcionários e, mais recentemente, cortou investimentos. Assim, não estaria conseguindo prestar um serviço minimamente aceitável.

Entidades e moradores se mobilizam para cobrar e processar a Enel

O jornal O Estado de S. Paulo informa que, com mais de 48 horas de apagão em alguns bairros de São Paulo, entidades e moradores se mobilizam para cobrar e até mesmo processar a distribuidora de energia elétrica Enel. A falta de luz desde sexta-feira (11/10) tem gerado prejuízos, sobretudo ao comércio.

Cerca de 537 mil consumidores ainda estão sem luz na Grande São Paulo, sendo 354 mil clientes na capital paulista. A Federação de Hotéis, Restaurantes e Bares do Estado de São Paulo (Fhoresp), por exemplo, anunciou que vai acionar judicialmente a Enel. Já o Procon-SP vai notificar a concessionária nesta segunda-feira (14/10).

Apagão em SP vira troca de acusações entre ministro Alexandre Silveira e prefeito Ricardo Nunes

O apagão que afetou mais de 2 milhões de residências em São Paulo deu início a uma troca de acusações entre o prefeito da cidade, Ricardo Nunes (MDB), candidato à reeleição, e o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, de acordo com informação da Folha de S. Paulo.

Ontem (13/10), Silveira respondeu à postagem feita na véspera por Nunes e negou que tenha discutido a renovação da concessão da distribuidora de energia Enel, dizendo ainda que o contrato até 2028 foi assinado por “aliados” do prefeito.

“Pergunto ao prefeito: as árvores de SP que caíram em cima das redes de energia também são de responsabilidade do governo federal? O que anda fazendo a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), agência ocupada por indicações bolsonaristas, que não dá andamento ao processo de caducidade que denunciei há meses?”, escreveu.

O presidente da Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica), Sandoval Feitosa, foi indicado pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) em 2021 e tem mandato até agosto de 2027.

Apagão em SP: comunicado da Enel

Em comunicado publicado em seu site, a distribuidora Enel São Paulo informa: “Após o vendaval de até 107km/h que atingiu a capital e a região metropolitana na última sexta-feira (11/10), reforçamos nossas equipes em campo, deslocamos técnicos do Rio e do Ceará e estamos recebendo apoio de outros grupos de distribuição. 

Até as 14h30 de domingo, cerca de 1,3 milhão de clientes tiveram o serviço normalizado. Seguimos trabalhando para restabelecer o fornecimento para 760 mil clientes impactados”.

Apagão em SP: comunicado da Aneel

Em comunicado à imprensa, a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) informa que desde o início dos eventos (apagão) acompanha, juntamente com a Agência Reguladora de Serviços Públicos do Estado de São Paulo (Arsesp), o desempenho das empresas de distribuição de São Paulo.

No caso da Enel-SP, a diretoria da Aneel solicitou que a área de fiscalização intime imediatamente a empresa para apresentar justificativas e proposta de adequação imediata do serviço diante das ocorrências registradas ontem e hoje, de falha na prestação do serviço de distribuição.

Como parte do processo de intimação, a proposta será avaliada pela diretoria colegiada da Aneel e, caso a empresa não apresente solução satisfatória e imediata da prestação do serviço, a Agência instaurará processo de recomendação da caducidade da concessão junto ao Ministério de Minas e Energia (MME).

Importante também informar que a fiscalização da Aneel já está presencialmente em São Paulo verificando as ocorrências e que medidas firmes serão adotadas pela Agência nesse processo. Ao todo, 2,6 milhões de consumidores ficaram sem energia; 2,1 milhões foram na área de concessão da Enel-SP.

Energia limpa do Nordeste atrai data centers para o país, mas investimentos ficam em São Paulo

Reportagem da Folha de S. Paulo indica que estados e executivos do Nordeste têm tentado atrair data centers para a região sob a justificativa de que é lá onde estão os principais projetos de energia renovável do país.

Mas até agora a maior parte das empresas de tecnologia no Brasil optou por se instalar no Sudeste, fechando contratos com donos de parques e usinas de estados nordestinos apenas para o suprimento de eletricidade.

Uma das atrações do Nordeste, argumentam os estados, seria a enorme disponibilidade para a construção de novos projetos de energia renovável, já que as big techs geralmente exigem que a eletricidade que alimenta seus data centers venha de parques novos.

ANP suspende prazos em contrato da Petrobras em bloco na Foz do Amazonas

O Valor Econômico informa que, a Petrobras pediu e a Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) suspendeu os prazos para exploração de petróleo previstos no contrato de concessão do bloco FZA-M-59, localizado na Bacia da Foz do Amazonas (AP), na Margem Equatorial.

O motivo, segundo a empresa, foi a proximidade do fim do período fixado na primeira fase de exploração da área. Sem a perspectiva de que a licença ambiental fosse concedida antes da data-limite, em 28 de agosto, a Petrobras solicitou que a ANP suspendesse a validade do cronograma até que o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) decida se permite ou não a perfuração.

PANORAMA DA MÍDIA

Valor Econômico: Com licitações na B3 de segunda a sexta-feira, a última semana de outubro vai concentrar uma sequência de leilões de concessões capaz de contratar R$ 24,2 bilhões de investimentos. Entre as seis disputas agendadas, estão projetos de escolas, rodovias, saneamento e loteria.

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O Globo: Os dirigentes da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) e da Agência Reguladora de Serviços Públicos do Estado de São Paulo (Arcesp) afirmaram na noite de domingo (13) que o número de funcionários que a Enel havia prometido alocar para lidar com apagões de grandes proporções não foi atingido e o ritmo de reação está aquém do esperado. Às 21h deste domingo, ainda haviam 698,8 mil clientes sem luz.

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Folha de S. Paulo: O apagão que afetou mais de 2 milhões de residências em São Paulo completou dois dias neste domingo (13/10), com 699 mil imóveis ainda sem luz. Após receber críticas de diversas autoridades por falta de ação na crise, a Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica) anunciou que vai intimar a Enel para explicar os problemas. A concessionária, responsável pela distribuição de energia na Grande São Paulo, terá 60 dias para se defender depois que o processo começar.

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O Estado de S. Paulo: Após reunião convocada pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), a Enel, concessionária de energia elétrica na cidade de São Paulo e região metropolitana, se comprometeu a ter, a partir de hoje, 2.500 funcionários atuando para restaurar a distribuição e acabar com o apagão provocado pelas chuvas da noite de sexta-feira. A Enel terá ajuda de outras distribuidoras que atuam no estado. 

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