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Seca deve levar reservatórios a menos de 10% de sua capacidade, projeta ONS – Edição da Manhã

O jornal O Estado de S. Paulo traz, na edição deste sábado (10/07), duas reportagens sobre a crise hídrica, com foco no reduzido nível de armazenamento de água verificado nos principais reservatórios de hidrelétricas da região Sudeste do país.

De acordo com projeções técnicas feitas pelo Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), as estimativas fechadas em junho apontam que, mesmo após a determinação para que as usinas liberem o mínimo possível de água, a maior parte dos reservatórios chegará ao fim de novembro – quando acaba o período seco – com menos de 10% do volume útil de água que podem armazenar.

A reportagem informa que, no limite, a depender das condições técnicas de cada usina, suas turbinas vão precisar ser desligadas, por causa do pouco volume de água disponível para passar pelas máquinas, sob o risco de comprometê-las.

O reservatório da hidrelétrica de Furnas, por exemplo, nas proximidades da cabeceira do Rio Grande, entre Minas Gerais e São Paulo, está hoje com 28% de sua capacidade de armazenamento, mas deve ficar com menos de 10% até outubro. Na calha desse mesmo rio, a barragem da usina de Marimbondo já atingiu, neste mês, o nível de apenas 10% de sua capacidade e pode chegar a 5% nos próximos meses.

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As projeções feitas para as barragens do Rio Paranaíba, um dos grandes rios que compõem a Bacia do Paraná, indicam que o reservatório da hidrelétrica Itumbiara está hoje com apenas 9% de seu volume útil e, até outubro, pelas projeções do ONS, esse volume certamente será inferior a 5% do total.

Projetos de geração e transmissão dos últimos 10 anos garantem energia hoje 

Na sequência de reportagens sobre a crise hídrica publicadas hoje (10/07), o jornal O Estado de S. Paulo ressalta que o grande volume de projetos de geração e transmissão de energia que entraram em operação nos últimos dez anos em todo o país, como forma de atender às projeções de crescimento econômico que se fazia à época, é o que, hoje, garante o suprimento nacional, sem grandes gargalos.

De acordo com a reportagem, a demanda esperada não se confirmou, dadas as sucessivas crises econômicas atravessadas pelo Brasil. O planejamento decenal de expansão elétrica, porém, atrelado a projeções otimistas da economia, tratou de leiloar uma série de empreendimentos que, hoje, trazem certa folga para a geração nacional.

Entre 2011 e 2020, a capacidade de geração do parque elétrico nacional cresceu 43%, enquanto o consumo de energia verificado nesse mesmo intervalo aumentou apenas 19%, conforme dados oficiais compilados pelo Grupo de Estudos do Setor Elétrico da Universidade Federal do Rio de Janeiro (Gesel/UFRJ). Se considerado um intervalo menor, de 2015 a 2020, o crescimento da capacidade de geração chegou a 20%, enquanto o consumo subiu 3,4% no mesmo período.

Ministros inauguram maior complexo de energia solar do país

Os ministros de Minas e Energia, Bento Albuquerque, e do Turismo, Gilson Machado, participaram, ontem (09/07), da inauguração das usinas solares Brígida, Bom Nome e Belmonte, no município de São José do Belmonte, em Pernambuco. Com uma ocupação de 186,9 hectares, o complexo foi anunciado em abril de 2019 e pertence à empresa espanhola Solatio.

De acordo com informações do Ministério de Minas e Energia (MME), as obras geraram 2.500 empregos diretos e indiretos e, juntas, as usinas possuem uma potência instalada de 810 MW, e podem abastecer cerca de 800 mil famílias. O conjunto, que já forma o maior parque solar do Brasil, deverá ser o maior da América Latina em geração solar. (Correio Braziliense)

Lições da crise passada: investir em conservação e geração distribuída

Artigo publicado hoje (10/07) pelo portal Brasil Energia, argumenta que o uso racional de energia no período seco e o incentivo à geração distribuída, especialmente de fontes renováveis, com financiamentos ágeis e de baixo custo, evitariam a repetição de erros da crise que levou a apagão e racionamento de energia em 2001.

Ele cita, ainda, medidas adotadas na crise de 2001 e ensinamentos que o cenário de emergência propiciou. Outro ponto abordado são os ganhos, mesmo que pequenos, obtidos pelo horário de verão, suspenso nos últimos dois anos. “A medida tem contribuição pequena na redução do consumo (da ordem de 0,8 a 1%), mas traz ganhos expressivos na redução de demanda no horário de ponta, historicamente superiores a 4%. É algo que, independentemente de disputas ideológicas, deveríamos considerar para este ano.”

Vagner Victer elogiou a criação, pelo Ministério de Minas e Energia, da Câmara de Regras Excepcionais para Gestão Hidroenergética (Creg), para enfrentamento da crise hídrica.

Dória defende renovar concessão da Comgás

A Folha de S. Paulo informa que o governo de São Paulo propõe renovar por 20 anos a concessão da Comgás, maior distribuidora de gás encanado do país, controlada pelo grupo Cosan. A concessão vence em 2029, mas o governo defende que a renovação antecipada garante mais investimentos na rede e melhora a conta de gás ao consumidor.

A proposta será discutida em audiência pública da Agência Reguladora de Serviços Públicos de São Paulo (Arsesp) no próximo dia 19 e vem sendo questionada no mercado, que vê impactos negativos no setor de gás. A A Abrace, entidade que reúne grandes consumidores de energia, pediu à Arsesp que estenda o prazo em ao menos seis meses para debater o tema. “Não se vislumbra situação de urgência a ensejar a necessidade de se imprimir celeridade na análise”, argumenta.

Petrolíferas seguem passos da Petrobras e apostam no gás para gerar energia elétrica

Grandes empresas petrolíferas se preparam para seguir os passos da Petrobras e avançar sobre o mercado de geração de energia, informa o jornal O Estado de S. Paulo. A reportagem explica que esse modelo de negócio, em que uma empresa produtora de gás natural utiliza o insumo para gerar eletricidade em usinas térmicas próprias, foi inaugurado no Brasil pela estatal em 2001 durante a crise de racionamento de energia.

Agora, com o país em meio a uma nova crise hídrica, há 12 projetos com esse mesmo desenho apenas no município de Macaé, no norte fluminense. Três deles já estão em andamento. Em todos, a proposta é aproveitar, principalmente, o gás do pré-sal para ganhar dinheiro com eletricidade. Ainda de acordo com a reportagem, essa forma de atuação permitiu que a Petrobras fosse a única vitoriosa no leilão de energia realizado pelo governo no fim de junho, ao oferecer um deságio de cerca de 50%. A companhia vendeu 162,5 megawatts (MW) médios da térmica de Cubatão, que vão ser entregues em 2025 e 2026.

PANORAMA DA MÍDIA

Em entrevista ao jornal O Globo, o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), disse que irá “fazer de tudo” para reduzir em mais de 10 pontos percentuais (p.p.) o Imposto de Renda das empresas (IRPJ). Lira defendeu o corte de subsídios e de regimes especiais, como prega o ministro da Economia, Paulo Guedes.

O governo propôs um corte de 5 p.p. no IRPJ, o que foi mal recebido pelas empresas. Com a repercussão negativa, o ministro Paulo Guedes passou a pedir, nos bastidores, um corte de R$ 40 bilhões em subsídios como forma de reduzir em 10 p.p. o imposto de todas as empresas. Hoje, o IRPJ é de 25%. Também é cobrado 9% de Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL).

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O principal destaque da edição de hoje (10/07) do jornal O Estado de S. Paulo é a tensão política gerada em Brasília. A reportagem informa que as seguidas ameaças do presidente Jair Bolsonaro de não realizar eleições no país em 2022, caso o voto impresso não seja instituído, tiveram ontem resposta do Judiciário e do Congresso.

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A Folha de S. Paulo traz, como manchete, o resultado da última pesquisa do Instituto DataFolha, que mostra o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) na liderança nas eleições de 2022. De acordo com a pesquisa, Lula ampliou sua vantagem sobre o presidente Jair Bolsonaro, em citações espontâneas registradas pelo instituto.

Lula também lidera nos dois cenários apresentados para o eleitor e em todas as simulações de disputa de segundo turno – naquela em que enfrenta o presidente, ganha por 58% a 31%. O levantamento do Datafolha foi feito quarta (07/07) e quinta-feira (08/07). Nele, 2.074 eleitores foram ouvidos presencialmente pelo Brasil. A margem de erro da pesquisa é de dois pontos percentuais, para mais ou para menos.

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