MegaExpresso

Senado aprova projeto que cria vale-gás para os mais pobres com recursos de dividendos da Petrobras – Edição da Manhã

O Senado aprovou ontem (19/10), por ampla maioria, o projeto que cria um vale para gás de cozinha, batizado de Programa Gás para os Brasileiros, com recursos de dividendos pagos pela Petrobras à União e outras receitas geradas pela produção de petróleo. Foram 76 votos a favor e um contra. Como o texto original foi modificado, será enviado à Câmara dos Deputados, onde já havia sido aprovado, para nova apreciação.

A proposta prevê que o governo federal transfira diretamente para famílias de baixa renda um valor que varia entre 50% e 100% do preço do botijão, dependendo da renda e da região do país. Segundo estimativas do Congresso, a medida poderá beneficiar 20 milhões de famílias, que ganharão uma ajuda do governo federal a cada dois meses. (O Globo)

Entidades do setor veem risco de falta de combustível por preço defasado

O aumento da defasagem entre os preços internos dos combustíveis e as cotações internacionais acendeu alertas no mercado sobre riscos de desabastecimento de produtos por dificuldades de importação por empresas privadas, informa a Folha de S. Paulo.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE Minuto Mega Minuto Mega

Segundo a reportagem, as preocupações ganharam força desde a semana passada, quando a Petrobras informou a distribuidoras de combustíveis que não poderia atender a todos os volumes solicitados para entrega em novembro, alegando que houve um crescimento atípico dos pedidos. O mercado vê na decisão uma estratégia para forçar importações privadas de combustíveis e evitar prejuízos com a venda a preços brasileiros de produtos comprados mais caros no exterior, operação que é vedada pelo estatuto da estatal.

Trabalhador poderá usar dinheiro do FGTS para comprar ações da Eletrobras privatizada

O Conselho do Programa de Parceria de Investimentos (PPI) aprovou, ontem (19/10), o modelo de privatização da Eletrobras definido pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) que permitirá, por exemplo, que trabalhadores utilizem recursos do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS) para a compra de ações da companhia. O limite total será de R$ 6 bilhões e a aplicação mínima foi definida em R$ 200.

Pessoas físicas poderão comprar, no mínimo, R$ 1.000 em ações da Eletrobras que serão ofertadas na B3, a Bolsa de Valores brasileira. O teto, nesse caso, será de R$ 5.000. Funcionários da companhia terão uma cota reservada de 10% do total da oferta caso se interessem em fazer esse investimento. (Folha de S. Paulo)

Plano de produção de petróleo no mundo é o dobro do que clima suporta, aponta relatório da ONU

O volume de combustíveis fósseis que os países com grandes reservas pretendem produzir até 2030 é mais que o dobro daquele que o Acordo de Paris contra a mudança climática acomoda, afirma um relatório lançado ontem (19/10) pelo Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (Pnuma). Entre os países vistos com preocupação está o Brasil, que tem planos ambiciosos de exploração no pré-sal, informa o jornal O Globo.

Segundo o levantamento, emissões globais por queima de combustíveis fósseis deverão estar no máximo em 17 bilhões de toneladas de CO2 por ano no fim desta década para evitar que o planeta aqueça mais de 1,5°C no século. Os grandes produtores, porém, planejam produzir, somados, 36 bilhões de toneladas. Intitulada Relatório sobre a Lacuna de Produção, a análise do Pnuma complementa outra que o programa deverá lançar na próxima semana, sobre países como emissores de CO2.

AES investe em projeções climáticas

O Valor Econômico informa que a AES Brasil está investindo R$ 2,4 milhões em tecnologia para prever a influência do comportamento climático do país para a geração de energia eólica e solar, nos próximos 30 anos. Segundo Júlia Rodrigues, gerente de inovação, pesquisa e desenvolvimento da AES Brasil, o projeto desenvolvido pelas empresas WayCarbon e Enacom vai auxiliar a AES na gestão do portfólio de energia renovável de longo prazo.

“Apesar de termos uma matriz energética predominantemente híbrida, temos um desafio, no plano de expansão, para aquisição e desenvolvimento de projetos solares e eólicos nos quais as mudanças climáticas interferem diretamente”, afirma. “Essa talvez seja a maior transformação pala qual o setor já passou”.

O contrato foi assinado em setembro, mas a ideia começou a ser formatada em março, antes do auge da crise hídrica. Reduzir os riscos e os custos da geração de energias alternativas são os dois principais objetivos do projeto, que tem previsão de entrega final em fevereiro de 2023 e contempla a aplicação do software de análise de riscos climáticos Move, sigla em inglês para Modelo de Avaliação de Vulnerabilidade, da WayCarbon.

Clientes da Equatorial Energia podem pagar contas de luz por meio do PIX

Desde o final de setembro os clientes do Grupo Equatorial Energia passaram a contar com a modalidade do PIX para pagamentos de boletos das distribuidoras. A medida vale para os estados do Maranhão, Pará, Piauí e Alagoas.

O Canal Energia informa que o pagamento é realizado por meio de um QR Code disposto na frente da conta de energia, tanto na conta impressa, como na fatura por e-mail. O consumidor precisa entrar no aplicativo do banco onde tem a chave PIX cadastrada, apontar a câmera do celular para o QR Code e realizar a transação, que será compensada em alguns minutos.

Enel SP vai desenvolver piloto para ordenamento de cabos em postes

A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) aprovou em reunião realizada ontem (19/10), o desenvolvimento de um projeto piloto proposto pela Enel São Paulo para estudar mecanismo de auxílio na regularização da desordem do atual cenário da ocupação dos postes, com a criação de uma rede neutra.

Conforme explica o Canal Energia, o piloto terá a duração de 18 meses e receberá investimentos de R$ 7 milhões da Ufinet, uma empresa controlada pela Enel que executará o projeto.

GT Metodologias discute andamento das atividades do ciclo 2021/2022

O Grupo Técnico de Metodologias – GT Metodologia, que compõe a Comissão Permanente para Análise de Metodologias e Programas Computacionais do Setor Elétrico (CPAMP), realiza, nesta quarta-feira (20/10), workshop para debater o andamento das atividades que estão sendo desenvolvidas no ciclo de trabalho 2021/2022. O encontro acontece via Webex, das 9h às 11h.

O evento tem como objetivo apresentar as conclusões dos resultados da análise de convergência e critérios de paradas do modelo NEWAVE, refletir sobre as contribuições do 3º Workshop e trazer propostas das premissas para as análises de backtests e prospectivas a serem realizados durante o ciclo. O encontro permitirá ainda que os agentes exponham suas sugestões relacionadas às premissas de avaliação. As informações são do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS).

PANORAMA DA MÍDIA

A mídia segue acompanhando a evolução do programa Auxílio Brasil, do governo federal, que criou impasse entre o Palácio do Planalto e o Ministério da Economia.

O presidente Jair Bolsonaro desistiu de realizar ontem (19/10) a cerimônia que anunciaria que o Auxílio Brasil, programa social que substituirá o Bolsa Família e que deverá pagar em média R$ 400 por família, acima do previsto anteriormente. O recuo ocorreu após a reação do mercado diante da possibilidade de o governo aumentar gastos acima do teto e a pressão do ministro Paulo Guedes (Economia) e da equipe dele, inclusive com ameaça de demissões de secretários da pasta. O Ministério da Economia nega risco de debandada. (Folha de S. Paulo)

A costura para o programa sucessor do Bolsa Família disparou alertas na área técnica do Tribunal de Contas da União (TCU) e deixou perplexos especialistas em contas públicas. A repercussão nos mercados também foi muito negativa. Houve disparada dos juros futuros, o Ibovespa recuou 3,28% e encerrou o dia aos 110.672,76 pontos, enquanto o dólar avançou 1,36%, para R$ 5,5944. (Valor Econômico)

O valor surpreendeu porque o presidente já havia aceitado a proposta do ministro da Economia, Paulo Guedes, de R$ 300. O arranjo final acertado prevê R$ 90 bilhões em benefícios sociais. Como o auxílio mais robusto não cabia no Orçamento de 2022, o presidente Jair Bolsonaro deu sinal verde para o furo no teto de gastos, a principal âncora de controle das contas públicas. (O Estado de S. Paulo)

Live em tom de derrota faz mercado aposta em queda do secretário da Fazenda do governo, Bruno Funchal, principal auxiliar de Paulo Guedes no Ministério da Economia. O pronunciamento foi feito diante de dezenas de analistas de mercado e economistas que o viam falar no banco JPMorgan, no final da tarde de ontem (19/10). “Foi uma decisão política. Do Congresso, do Planalto e do presidente”, afirmou ele, ao tentar justificar por que o governo decidira anunciar o valor de R$ 400 para o Auxílio Brasil, mesmo furando o teto de gastos. (coluna de Malu Gaspar, O Globo)

Matéria bloqueada. Assine para ler!
Escolha uma opção de assinatura.