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Separação entre lastro e energia para valorizar hidrelétricas – Edição da Manhã

Em entrevista ao portal Brasil Energia, publicada hoje (27/02), o diretor da Empresa de Pesquisa Energética (EPE), Erik Eduardo Rego, e os superintendentes adjuntos Renato Haddad e Gustavo Pires da Ponte, falaram sobre a viabilidade de investimentos em hidrelétricas no Brasil, o futuro para essas usinas e como obter a rentabilidade compatível com a importância delas para o Sistema Interligado Nacional (SIN).

Para eles, não somente vale a pena continuar investindo em hidrelétricas, como elas são o diferencial do parque gerador brasileiro. De acordo com a análise feita pelos executivos da EPE, a modernização do setor, especialmente a separação entre energia e lastro, vai agregar valor às hidrelétricas e viabilizar investimentos em modernização e repotenciação das usinas existentes – uma das formas de expansão do parque hídrico, sem prejuízo de algum aproveitamento novo adicional.

Segundo eles, a modernização e a repotenciação de usinas hidrelétricas existentes podem representar um acréscimo ao sistema não só de energia, mas, sobretudo, de capacidade, a custos competitivos. Eles argumentam, ainda, que é necessário criar os produtos adequados, que tragam o desenho do mercado de energia elétrica do Brasil para a nova realidade, acrescentando que, com a separação do lastro e energia é possível criar diferentes produtos para o chamado lastro.

A proposta da EPE é que, entre os produtos que venham a ser criados com a separação entre o lastro, que é a garantia física contratual do suprimento, e a commodity energia que venha a ser produzida, sejam criados dois tipos de lastro: o lastro associado à capacidade de potência (a condição que a usina tem de atender instantaneamente a uma demanda temporária do sistema) e o lastro associado à geração de energia em períodos acumulados, por exemplo, de um mês ou um ano.

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Os três executivos lembram que o Plano Decenal de Energia 2030 (PDE 2030), elaborado pela própria EPE, considera a possibilidade da construção de sete novas hidrelétricas, totalizando cerca de 1.098 MW. E concluem dizendo que o mesmo PDE também destacou a importância de revisão de alguns estudos, para que o potencial remanescente seja aproveitado de modo a melhor atender os requisitos do sistema atuais e futuros.

Bandeira tarifária permanece amarela em março 

A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) anunciou ontem (26/02) que a bandeira tarifária permanece amarela em março, com custo de R$1,343 para cada 100kWh consumidos.

Em fevereiro, houve registros significativos de precipitação nas principais bacias do Sistema Interligado Nacional (SIN), e março ainda é um mês típico do período úmido nessas regiões. No entanto, segundo ressalta a Aneel, os principais reservatórios de hidrelétricas do SIN ainda apresentam estoques reduzidos para essa época do ano, em função do volume de chuvas muito abaixo do padrão histórico registrado entre setembro e janeiro.

Grupo Energisa inicia as operações da linha de transmissão Xinguara II, no Pará

O portal Petronotícias informa que o grupo Energisa iniciou as operações da primeira etapa de seu terceiro empreendimento de transmissão, de um total de cinco que foram arrematados entre 2017 e 2020.

O lote 19, situado no Pará, foi adquirido em 2018 por uma receita anual total de R$ 36,1 milhões de Receita Anual Permitida (RAP). Esse trecho energizado recebeu R$ 80 milhões em investimentos e tem um RAP de R$ 3,11 milhões. Esta fase do empreendimento da Energisa Pará Transmissora de Energia II (EPA II) inclui 72,3 quilômetros da linha de transmissão Xinguara II – Integradora Sossego (230 kV) e as ampliações nos pátios de 230 kV das subestações Xinguara e Integradora Sossego.

O projeto beneficiará o fornecimento de energia elétrica para o sudeste do Pará, o norte de Mato Grosso e o oeste do Tocantins, onde a Energisa controla duas distribuidoras: Energisa Mato Grosso e Energisa Tocantins.

PANORAMA DA MÍDIA

O recrudescimento da pandemia de covid-19 no Brasil e o esgotamento da capacidade de leitos em hospitais são o principal destaque das edições de hoje (27/02) dos jornais de circulação nacional.

O jornal O Globo informa que a média de mortos acima de mil ao dia, como ocorre no Brasil há quase um mês, e o sistema de saúde próximo ao colapso, indicam que o Brasil vive uma “tragédia”, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS).

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O jornal O Estado de S. Paulo destaca que o crescimento da pandemia no Brasil mobilizou estados para tentar frear o avanço acelerado da covid-19. Vários governos decretaram nos últimos dias restrições de circulação de pessoas, principalmente no horário noturno, fechamento de estabelecimentos comerciais e até lockdown.

Entre os mais restritivos estão Rio Grande do Sul, Paraná, Santa Catarina, Distrito Federal e Bahia, que vão fechar serviços não essenciais. Com UTIs lotadas, o foco é evitar aglomerações e reduzir a transmissão do vírus no país, o que demora ao menos duas semanas, dizem especialistas. Boletim do Observatório Covid-19, da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), aponta 17 capitais com ocupação de leitos de UTI de pelo menos 80%.

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A Folha de S. Paulo informa que o governador João Doria (PSDB) afirmou ontem (26/02) que a Grande São Paulo e outras cinco regiões retrocederam sua classificação no Plano São Paulo de prevenção à covid-19. Na fase laranja, comércios poderão funcionar até as 20h. Na fase amarela, anterior, a permissão de funcionamento é até as 22h. As medidas restritivas valem a partir de segunda-feira (1º/03).

Os bares estão proibidos. Podem atuar como restaurantes, mas não apenas para a venda de bebidas, segundo o governo estadual. Além disso, comércios têm de ter no máximo 40% de sua capacidade ocupada por apenas oito horas. Parques continuam abertos.

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