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Setor elétrico tem agenda desafiadora em 2021 – Edição da Manhã

O Valor Econômico traz hoje (19/01) uma reportagem sobre a agenda prevista para o setor elétrico em 2021 e mostra que a programação engloba pautas bem encaminhadas, aguardando desfechos importantes, e projetos desafiadores com evolução incerta, como a privatização da Eletrobras.

Para o primeiro semestre, o mercado espera resolver definitivamente a judicialização do risco hidrológico (GSF, na sigla em inglês), problema que se estende há anos e trava valores bilionários em liquidações financeiras do mercado de curto prazo.

Outro tema que promete ganhar relevância já no início do ano é a segurança das operações no mercado livre. As discussões vêm se intensificando desde 2019, quando o setor viveu a “crise das comercializadoras”. O episódio acendeu o alerta para a necessidade de aprimoramentos regulatórios, em meio à expansão do mercado livre e à aproximação com o setor financeiro, com o lançamento de produtos como os derivativos de energia.

No segmento de distribuição, as empresas aguardam a decisão final sobre reequilíbrio contratual pelos impactos da pandemia. No fim de 2020, a Aneel abriu a 3ª fase da consulta pública, acatando alguns pleitos das distribuidoras e incluindo, no debate, os temas de sobrecontratação involuntária e de alocação dos custos do spread do empréstimo “Conta Covid”.

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No âmbito legislativo, várias pautas estão à espera de encaminhamento, algumas com risco de perder validade. É o caso da medida provisória 998/2020, que altera regras do setor elétrico e remaneja recursos para reduzir as tarifas de energia de consumidores da região Norte.

Para Mário Menel, presidente do Fórum das Associações do Setor Elétrico (FASE), o projeto de modernização do setor (PLS 232/2016) está no topo da lista das pautas prioritárias para 2021. Ele destaca ainda na agenda setorial a Nova Lei do Gás e o projeto sobre licenciamento ambiental.

Defasagem do preço do diesel passa de 10%, diz CBIE

Míriam Leitão (O Globo): A Petrobras fez ontem (18/01) um reajuste de 8% no preço da gasolina, mas curiosamente não aumentou o preço do diesel. Há risco de uma greve dos caminhoneiros no início do mês que vem, e parece que a estatal não quis ser responsabilizada por um evento que afetaria a economia e a popularidade do presidente Jair Bolsonaro.

Pelas contas do consultor Adriano Pires, do Centro Brasileiro de Infraestrutura (CBIE), a defasagem do preço do diesel no Brasil em relação ao praticado internacionalmente está entre 10% e 13%. Ou seja, a estatal estaria vendendo mais barato do que o seu custo de produção e importação, com prejuízo no negócio.

“O presidente da Petrobras, Roberto Castelo Branco, diz que não vai cair no erro do Pedro Parente, de fazer reajustes diários. Mas o fato é que uma defasagem de 13% é alta e ele parece estar com dificuldade para diminuir isso. Hoje (ontem), por exemplo, reajustou a gasolina, mas não mexeu no diesel”, explicou Pires.


EDP inaugura usina solar no sul de Minas

O Diário do Comércio (MG) informa que a elétrica EDP Brasil concluiu mais um projeto de usina solar em Minas Gerais. Dessa vez, o empreendimento de R$ 2,2 milhões, visa atender parte das unidades da rede de academias Smart Fit, e foi construído no município de Sacramento, no sul do estado. A instalação vai gerar 1.699 megawatts-hora (MWh) por ano, energia capaz de atender cerca de 707 residências no mesmo período.

O empreendimento é da divisão EDP Smart, braço da companhia responsável pela implementação de projetos solares para fornecimento de energia renovável a clientes comerciais e residenciais. De acordo com a reportagem, desde 2017, a empresa já negociou 58,9 megawatts-pico (MWp) em projetos de energia solar – 28,1 MWp já instalados e 30,8 MWp em desenvolvimento.

ExxonMobil recebe licença para campanha de perfuração no pré-sal

A ExxonMobil recebeu licença ambiental do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais (Ibama) para iniciar a campanha de perfuração em blocos com potencial para descobertas no pré-sal nas bacias de Campos e Santos, informa o portal Gás Net.

O projeto prevê perfuração de dois poços firmes e quatro contingentes aos resultados da campanha. Ao todo, a empresa mapeou 15 possíveis locações nos blocos BM-C-753, BM-C-789 (ambos em Campos), BM-S-536, BM-S-647 e Titã (os três em Santos).

A licença do Ibama é válida por quatro anos, mas o cronograma preliminar prevê uma campanha com dois a três anos de duração, considerando a realização de testes de formação nos poços.

A ExxonMobil contratou a sonda West Saturn, da Seadrill, que já está no Brasil. A área total dos blocos é de aproximadamente 3,2 mil km², com lâmina d’água entre 2,6 mil e 3,1 mil metros. O ponto mais próximo fica a cerca de 200 km da costa.

PANORAMA DA MÍDIA

O principal destaque dos jornais nesta terça-feira (19/01) são as dificuldades na importação de doses e de insumos para produzir vacinas – uma grande ameaça à campanha de imunização brasileira, iniciada no último domingo (17/01) em São Paulo. Para especialistas, há risco real de a vacinação contra a covid-19 ser interrompida em pouco tempo, por falta total de imunizantes.

O plano de imunização começou com apenas seis milhões de doses da Coronavac, importadas da China. Outros dois milhões de doses do imunizante Oxford / AstraZeneca, produzidas na índia, já deveríam ter chegado. Mas, depois de dois adiamentos, o governo desistiu de fixar nova data para receber o produto. O volume disponível não é suficiente nem mesmo para vacinar os profissionais de saúde, que somam cinco milhões de pessoas no Brasil. (O Estado de S. Paulo)

Em São Paulo, o estoque de IFA (Ingrediente Farmacêutico Ativo), o princípio ativo da Coronavac e do imunizante da AstraZeneca, só permitirá a formulação e o envase da vacina do Butantan até o fim de janeiro. No Rio de Janeiro, a situação é pior em relação à vacina da britânica AstraZeneca/ Universidade de Oxford: a entrega do produto nem começou, apesar de ser esperada desde o final do ano passado. (Folha de S. Paulo)

Os governadores foram autorizados a iniciar suas campanhas a partir das 17h de ontem (18/01), mas somente 17 unidades federativas receberam a vacina até as 22h, e 11 começaram seu programa de imunização. Além dos problemas de logística, preocupa a baixa quantidade de doses disponíveis. O governo de São Paulo solicitou ontem à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) uma nova autorização para o uso emergencial de um lote já pronto de 4,8 milhões de doses de CoronaVac fabricadas no Brasil pelo Instituto Butantan. (O Globo)

O contrato de compra prevê que o primeiro lote do IFA chegue até o fim de janeiro mas, na avaliação de fontes que acompanham a negociação em Pequim, a deliberação está presa na burocracia chinesa e não há data para esse envio. A China vacinou apenas dez milhões de pessoas, de uma população de quase 1,4 bilhão.

Agora, o governo chinês quer ampliar a imunização, começando pelos profissionais de saúde, o que exigiria, de imediato, 50 milhões de doses.A China tem quatro fábricas com capacidade para produzir três bilhões de doses. Mas, neste momento, a demanda vem do mundo inteiro e há prioridades do governo chinês, entre elas a África. (Valor Econômico)

 

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