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Setor químico tem R$ 70 bilhões em projetos à espera de gás natural – Edição do dia

Reportagem publicada hoje (15/5) pelo Valor Econômico destaca que a indústria química brasileira, a sexta maior do mundo, tem cerca de R$ 70 bilhões em investimentos que podem sair do papel se a oferta de gás natural for ampliada no mercado nacional.

Com previsão de demanda adicional de 14 milhões de metros cúbicos por ano do insumo, considerando-se apenas seu uso como matéria-prima, há na fila de projetos duas fábricas de fertilizantes, uma de metanol, uma nova central petroquímica, a duplicação de uma planta de eteno e a flexibilização de outra unidade de eteno, que hoje usa nafta, para base gás.

De acordo com a reportagem, o setor é responsável por quase 30% do consumo industrial de gás, e usa anualmente 3 milhões de metros cúbicos do insumo como matéria-prima e 9,7 milhões de metros cúbicos como energético e utilidades. Isso significa que a disponibilidade teria no mínimo de dobrar, nos próximos anos, para que todos os projetos saiam do papel.

Renova Energia: prejuízo recua 32,8% em um ano, para R$ 44,4 milhões no primeiro trimestre

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A Renova Energia, em recuperação judicial, registrou prejuízo líquido de R$ 44,4 milhões no primeiro trimestre deste ano, queda de 32,8% nas perdas em comparação com o mesmo período do ano anterior. A receita cresceu 117,2% de janeiro a março, para R$ 72,1 milhões.

O Ebitda (resultado antes de juros, impostos, amortização e depreciação) ficou em R$ 20,9 milhões, contra indicador negativo de R$ 7,4 milhões no mesmo período de 2022. As receitas financeiras totalizaram R$ 1 milhão nos primeiros três meses do ano, queda anual de 86,8%, enquanto as despesas financeiras recuaram 32,7%, para R$ 40,5 milhões. Com isso, o resultado financeiro ficou negativo em R$ 39,5 milhões de janeiro a março deste ano, uma redução de 24,8% ante igual intervalo de 2022. (Valor Econômico)

Vibra: lucro líquido cai 75% no 1º trimestre na comparação anual, para R$ 81 milhões

A Vibra fechou o primeiro trimestre com lucro líquido de R$ 81 milhões, o que significou um recuo de 75,1% na comparação com os R$ 325 milhões de igual período do ano passado. A receita líquida ajustada subiu 1,8% na mesma comparação, para R$ 39,2 bilhões. O Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) ajustado recuou 36,9%, para R$ 688 milhões.

Segundo a companhia, os resultados do primeiro trimestre tiveram forte influência da redução de preços de derivados de petróleo ocorridas no fim de 2022 e ao longo dos três primeiros meses deste ano, “trazendo impacto contábil relevante nos inventários de produtos, especialmente em diesel, óleo combustível e combustível para aviação”. (Valor Econômico)

Petrorecôncavo: lucro líquido no 1º tri cai 50% na comparação anual, para R$ 199,5 milhões

A Petrorecôncavo fechou o primeiro trimestre com lucro líquido de R$ 199,5 milhões, queda de 50% frente aos R$ 401,8 milhões de igual período do ano passado. A receita líquida da empresa subiu 2% no primeiro trimestre, para R$ 719,2 milhões. O Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) ajustado recuou 19% na mesma comparação, para R$ 406,3 milhões. Segundo a empresa, a receita foi impactada pela redução no preço do petróleo e parcialmente compensada pelo aumento de produção e uma melhora nos descontos médios contratuais.

No primeiro trimestre de 2023, a companhia registrou produção média de 24.415 barris de óleo equivalente por dia, um aumento de 6% versus o quarto trimestre de 2022 e de 25% na comparação com igual período do ano anterior. O custo médio de produção do primeiro trimestre de 2023 foi de US$ 12,92, alta de 6% versus o trimestre anterior. (Valor Econômico)

Sistemas isolados: mais renováveis e menos diesel

O Canal Energia publicou, na última sexta-feira (12/5), uma reportagem a respeito dos sistemas isolados do país. Definidos como sistemas de distribuição de energia que não estão conectados ao Sistema Interligado Nacional (SIN) por motivo técnico ou econômico, os sistemas isolados estão presentes na sua maioria na região Norte do país, localidades nos estados do Acre, Amapá, Amazonas, Pará, Rondônia e Roraima, explica a reportagem.

A figura do isolado pode trazer em um primeiro momento a região remota, mas grandes cidades, como Cruzeiro do Sul, a segunda maior do Acre, e Boa Vista, em Roraima, estão nessa modalidade. O município roraimense é a única capital que ainda não está conectada ao SIN. Ao longo da segunda metade deste século, a transmissão avançou no país, na esteira das hidrelétricas que foram implantadas no Norte. Rondônia, Amapá e Amazonas foram estados conectados à rede. O Mato Grosso, que tinha sistemas, deixou de fazer parte dos isolados em 2022.

Em 2023, os sistemas isolados devem representar cerca de 0,6% da carga no SIN, segundo o Operador Nacional do Sistema Elétrico. A geração dos sistemas é subsidiada pela Conta de Consumo de Combustíveis e apesar do valor ínfimo de carga, o montante previsto para esse ano é de R$ 12 bilhões. O valor está inserido na conta de Desenvolvimento Energético, que esse ano será de R$ 34,9 bilhões e o valor será rateado pelos consumidores de energia.

Petrobras confirma discussão sobre mudança em política de preço para diesel e gasolina

A Petrobras publicou um comunicado ao mercado ontem (14/5) à tarde confirmando que está discutindo internamente alterações em suas políticas de preço para diesel e gasolina, que serão analisadas pela diretoria executiva no início desta semana e que poderão resultar em uma nova estratégia comercial para definição de preços desses combustíveis.

No comunicado, a Petrobras afirmou ainda que eventuais mudanças estarão pautadas em estudos técnicos, em observância às práticas de governança e os procedimentos internos aplicáveis.

Na última sexta-feira (12/5), o presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, já havia dito que a companhia iria reavaliar o preço dos combustíveis nesta semana e divulgar informações sobre a sua nova estratégia de preços. (O Estado de S. Paulo)

Light S.A.: Credores prometem batalha legal contra pedido de recuperação judicial

A Light S.A., controladora da concessionária de energia do Rio, entrou com pedido de recuperação judicial na 3ª Vara Empresarial do Rio, na sexta-feira (12/5). Com dívidas de quase R$ 11 bilhões, a empresa vem enfrentando dificuldades há meses em razão dos “gatos” e da queda no consumo, além de sofrer o impacto do juro alto, que encareceu o crédito.

O jornal O Globo informa que a legislação, porém, proíbe concessionárias de energia de recorrerem à proteção contra credores, que funciona como uma blindagem no caixa até que a companhia consiga se reorganizar. Investidores viram no movimento da empresa uma manobra jurídica e prometem travar batalha nos tribunais com a companhia. Ligadas à Light S.A. estão empresas como a Light Serviços de Eletricidade (distribuidora), a Light Energia (de geração), a LightCom (comercializadora), a Light Conecta, de serviços, e o Instituto Light.

Como a Light chegou ao pedido de recuperação judicial

O principal destaque da edição de sábado (13/5) do jornal O Estado de S. Paulo foi uma reportagem explicando como dívida, ‘gatos’ em excesso e crise levaram a Light a pedir recuperação judicial. De acordo com a reportagem, o pedido de recuperação judicial da Light é resultado de uma série de fatores, que vão desde questões financeiras até algumas decisões equivocadas.

Com quase 124 anos de existência, a companhia viu suas receitas caírem, a dívida subir e o caixa minguar nos últimos dois anos. Ao mesmo tempo, os furtos e fraudes de energia continuaram a crescer, sem uma política eficaz para contornar o problema. Em março deste ano, os chamados “gatos” representaram 58% de toda energia comprada pela empresa para atender a baixa tensão (pequenos consumidores).

Na prática, isso significa perda de receita e aumento de despesas, já que ela compra 100% da energia consumida na área, mas só fatura 42%. Normalmente, a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) repassa para a tarifa parte das perdas nos reajustes anuais, mas isso ocorre apenas uma vez ao ano, o que provoca um descasamento no caixa da companhia.

Segundo levantamento do chefe comercial do Trademap, Elnar Rivero, a receita a Light em 2022 foi R$ 1,6 bilhão menor do que a de 2021. Enquanto isso, a dívida líquida avançou R$ 1 bilhão. O reflexo no caixa foi um recuo de R$ 1,5 bilhão. Parte da queda de receitas é resultado da Lei nº 14.385, de junho do ano passado, que determinou a devolução integral, aos consumidores, de créditos tributários conquistados após a exclusão do imposto sobre circulação de mercadorias e serviços (ICMS) da base de cálculo do PIS/Cofins nas contas de luz.

Calote da Light é o segundo golpe na imagem de Beto Sicupira, acionista majoritário das Americanas

Na sua edição de sábado (13/5), o jornal O Estado de S. Paulo publicou uma série de reportagens a respeito da situação da Light, que fornece energia elétrica para o Rio de Janeiro. O foco de uma delas é o empresário Beto Sicupira, detentor de 10% de participação na Light e um dos maiores acionistas do grupo Americanas , também em dificuldades financeiras.

A reportagem destaca que a dívida de R$ 11 bilhões da Light, anunciada no pedido de recuperação judicial da empresa, é o segundo golpe na reputação de Beto Sicupira. Somadas, as dívidas não honradas pelas duas empresas (Light e Americanas) neste ano chegam a R$ 54 bilhões. Os credores vão desde pequenos negócios a acionistas minoritários, investidores debenturistas e passivos trabalhistas.

Ainda de acordo com a reportagem, o investidor e empresário, que integra o 3G Capital ao lado de Jorge Paulo Lemann e Marcel Telles, já perdeu mais de 80% do investimento feito na empresa.

Sicupira comprou 30 milhões de ações da Light em outubro de 2020, pelo valor de R$ 550 milhões. Hoje, o valor é de R$ 110 milhões. A perda é de R$ 440 milhões.

A Light é a quinta maior distribuidora de energia elétrica do país quando se considera a população atendida. A empresa presta serviços para 10,9 milhões de pessoas, de acordo com dados da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel). (O Globo)

PANORAMA DA MÍDIA 

Folha de S. Paulo: a política de valorização do salário mínimo pode pressionar a sustentabilidade do arcabouço fiscal desenhado pelo ministro Fernando Haddad (Fazenda) nos próximos anos. É possível que o salário mínimo avance num ritmo mais célere do que a regra geral das despesas, o que tem sido apontado por economistas como uma incongruência entre políticas. A medida deve custar R$ 82,4 bilhões entre 2024 e 2026, segundo estimativa do governo. Só no ano que vem, o cálculo indica um gasto extra de R$ 18,1 bilhões, ainda não contemplado na proposta de LDO (Lei de Diretrizes Orçamentárias).

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Valor Econômico: Disputas judiciais envolvendo o PIS e a Cofins podem se transformar em uma boa fonte de receita para a União. Estão em jogo, no Superior Tribunal de Justiça (STJ) e no Supremo Tribunal Federal (STF), R$ 635,4 bilhões. O valor representa mais da metade do risco previsto pelo governo para os casos tributários relevantes nos tribunais superiores, que é de R$ 892,8 bilhões, segundo a proposta da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) de 2024.

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O Estado de S. Paulo: Juros altos e incertezas em relação ao emprego e à renda estão adiando o sonho da compra da casa própria. No primeiro trimestre deste ano, 40% do brasileiros pretendiam adquirir um imóvel residencial novo ou usado nos próximos três meses – a menor marca em três anos, quando a parcela daqueles que pretendiam adquirir um imóvel era de 36%, segundo pesquisa da Raio-X FipeZap+.

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O Globo: Falta de insulina no SUS já afeta os pacientes. As prateleiras vazias de insulina rápida nos estados é fruto de tentativas frustradas do Ministério de Saúde de comprar o produto. Nos dois últimos pregões regulares abertos pela pasta, em agosto de 2022 e em janeiro de 2023, não houve propostas. Em nota publicada no início de abril, a pasta informou que o estoque de insulina rápida acabaria a partir de maio.