O leilão de energia nova A-4, realizado na semana passada, resultou em um volume de contratação muito aquém das expectativas do setor de energia solar fotovoltaica e da própria necessidade do país.
Essa é a avaliação feita pela Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (Absolar), que considera os preços médios do certame fora dos patamares de referência da fonte no Brasil. O deságio foi de 75,6% em relação ao preço inicial de R$ 276,00/MWh, atingindo um preço médio de venda de energia elétrica de R$ 67,48/MWh (equivalente a US$ 17,62/MWh).
“O montante contratado foi muito baixo em comparação com o número elevadíssimo de projetos participantes do leilão. Apenas duas distribuidoras de energia elétrica contrataram projetos no leilão. Isso ocasionou uma alta competição entre os concorrentes”, afirmou Rodrigo Sauaia, presidente da Absolar. Os projetos solares fotovoltaicos contratados estão localizados nas regiões Nordeste e Sudeste, nos estados do Ceará (163,7 MW), e Minas Gerais (40,0 MW). As informações são do site Grandes Construções.
Abegás tenta limitar domínio da Petrobras no mercado de gás natural
O jornal O Estado de S. Paulo informa que a Associação Brasileira de Empresas Distribuidoras de Gás Canalizado (Abegás) entrou com um inquérito administrativo no Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade), na última segunda-feira (01/07), para tentar limitar definitivamente o domínio da Petrobras nesse mercado, no qual a estatal é a principal vendedora, compradora e transportadora do combustível.
A reportagem ressalta, no entanto, que a própria Petrobras tem demonstrado intenção de vender ativos. Mas, na visão da Abegás, apenas a intenção da estatal não será suficiente para garantir a livre concorrência. A entidade defende a aplicação de medidas restritivas, como a revisão de contratos de venda do gás e a adoção de uma fórmula de preços que deve valer para todos os compradores. Procurada pelo jornal, a Abegás diz que seu posicionamento está no inquérito. A Petrobras não comentou o assunto.
Petrobras quer até R$ 9,4 bilhões por ações da BR
A Petrobras agendou para o fim deste mês uma nova oferta de ações da BR Distribuidora, com a qual espera reduzir sua participação na subsidiária para menos de 50%. A empresa estima receber até R$ 9,4 bilhões se todos os papéis ofertados forem vendidos, informa a Folha de S. Paulo.
De acordo com a reportagem, a Petrobras vai oferecer entre 25% e 33,75% das ações da BR, em uma operação que se tornou possível após decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) liberando a privatização de subsidiárias de estatais sem o aval do Congresso.
Argentina culpa transmissora por apagão de energia em junho
Uma sucessão de falhas iniciada pela transmissora de eletricidade Transener causou o apagão que afetou a Argentina e o Uruguai em 16 de junho, disse ontem (03/07) o secretário de Energia argentino, Gustavo Lopetegui. Segundo ele, a Transener não cumpriu o protocolo de segurança estabelecido, gerando a primeira falha. Geradoras e distribuidoras não reagiram, o que acabou causando o apagão, que se estendeu por 14 horas. Em 45 dias, um relatório final poderá estabelecer penalidades no caso. As informações são da Folha de S. Paulo.
PANORAMA DA MÍDIA
Após reunião com líderes partidários, ontem (03/07), o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), afirmou que não houve acordo para flexibilizar regras para policiais na reforma da Previdência, apesar da tentativa do presidente Jair Bolsonaro. Este é o destaque de hoje do Correio Braziliense e de quase todos os principais jornais do país.
O Estado de S. Paulo informa que o presidente propôs mudanças para suavizar as regras de aposentadoria de agentes da Polícia Federal, Rodoviária Federal e Legislativa, mas a própria categoria não aceitou. O Globo destaca que, “depois de segurar a votação da reforma da Previdência por vários dias, os partidos do Centrão fecharam ontem acordo para destravar a proposta na Comissão Especial da Câmara dos Deputados. O deputado Samuel Moreira (PSDB-SP), relator do texto, aceitou mudar pontos que desagradavam aos partidos, fazendo um novo adendo a seu voto. Mas um dos aspectos mais sensíveis da negociação – o lobby dos policiais federais por regras de aposentadoria mais brandas – ainda precisa ser resolvido”.
O Valor Econômico informa, em seu site, que a Comissão Especial deve votar o relatório nesta quinta-feira (04/07). A reportagem ressalta que após quase seis horas de debates, a sessão foi encerrada nesta madrugada sem votar o parecer o relator Samuel Moreira (PSDB-SP). Porém, foi concluída a análise de todos os requerimentos da oposição e nova sessão foi marcada para às 9h de hoje, para a análise do mérito do texto de mudanças no sistema de aposentadoria e dos destaques apresentados ao parecer do relator.
A pauta do principal destaque da Folha de S. Paulo foi uma carta enviada com exclusividade ao jornal, pela testemunha-chave para a condenação do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva no caso do tríplex de Guarujá (SP), o empreiteiro Léo Pinheiro, ex-executivo da construtora OAS. Na carta, ele reafirma as acusações que fez contra o petista, diz que todas foram endossadas por provas e rechaça a possibilidade de ter adaptado suas declarações para que seu acordo de delação premiada fosse aceito pela Lava Jato.