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Silva e Luna é oficializado no conselho de administração da Petrobras – Edição da Manhã

O governo conseguiu eleger ontem (12/04), em assembleia de acionistas da Petrobras, sete dos oito executivos que indicou para a renovação do colegiado após debandada provocada pela troca no comando da companhia, informa a Folha de S. Paulo.

No encontro, os acionistas aprovaram também a destituição do presidente da estatal, Roberto Castello Branco, e a nomeação para o conselho de administração de seu substituto, o general Joaquim Silva e Luna – que agora pode ser eleito pelo próprio conselho para comandar a empresa.

Nos últimos dias, investidores minoritários da Petrobras negociaram uma ofensiva para emplacar mais nomes no colegiado, que tem a última palavra sobre decisões estratégicas, com o objetivo de tentar limitar os riscos de intervenção da União na gestão da empresa.

A ideia era tentar emplacar dois ou três nomes ligados a investidores privados em vagas ocupadas pela União na gestão atual, mas a estratégia foi mal sucedida. Apenas um dos indicados pelos minoritários, Marcelo Gasparino, conseguiu votos suficientes para se eleger.

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Assim, a composição de forças não se altera, pois uma das vagas da União já era ocupada por um representante dos minoritários, o advogado Leonardo Pietro Antonelli, desde julho de 2020. O conselho da Petrobras tem 11 cadeiras, oito delas geralmente ocupadas por indicados do governo. Outras duas são reservadas a acionistas minoritários e a última, a um representante dos trabalhadores da estatal.

Atraso em linhão para conectar Roraima ao SIN tem custo bilionário

Reportagem publicada hoje (13/04) pelo Valor Econômico informa que o atraso na linha de transmissão Manaus-Boa Vista já custou R$ 2,6 bilhões aos consumidores brasileiros. O cálculo, feito pelo Instituto Acende Brasil a pedido do Valor, considera os subsídios embutidos na conta de luz para a geração termelétrica local desde 2015, ano em que o empreendimento, que finalmente conectará Roraima ao Sistema Interligado Nacional (SIN), deveria ter entrado em operação.

Licitado há quase 10 anos, o projeto não teve sequer as obras iniciadas devido a um impasse no licenciamento ambiental e há pouca visibilidade sobre seu futuro. Recentemente, uma decisão judicial abriu caminho para a relicitação do empreendimento, o que poderia atrasar ainda mais a ligação do Estado ao SIN e prolongar a situação delicada do abastecimento elétrico local.

Segundo a reportagem, no cenário mais otimista, com o começo das obras ainda neste ano, a linha ficaria pronta em 2024. Na ausência do linhão e da importação de energia da Venezuela, Roraima vem dependendo integralmente da geração termelétrica local, com combustível subsidiado pela Conta de Desenvolvimento Energético (CDE), encargo cobrado na conta de todos os consumidores do país.

ANP publica edital de 79º leilão de biodiesel, que começa amanhã

A Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) publicou ontem (12/04) o edital do 79º leilão de biodiesel, que passará a negociar o biocombustível para uma mistura obrigatória de 10% no diesel, após redução temporária ante os 13% inicialmente estipulados. O leilão será retomado com a apresentação das ofertas amanhã (14/04).

O certame havia sido interrompido na semana passada, com integrantes do mercado citando a alta nos preços do combustível como motivo, diante de firme demanda pela soja, principal matéria-prima do biocombustível. Por conta do cenário, o governo determinou a redução da mistura obrigatória. (IstoÉ Dinheiro – com informações da agência de notícias Reuters)

2W fecha financiamento privado para eólica no Rio Grande do Norte

A companhia de geração e comercialização 2W Energia assinou acordo de financiamento com a gestora de investimentos americana Darby no valor de US$ 45 milhões (R$ 252 milhões) para viabilizar a construção de seu primeiro parque eólico.

Conforme reportagem do Valor Econômico, o projeto Anemus (RN) tem investimento estimado em R$ 652 milhões, sendo que cerca de um terço virá do acordo com o fundo americano, com o restante viabilizado por meio da emissão de debêntures incentivadas, coordenada pelo BTG Pactual.

Ainda de acordo com o Valor, o arranjo marca a mudança em curso no perfil dos financiamentos para projetos de energia eólica no mercado livre no país. Até então, os projetos eram apoiados majoritariamente por bancos estatais de fomento – com destaque para o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e o Banco do Nordeste (BNB) – e tinham desembolsos assegurados com base em contratos firmes de longo prazo com grandes consumidores da energia. A partir de agora, a tendência é de maior apoio do capital privado.

Eldorado começa a operar termoelétrica com biomassa de eucalipto

A Eldorado Brasil, uma das grandes produtoras de celulose no país, iniciou a operação de sua primeira usina termoelétrica movida a biomassa de eucalipto. A geração de energia é suficiente para abastecer uma cidade de 700 mil habitantes. O empreendimento utiliza como matéria-prima tocos e raízes dos eucaliptos colhidos para a fabricação de celulose.

Batizada de Onça Pintada, a usina contou com investimentos da ordem de R$ 400 milhões, realizados com recursos próprios. A nova estrutura funciona dentro do complexo da fábrica de celulose, em Três Lagoas (MS), com capacidade para gerar 432 mil megawatts de energia por ano. (portal BrasilAgro, com informações da Forbes Brasil)

PANORAMA DA MÍDIA

A convocação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar a atuação do governo federal na pandemia de covid-19 é o principal destaque de hoje em jornais de circulação nacional.

A Folha de S. Paulo informa que a base do governo no Senado preparou uma ofensiva para minar a CPI, que está prevista para ser oficialmente criada nesta terça-feira (13/04). Obstruções regimentais, assinaturas em uma CPI alternativa e pressão para que não sejam indicados membros por parte dos partidos são algumas das estratégias usadas por líderes do governo e bancadas aliadas.

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Reportagem do jornal O Estado de S. Paulo destaca que nos últimos dias, o presidente Jair Bolsonaro intensificou as articulações para sair do foco e ampliar o escopo das investigações. O movimento fez senadores governistas deflagrarem uma operação de guerra para atropelar a CPI proposta originalmente, que tem como alvo as falhas cometidas pelo governo federal na pandemia do novo coronavírus.

Em menos de 12 horas um pedido para abertura de uma segunda CPI, desta vez atingindo a atuação de governadores e prefeitos na crise sanitária, conseguiu 37 assinaturas, dez a mais do que as 27 necessárias. A estratégia para buscar assinaturas para esta segunda CPI teve o apoio do Planalto e o requerimento foi apresentado pelo senador Eduardo Girão (Podemos-CE).

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O jornal O Globo também traz informações sobre a convocação de uma CPI paralela da covid-19. De acordo com a reportagem, a base governista começou a se movimentar para tirar o governo federal do epicentro das investigações. Contrariado com a abertura da comissão que investigará o Planalto, o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, já informou que vai consultar a Secretaria-Geral da Mesa Diretora se a criação de uma CPI para investigar a gestão de governadores no combate à pandemia viola o regimento do Senado. Isso porque, segundo o regimento interno, a Casa não pode criar CPI sobre questões inerentes aos estados.

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O Valor Econômico traz como principal destaque da edição desta terça-feira (13/04) uma entrevista com o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, em que ele afirma que não pretende pautar pedidos de impeachment de ministro do Supremo Tribunal Federal, como medida de reação à decisão do ministro do STF Luís Roberto Barroso que obrigou à instalação imediata da CPI da pandemia. Para Pacheco, pedidos de impeachment “não podem ser banalizados em atos de revanchismo ou retaliação”.