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Sobradinho se recupera de estiagem – MegaExpresso – edição das 10h

Começam a valer hoje (01/05) novas diretrizes para a operação do Sistema Hídrico do Rio São Francisco, que é formado pelos reservatórios de Três Marias (MG), Sobradinho (BA), Itaparica (BA/PE), Moxotó (AL), Paulo Afonso I, II, III e IV (BA) e Xingó (AL/SE).

Dessa forma, após anos de menor defluência e volume útil de armazenamento por conta da estiagem, a barragem de Sobradinho, que abastece Pernambuco, volta a operar como no período pré-seca, favorecendo o Vale do São Francisco. A mudança na vazão foi possível em virtude da recuperação no armazenamento das barragens, informam o portal Folha de Pernambuco e o site Paranoá Energia.

A nova forma de operação dos principais reservatórios tem por objetivo adaptar o Sistema Hídrico do Rio São Francisco a um novo contexto hidrometeorológico e promover a segurança hídrica da região, tanto em situações de normalidade quanto em períodos de escassez hídrica.

A reportagem informa que em Sobradinho, a vazão diária hoje é de 800 metros cúbicos por segundo, 250 a mais que no período mais severo de seca. O aumento é acompanhado de um crescimento no volume útil da barragem. Segundo a Agência Nacional de Águas (ANA), o volume útil de Sobradinho teve alta de 13,73% nos últimos três meses e chegou a 48,76% em 29 de abril. No auge da seca em 2015, a barragem chegou ao nível mínimo de 1,05%. No fim de 2018, estava em 35,03%.

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A nova situação no Vale do São Francisco favorece o setor energético. A expectativa do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) é que o nível dos lagos da bacia saia dos atuais 57% para 60% nas próximas semanas. Com o aumento no nível da água, as hidrelétricas da região já estão gerando mais energia do que em meses anteriores.

Bolsonaro garante linhão Manaus/Boa Vista

Em entrevista à TV Bandeirantes, o presidente Jair Bolsonaro disse ontem (30/04) que a linha de transmissão entre Manaus (AM) e Boa Vista (RR) será construída “independentemente da manifestação dos índios”. O presidente afirmou que a solução para essa questão será dada em 15 de maio. O objetivo do linhão é resolver o problema energético de Roraima, já que parte do Estado depende de energia importada da Venezuela.

Em fevereiro, o governo definiu que o linhão é uma “alternativa energética estratégia para a soberania e defesa nacional”. O linhão foi leiloado em 2011 e em sua extensão há uma parte pertencente aos índios Waimiri-Atroari, que vivem no sul de Roraima e norte do Amazonas, o que tem impedido a construção da estrutura. As informações são do site Paranoá Energia.

PANORAMA DA MÍDIA

O confronto entre opositores e as forças militares da Venezuela é o destaque de hoje (01/05) nos principais jornais de circulação nacional, que trazem reportagens e análises sobre a situação do país vizinho. “O líder opositor venezuelano Juan Guaidó mobilizou ontem parte dos militares em uma tentativa de sublevação contra o presidente Nicolás Maduro. Ao longo do dia, o governo reprimiu manifestações em Caracas e nas principais cidades do país e conseguiu manter a coesão das Forças Armadas, levando alguns opositores a se refugiar em embaixadas. Mais de 60 pessoas ficaram feridas e 25 foram presas”, descreve o jornal O Estado de S. Paulo.

O site do jornal O Globo atualizou há pouco (01/05 – 10h) o número de detidos – 119 – e informou que a Venezuela se prepara para mais um dia de protestos.

Em sua coluna de hoje no Globo, a jornalista Miriam Leitão analisa a situação da Venezuela. “O fracasso do movimento de ontem de Juan Guaidó não muda o fato de que o governo Nicolás Maduro está no fim. Não há poder que sobreviva a uma hiperinflação de dez milhões por cento e um PIB em queda livre há cinco anos. É uma questão de tempo. Maduro tem permanecido, apesar de ter demolido a economia, porque entregou o governo aos militares e montou uma máquina de guerra com as Forças Armadas, a Guarda Nacional Bolivariana, as milícias e os coletivos. Contudo, não há saída fácil para a Venezuela.”

Miriam Leitão ressalta que “os líderes militares brasileiros acompanharam com atenção cada evento no país vizinho ontem, mas desde cedo se convenceram de que o silêncio da cúpula militar e as informações contraditórias não confirmavam a garantia que Guaidó dera de que as Forças Armadas tinham mudado de lado. O líder da oposição fez uma aposta alta e perdeu. No fim do dia, já se ouvia em fontes diplomáticas que ele poderia ser preso. Por contraditório que pareça, a fraqueza de Guaidó não revela força de Maduro”.

A Folha de S. Paulo destaca, na coluna ‘Painel’, que a ala militar do governo brasileiro teme que a violência na Venezuela aumente a pressão por intervenção no país.  “Generais que descartavam taxativamente qualquer intervenção externa sobre a ditadura de Nicolás Maduro consideram que a eventual degeneração da crise em conflitos armados daria força a americanos e integrantes do núcleo ideológico do bolsonarismo, que defendem o envio de uma missão ao país”, informa o jornal.

Outro destaque nos jornais de hoje foi a morte da cantora Beth Carvalho, conhecida como Madrinha do Samba, ontem, aos 72 anos, no Rio de Janeiro. “Sofisticada e ao mesmo tempo popular, ela ficou ao lado do samba até o fim”, ressalta a matéria da Folha. Beth Carvalho estava internada no Hospital Pró-Cardíano desde o início do ano. Ela morreu de infecção generalizada. O velório da cantora será realizado hoje, a partir das 10h, na sede do Botafogo (RJ). A cerimônia de cremação está marcada para o fim da tarde.

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