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Com baixo retorno, empresas desistem de projetos de geração renovável no Brasil - Edição do dia

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UFV Bom Jesus da Lapa
Usina solar Bom Jesus da Lapa. Foto: Enel Brasil

Após quase duas décadas de crescimento expressivo, a geração de energia por fontes renováveis, cuja expansão é fundamental para viabilizar a descarbonização, está em baixa no Brasil. Nos últimos meses, cresceu o número de pedidos de revogação de outorgas de empreendimentos das fontes solar, fotovoltaica e eólica.

Os grupos econômicos desistentes não enxergam uma solução no curto prazo para que os investimentos tenham retorno alinhado com as expectativas de receita iniciais dos projetos.

A queda da atratividade ocorre num cenário que combina juros e câmbio elevados, preços baixos para contratos futuros de energia elétrica, sobreoferta estrutural e falta de consumo. (MegaWhat/Folha de S.Paulo)

Sonda da Petrobras deve chegar à Foz do Amazonas nesta segunda-feira

O Valor Econômico informa que o navio sonda da Petrobras designado para a perfuração na Foz do Amazonas, região da Margem Equatorial, deve chegar ao local da atividade nesta segunda-feira (30/6), segundo a companhia. No sábado (28/6), a embarcação se aproximava do Estado do Maranhão, conforme ferramenta de monitoramento de navios, a caminho do chamado poço Morpho, na bacia da Foz do Amazonas, onde devem iniciar os trabalhos quando houver autorização do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama).

O navio ODN II, da fornecedora Foresea, deixou a Baía de Guanabara em 7 de junho, segundo a Petrobras informou ao Ibama, depois de passar por serviços de limpeza do casco. A embarcação fez uma parada em Cabo Frio, Região dos Lagos do Rio, para carregamento de materiais antes de seguir para o norte do país.

A Petrobras ainda aguarda que o Ibama confirme uma data para realização da Avaliação Pré-Operacional (APO), a última etapa dentro do processo de licenciamento. A APO é um simulado em que a petroleira demonstra capacidade de atender a vazamentos. Para realizar a atividade, a sonda precisa estar no local.

A estatal havia apontado ao órgão ambiental a data de 14 de julho para realizar a APO. Procurado pelo Valor, o Ibama disse que a data ainda não foi confirmada.

Bandeira tarifária de julho permanece vermelha patamar 1

A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) informou, na sexta-feira (27/6), o acionamento da bandeira vermelha, no patamar 1, para o mês de julho – a mesma sinalização que ocorreu em junho. Isso significa que as contas de energia elétrica continuarão recebendo adicional de R$ 4,46 (quatro reais e quarenta e seis centavos) para cada 100 quilowatts-hora (kWh) consumidos.

A Aneel explica que a continuidade do cenário de afluências abaixo da média em todo o país reduz a geração de energia por hidrelétricas. Esse quadro tende a elevar os custos de geração de energia, devido à necessidade de acionamento de fontes mais onerosas para geração, como as usinas termelétricas.

Cortes no orçamento já afetam dia a dia de agências reguladoras, INSS e universidades

Reportagem do jornal O Globo indica que, com um orçamento engessado por mais de 90% de gastos obrigatórios, a falta de recursos para investimentos e para a manutenção da máquina já afeta o dia a dia de instituições públicas no atendimento direto ao cidadão e à economia.

É o caso de agências reguladoras, universidades federais, do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) e das Forças Armadas, alguns dos órgãos que estão enfrentando dificuldades orçamentárias diante do aperto fiscal.

Neste ano, o Orçamento já tem congelamento de R$ 31,3 bilhões em gastos por causa de frustração de receitas e alta de despesas. É um número que representa 14,1% da verba não obrigatória dos órgãos e que pode crescer após a derrubada do decreto que elevou o Imposto sobre Operações Financeiras (IOF).

O bloqueio impactou diretamente as agências reguladoras, que tiveram corte médio de 25% de sua verba para este ano. O quadro agrava reduções orçamentárias que já vinham sendo vistas nos últimos anos. Para especialistas, como Juliana Inhasz, do Insper, só um ajuste estrutural de longo prazo poderá liberar recursos para investimentos e serviços básicos para a população. Caso contrário, há risco de apagão da máquina pública.

Projeto eólico do Brasil reativa questão de disputa territorial com Uruguai

A Folha de S. Paulo informa que a construção de um parque eólico no Rio Grande do Sul reacendeu uma antiga disputa territorial com o Uruguai — e parece não ter agradado ao país vizinho, causando uma rusga na relação bilateral.

A instalação da Eletrobras fica localizada em Santana do Livramento, em um terreno de cerca de 8.000 hectares, dentro da área contestada por Montevidéu. O empreendimento começou a ser construído em 2022, com um investimento de R$ 2,4 bilhões, e começou a operar comercialmente no ano passado.

De um lado, o Uruguai diz que não foi informado pelo governo brasileiro sobre o início das obras. Em uma espécie de puxão de orelha público, o Ministério de Relações Exteriores uruguaio emitiu uma nota no início deste mês solicitando que a questão fronteiriça seja retomada.

BDMG cria linha para financiar R$ 1,6 bi em projetos verdes

O Banco de Desenvolvimento de Minas Gerais (BDMG) está lançando uma linha de crédito para financiar projetos de empresas nas áreas de controle de poluição, energia renovável, tratamento e redução de resíduos industriais, transporte limpo, aquisição de máquinas eficientes e outras, informa o jornal O Estado de S. Paulo.

De acordo com a reportagem, a expectativa do banco com a linha batizada de BDMG Verde é emprestar cerca de R$ 1,6 bilhão nos próximos anos, o que equivale a 60% do total desembolsado pela instituição para médias e grandes companhias no ano passado.

O crédito é voltado para médias e grandes empresas mineiras de diferentes setores. A ideia, segundo o BDMG, é incentivar a economia verde como um todo e não apenas negócios que tenham a sustentabilidade como atividade-fim. Nesse sentido, podem ser contempladas, por exemplo, indústrias diversas que queiram otimizar seus processos para reduzir emissões.

Salto nas margens de distribuição de gás põe expansão de rede em debate

Reportagem da Agência Eixos destaca que a temporada de revisões tarifárias das distribuidoras de gás canalizado tem indicado um aumento nas margens do serviço em diferentes estados.

No Espírito Santo, Rio Grande do Sul, Bahia e Alagoas – que, juntos, representam 23% do mercado – a alta das margens é de dois dígitos. O movimento reacende o debate sobre eficiência dos investimentos na expansão da rede.

Entidades ligadas aos consumidores industriais têm feito uma ofensiva, nas consultas públicas nos estados, para tentar evitar (ou mitigar) os danos. Questionam o descasamento entre os planos de investimentos em expansão na rede e o histórico de redução generalizada dos volumes distribuídos.

BYD vai inaugurar fábrica na Bahia sem definir produção local de componentes

A chinesa BYD inaugura oficialmente sua fábrica de carros híbridos e elétricos em Camaçari (BA) amanhã (1º/7). A Folha de S. Paulo informa que, por enquanto, apenas o ar que enche os pneus será nacional.

Representantes da montadora confirmaram que, nesta primeira fase, os automóveis virão praticamente prontos da China. É o regime conhecido por SKD, sigla em inglês para semidesmontado. Nesse caso, as carrocerias chegam pintadas, e o veículo vem parcialmente montado, faltando encaixar alguns elementos.

De acordo com a reportagem, é comum que a primeira fase de um processo produtivo ocorra dessa forma ou no modelo CKD, em que os carros chegam completamente desmontados. Mas, na percepção de associações do setor, a BYD tem dado sinais de que não pretende movimentar o parque de fornecedores instalado no Brasil.

Rússia oferece usinas nucleares flutuantes para a Amazônia

O governo brasileiro está estudando a compra de usinas nucleares flutuantes para uso na Amazônia, uma solução oferecida pela estatal russa Rosatom no escopo da aproximação entre os dois países no espinhoso campo da energia atômica, de acordo com reportagem da Folha de S. Paulo.

Segundo a reportagem, a Rosatom, por sua vez, estaria de olho em aprofundar a parceria iniciada em março para a exploração conjunta de urânio na mina de Caetité, na Bahia. “Temos muito interesse em ampliar nossa cooperação”, disse à Folha o diretor da empresa para a América Latina, Ivan Dibov.

PANORAMA DA MÍDIA

Valor Econômico: A expectativa de juros altos por período prolongado e as incertezas econômicas e geopolíticas têm levado mais empresas a reforçar o caixa, garantindo níveis de liquidez considerados seguros para enfrentar possíveis turbulências nos próximos 12 a 18 meses.

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O Globo: A queda de braço entre o Congresso e o Executivo, que chegou ao ápice na semana passada com a derrubada do decreto presidencial que aumentou a alíquota do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF), está fazendo o desequilíbrio fiscal do país se agravar. Se o governo tem optado, na maioria das vezes, por um ajuste fiscal ancorado no aumento de receitas, o Congresso também adotou medidas que acabaram ampliando gastos ou barrando propostas de ajuste apresentadas pelo Executivo.

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Folha de S. Paulo: A criação do MEI (Microempreendedor Individual), há 16 anos, já contratou um déficit atuarial nas contas da Previdência Social de R$ 711 bilhões —em valores de hoje. Considerando um ganho real do salário mínimo de 1% ao ano, esse montante sobe para R$ 974 bilhões.

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O Estado de S. Paulo: Nove meses seguidos de preços de alimentos nas alturas mudaram o comportamento do brasileiro nas compras de supermercado em geral. Neste ano, 69% deixaram de levar para casa algum item por causa da inflação elevada. Entre as alternativas para conseguir cumprir minimamente a lista de compras, 44% trocaram marcas caras por mais baratas.

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