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SP ultrapassa MG em consumidores que geram sua própria energia, diz setor – Edição da Manhã

São Paulo fecha o ano como um dos motores do avanço da geração própria de energia, segundo o monitoramento da ABGD (Associação Brasileira de Geração Distribuída). O estado ultrapassou Minas Gerais em dezembro e tem hoje o maior número de consumidores que geram sua própria energia.

Conforme os dados da ABGD, são mais de 243 mil unidades consumidoras de microgeração ou minigeração distribuídas que fazem parte do sistema de compensação de energia. O estado foi o que agregou mais potência ao sistema elétrico no ano, ainda segundo a ABGD, quando se considera apenas a geração própria de energia, com 954 MW. Em capacidade instalada, com 2,1 GW, os paulistas seguem abaixo de Minas (2,3 GW), mas a associação também projeta ultrapassagem em breve. (Valor Econômico)_

Cemig estreia em emissões com selo verde em captação de debêntures

A Cemig concluiu a emissão de um total de R$ 1 bilhão em debêntures simples, não conversíveis em ações, de sua subsidiária de Geração e Transmissão (Cemig GT), de acordo com informação do jornal O Estado de S. Paulo. Os títulos foram emitidos em duas séries, sendo que a segunda, no valor de R$ 300 milhões, foi caracterizada como debêntures verdes, na primeira captação desse tipo feita pela elétrica mineira.

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“Títulos com selo ESG (sigla em inglês para questões ambientais, sociais e de governança), com selo verde, ajudam na compressão de taxas e no aumento da demanda e a gente vê que é um movimento que, com o amadurecimento do mercado brasileiro, acontece aqui”, disse o diretor de Finanças e Relações com Investidores da Cemig, Leonardo George de Magalhães, em entrevista ao Broadcast Energia. Para o executivo, a demanda por esse tipo de título deve crescer no País, a exemplo do que já se observa no mercado internacional.

A 2ª série da emissão, com prazo de sete anos, tem remuneração correspondente a IPCA acrescido de sobretaxa de 7,6245%. A emissão tem certificação pela consultoria independente Bureau Veritas, por estar ligada a projetos desenvolvidos pela empresa nos últimos dois anos, como a repotencialização da hidrelétrica Poço Fundo, que triplicou a capacidade instalada sem ampliar reservatório, e investimentos em transmissão.

Já a 1ª série da emissão, de R$ 700 milhões, tem prazo de cinco anos e remuneração correspondente À variação acumulada das taxas DI, acrescida de sobretaxa de 1,33% ao ano. A emissão obteve rating brAA+ pela Fitch Ratings.

Ômega Energia conclui compra do parque eólico Ventos da Bahia, por R$ 422,9 nilhões

A Omega Energia informou que concluiu a aquisição de 50% das ações da 3ª fase do Parque Eólico Ventos da Bahia, antes detidos pela EDF Renewables do Brasil, por R$ 422,9 milhões. Do valor total, R$ 196,6 milhões serão pagos em caixa e R$ 226,3 milhões representam o endividamento líquido assumido pela compradora.

A conclusão do negócio estava sujeita a aprovações dos credores e do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade). A aquisição dos ativos, localizados nos municípios de Iraquara, Mulungu do Morro e Souto Soares (BA), consolida o Cluster Bahia, onde a Omega detém o Complexo Assuruá e as duas primeiras fases de Ventos da Bahia. Essa é a terceira transação entre a Omega e a EDF Renewables do Brasil. A fase 3 de Ventos da Bahia é a expansão das fases 1 e 2 do parque eólico, nos quais a Ômega e EDF Renewables já são sócias. (Valor Econômico)

Rescisão amigável do leilão emergencial pode livrar KSP de multas

Uma portaria do Ministério de Minas e Energia (MME), com diretrizes e condições para a rescisão amigável dos contratos do leilão emergencial de energia de reserva (Procedimento Competitivo Simplificado-PCS), pode ser a saída para a Karpowership (KPS) se livrar de multas milionárias, conforme explica reportagem publicada na edição desta segunda-feira (26/12) do Valor Econômico.

O certame foi realizado no contexto da crise hídrica de 2021 para preservar a segurança do suprimento e poupar água nos reservatórios. Como o prazo para a construção era apertado, foi oferecido um alto preço pela energia gerada, R$ 1.560 o megawatt-hora (MWh). O custo aos consumidores estimado era de R$ 39 bilhões. Devido à melhoria do cenário hidrológico e dos elevados valores, a possibilidade de rescisão ou solução negociada foi sondada.

A data limite para a entrada em operação era 1º de agosto de 2022. Porém, das 17 usinas contratadas, apenas sete conseguiram cumprir o prazo e podem ter os contratos revogados sem ônus, enquanto as dez restantes devem ter seus contratos rescindidos e pagar mais de R$ 9 bilhões em multas. A KPS é dona de quatro termelétricas flutuantes que totalizam 560 MW de potência e não cumpriu o prazo, por isso não poderia se enquadrar nas regras da rescisão amigável. Porém, a empresa opera comercialmente como adimplente por conta de uma liminar na Justiça.

A companhia pede excludentes de responsabilidade pelo descumprimento do prazo. Além disso, um despacho da Aneel suspendeu a revogação da outorga até que se julgue definitivamente o mérito do pedido de excludente de responsabilidade.

Lula prepara anúncio de Jean Paul Prates como presidente da Petrobras

O presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), convidou o senador Jean Paul Prates (PT-RN) para assumir a presidência da Petrobras e pretende anunciá-lo na próxima semana, informa a Folha de S. Paulo. A ideia é divulgar o nome com a próxima leva de ministros, o que deve ocorrer na terça-feira (27/12). O parlamentar foi um dos coordenadores do grupo técnico de Minas e Energia do gabinete de transição.

Gestão de portfólio com transição para baixo carbono preocupa CEOs do setor de óleo e gás

O Valor Econômico informa que a adoção de novas tecnologias e a gestão de portfólio no contexto de uma transição para uma economia de baixo carbono estão entre as principais preocupações dos presidentes de companhias de petróleo e gás, segundo uma pesquisa realizada pela KPMG com CEOs de empresas de energia.

O uso do hidrogênio como nova fonte de energia e a captura e estocagem de carbono foram citados durante a pesquisa como exemplos de temas que têm ocupado a mente dos CEOs, de acordo com o sócio responsável pela área de petróleo e gás da KPMG no Brasil, Anderson Dutra. “A maioria dos executivos continua na expectativa de crescimento global, inclusive os CEOs brasileiros. Muitos também falam em aumentar os investimentos em tecnologia. Além disso, a agenda ESG [ambiental, social e de governança] é uma prioridade”, diz Dutra, que participou das entrevistas para a pesquisa mundial.

O levantamento da KPMG é anual e também aborda CEOs de companhias do setor elétrico. No caso desse segmento, no entanto, Dutra aponta uma maior preocupação com novos modelos de mercado e com a necessidade de colocar o cliente no centro das decisões.

Lula convida Marina Silva para ser ministra do Meio Ambiente

A deputada federal eleita Marina Silva (Rede-SP) foi convidada pelo presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), para ser ministra do Meio Ambiente. Pessoas próximas ao petista afirmaram ao jornal O Globo (edição de 23/12) que ele vai nomeá-la. O convite ocorre após Marina recusar ocupar o cargo de Autoridade Climática.

Antes de ser convidada para o ministério, Lula ofereceu a Marina o posto de Autoridade Climática, mas ela declinou. Segundo pessoas próximas à deputada federal eleita, ela argumentou a Lula que a função de Autoridade Climática deve ser ocupada por uma pessoa “técnica”, e não por alguém interessado em formular políticas públicas para a área.

Startup avança em pesquisa para preservação da biodiversidade na área de energia e produz mexilhões estéreis

Reportagem do Valor Econômico informa que a startup carioca Bio Bureau iniciou novas fases dos projetos de pesquisa que conduz com o objetivo de reduzir os impactos de projetos de energia na biodiversidade. A companhia avançou nas pesquisas sobre o uso de espécies geneticamente modificadas para o controle dos mexilhões-dourados, que são invasores — ou seja, sem predadores naturais na região — e causam prejuízos em hidrelétricas.

De acordo com a reportagem, a empresa desenvolve mexilhões geneticamente modificados, que produzem apenas descendentes estéreis. O projeto, que recebeu R$ 10 milhões em investimentos até o momento, entra agora em uma fase de testes para que os órgãos regulatórios ambientais liberem a realização dos primeiros testes em campo em 2025.

Os recursos são provenientes da cláusula dos contratos de concessão de energia com a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) que preveem um valor mínimo obrigatório para investimentos em pesquisa, desenvolvimento e inovação (P,D&I). A companhia começou também a segunda etapa da parceria com a Tijoá Energia, concessionária da usina hidrelétrica Três Irmãos (SP) para monitorar espécies no reservatório a partir do DNA coletado em uma amostra de água.

Tempestade de inverno histórica nos EUA deixa meio milhão sem eletricidade

Uma tempestade de inverno que atingia os Estados Unidos com nevascas e ventos polares deixava no sábado (24/12) 17 mortos, mais de meio milhão de pessoas sem eletricidade e milhares de viajantes retidos devido ao cancelamento de voos horas antes do Natal.

Esse “ciclone bomba”, tempestade definida como “única em uma geração” pelo Serviço Nacional de Meteorologia (NWS, sigla em inglês), provocou na véspera de Natal o cancelamento de mais de 2.800 voos e o atraso de outros 6.600, um dia depois de quase 6.000 descolagens terem sido canceladas, segundo o site especializado FlightAware.

Segundo o site Poweroutage.us, os estados mais afetados pelos cortes de energia eram Carolina do Norte, Maine e Tennessee. Às 22h00 GMT de sábado, cerca de 530 mil clientes continuavam sem eletricidade devido aos efeitos do frio extremo, informou o site. Algumas cidades começaram a implementar apagões por turnos. A tempestade deve durar todo o fim de semana, até que as temperaturas se normalizem, em meados da semana que vem. (O Globo – 25/12 – inclui vídeos)

PANORAMA DA MÍDIA

Reforma tributária do governo eleito deve reduzir desigualdade – diz a manchete da edição desta segunda-feira (26/12) do jornal O Globo. A reportagem ressalta que os impostos sobre consumo, que incidem sobre produtos e serviços, tornam o sistema tributário do país ainda mais desigual. As alíquotas diferentes para cada produto e isenções beneficiam mais o topo da pirâmide de renda, levando os mais pobres a pagarem proporcionalmente mais tributos que os mais ricos. De acordo com a reportagem, um dos desafios do novo governo é avançar com uma reforma tributária que consiga aumentar a eficiência da economia e, ao mesmo tempo, reduzir a desigualdade. Especialistas dizem que unificar impostos e eliminar o efeito cascata dos tributos sobre consumo são os primeiros passos para tornar o sistema tributário mais justo.

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Os Correios fecharam setembro deste ano com R$ 3 bilhões no caixa, já descontadas as dívidas, seis vezes mais do que no fim de 2019. A Petrobras lucrou entre janeiro e setembro quase o mesmo que nos quatro anos anteriores somados. O Banco do Brasil (BB) pagou R$ 13,6 bilhões em tributos e R$ 8,5 bilhões aos acionistas. Esses números foram levantados pelo Valor Data (Valor Econômico) com seis das maiores estatais federais – Petrobras, BB, Caixa Econômica, BNDES, Correios e Eletrobras (privatizada em junho).

Juntas, as seis lucraram R$ 213,6 bilhões entre janeiro e setembro deste ano – a conta é distorcida pela Petrobras, com R$ 145 bilhões. Trata-se de um salto em relação aos R$ 69,2 bilhões que o conjunto lucrou em 2018, no governo de Michel Temer (MDB). Para analistas, houve melhorias na governança das empresas e boa parte dos resultados se deve à Lei das Estatais, criada após escândalos de corrupção, em 2016. Às vésperas do novo governo Lula, porém, a Câmara aprovou mudanças no texto, que, depois da repercussão negativa, devem ser votadas no Senado apenas em 2023.

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A Folha de S. Paulo informa que a renda dos mais pobres retomou o nível da pré-pandemia, mas segue longe do pico nas metrópoles. O rendimento ainda está 22% abaixo do recorde registrado em 203, diz estudo publicado pela 11ª edição do Boletim Desigualdade nas Metrópoles, que reúne dados de 22 regiões metropolitanas do país.

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A Polícia Civil do Distrito Federal investiga a participação dos envolvidos na tentativa de explosão de uma bomba em área próxima ao aeroporto da capital. No último sábado (24/12), um gerente de posto de combustível do Pará foi preso e confessou ter armado o artefato, alegando que queria “provocar o caos” em protesto contra a eleição de Luiz Inácio Lula da Silva. George Washington de Oliveira Sousa é apoiador do presidente Jair Bolsonaro e tem conexões com outros bolsonaristas que acampam em frente ao Quartel General do Exército com apelos golpistas contra a eleição de Lula. (O Estado de S. Paulo)