O Valor Econômico informa que a State Grid vai pagar 2,57 bilhões de euros (US$ 3 bilhões) por uma concessionária de energia elétrica no Chile, seu primeiro acordo no exterior em quase um ano, que retoma sua expansão internacional.
A empresa espanhola de gás natural e energia Naturgy Energy disse que fechou um acordo para vender sua participação de 96% na unidade chilena Compañia General de Electricidad. O acordo, divulgado anteriormente pela Bloomberg News, precifica os ativos chilenos em 4,3 bilhões de euros e proporciona um ganho de 400 milhões de euros à Naturgy.
A reportagem ressalta que empresas chinesas de energia têm fortalecido sua presença na América Latina nos últimos anos com uma onda de investimentos que se estende a empresas de logística, serviços e telecomunicações. Para a State Grid, maior concessionária de serviços públicos do mundo, faz parte da estratégia para dar à empresa presença mais ampla fora da China e acesso a recursos naturais em uma região tradicionalmente sob influência comercial dos Estados Unidos.
Brasil é peça-chave para petroleiras na redução de CO2
De olho no movimento de transição energética, as grandes petroleiras europeias — BP, Equinor, Shell e Total — anunciaram este ano compromissos para zerar as respectivas emissões líquidas de carbono até 2050. Presentes nos leilões de petróleo no Brasil, nos últimos três anos, as multinacionais também olham para o mercado brasileiro como peça-chave dentro dos esforços de descarbonização e têm se mantido ativas no negócio de renováveis no país.
Reportagem do site do Valor Econômico ressalta que BP, Equinor Shell e Total têm montado, aos poucos, as respectivas carteiras de projetos no Brasil. A energia solar desponta como unanimidade, mas biocombustíveis e eólicas offshore — que guardam sinergia com a especialidade das empresas em operar em alto-mar — também estão no radar.
A investida das petroleiras europeias em renováveis se dá em meio à pressão em torno do cumprimento das metas de descarbonização e do olhar dos investidores às empresas que cumprem as práticas de responsabilidade ambiental, social e de governança (ESG, na sigla em inglês). “A transição energética vai precisar que todo mundo empurre e faça parte da solução, das empresas de energia aos governos, e temos visto uma agenda crescente de investidores e consumidores nesse sentido [ESG]”, disse o diretor de novas energias da Shell Brasil, Guilherme Perdigão.
A reportagem ressalta, ainda, que nessa equação, as empresas olham, também, para as expectativas de declínio do consumo de petróleo a longo prazo. A Equinor anunciou este mês, por exemplo, que está se preparando para o declínio gradual da demanda da commodity a partir de 2030.
Amapá no escuro
Em editorial publicado hoje (15/11), a Folha de S. Paulo afirma que “o apagão no Amapá é político e administrativo”. O jornal descreve a situação no estado, provocada por um incêndio nos transformadores de uma subestação de distribuição de energia da capital, Macapá, nas instalações da empresa Linhas de Macapá Transmissora de Energia (LMTE), a concessionária do serviço energético.
Diz o editorial: “Acidentes ocorrem, mas calamidades de tamanha magnitude apenas são possíveis quando a ineficiência se combina ao descaso estrutural. Segundo noticiou o jornal O Globo, a subestação que pegou fogo não foi alvo de fiscalização presencial da agência reguladora nacional, a Aneel, ao longo de cinco anos de funcionamento.”
Painéis solares em condomínios atraem com economia na conta
Pesquisa realizada no final do primeiro trimestre de 2020 pelo Ibope a pedido da Associação Brasileira dos Comercializadores de Energia (Abraceel) apontou que 90% dos brasileiros gostariam de substituir o consumo de energia elétrica por energia solar, eólica ou outra fonte renovável. O resultado do levantamento confirma uma tendência ainda tímida, considerando o potencial do país para captação e geração de energia solar, mas que vem ganhando força em números relativos.
Segundo dados da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), a adesão ao sistema cresceu mais de 212% em 2019, totalizando 110.997 novas instalações. Como as vantagens vão desde economia na conta de luz e autonomia energética até impacto zero para o ambiente, não só indústrias e empresas estão apostando na mudança, como também condomínios residenciais. A reportagem é do jornal O Estado de S. Paulo.
PANORAMA DA MÍDIA
Quase 150 milhões de brasileiros vão às urnas neste domingo (15/11). Em alguns casos, a escolha de prefeito será resolvida no primeiro turno. Nas capitais, a disputa está acirrada. Serão escolhidos também os representantes para as Câmaras Municipais. Esse é o principal destaque de hoje nos jornais e portais de notícias.
Sob o impacto da pandemia global do novo coronavírus, que projeta um cenário de turbulência econômica perseverante e impõe severos desafios aos gestores públicos do país, cerca de 150 milhões de eleitores estão aptos a votar hoje para escolher 5,5 mil prefeitos e pouco mais de 58 mil vereadores que tomarão posse no ano que vem. (O Estado de S. Paulo)
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O prefeito paulistano, Bruno Covas (PSDB), lidera com folga a disputa na capital, segundo indica pesquisa do instituto Datafolha. Três adversários brigam por uma vaga em segundo turno. O levantamento ouviu 2.897 pessoas na sexta (13) e sábado (14). Encomendado pela Folha em parceria com a Rede Globo, ele tem margem de erro de dois pontos percentuais para mais ou menos.
A pesquisa mostra que Covas tem 37% do s votos válido s na disputa, isto é, excluindo os brancos e nulos. O segundo lugar tem empate técnico, com o candidato do PSOL, Guilherme Boulos, em vantagem numérica. Ele registra 17%. (Folha de S. Paulo)
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Se as urnas em 2016 e 2018 premiaram nomes que nunca haviam disputado eleições, como João Doria (PSDB-SP), Alexandre Kalil (PSD-MG) e Wilson Witzel (PSC-RJ), a tendência da eleição da pandemia é de bons resultados nas principais cidades brasileiras para candidatos com longa trajetória política, seja no Executivo ou no Legislativo.
O discurso pela antipolítica, que simbolizou a vitória de Jair Bolsonaro em 2018, reverberou pouco nas grandes cidades durante os 45 dias de campanha. No Rio, Eduardo Paes (DEM) lidera as pesquisas após ter sido prefeito por dois mandatos. Em São Paulo, Bruno Covas (PSDB) aparece em primeiro lugar na disputa pela reeleição respaldado pelo sobrenome de uma das mais tradicionais famílias da política paulista. Em ambas as cidades, os principais adversários têm mandato ou já disputaram outras eleições. (O Globo)