A Transmissora Aliança de Energia Elétrica (Taesa) espera lançar, no início do ano que vem, o plano estratégico de 2022-2031, com “pequenos ajustes finos” em relação ao planejamento atual, de acordo com informações do Valor Econômico.
Em entrevista ao Valor, o presidente da companhia, André Moreira, contou que um dos pilares do plano será a aposta no crescimento da carteira de ativos, com base tanto na participação nos leilões de transmissão de energia quanto em aquisições de projetos brownfield (já existentes). A oportunidade de negócios mais próxima, neste momento, é o 2º leilão de transmissão de 2021, marcado para 17 de dezembro.
Segundo Moreira, a empresa pretende participar ativamente da licitação, que ofertará cinco lotes e tem expectativa de investimentos de R$ 2,9 bilhões. “Pela capilaridade de ativos que temos, estamos olhando para todos os cinco lotes”, disse o executivo. “Mas vamos participar para rentabilizar a empresa, não para comprar concessão”, complementou. Ele mencionou que a Taesa também mira oportunidades de aquisições de projetos existentes e tem “algumas coisas em negociações” nesse sentido.
Governo não crê em redução do patamar dos preços do biodiesel e reitera mistura menor
O governo avalia que não há expectativa de queda significativa do preço da soja no mercado internacional, mesmo que haja uma supersafra mundial da commodity a ponto de alterar o “elevado patamar de preço do biodiesel”, informou ontem (02/12) o Ministério de Minas e Energia (MME) ao justificar novamente a decisão de reduzir a mistura do biocombustível para 2022.
A soja, principal item do agronegócio brasileiro, é também matéria-prima de cerca de 75% do biocombustível. Em nota, o MME respondeu às críticas recebidas do setor de biodiesel após ter anunciado no início da semana decisão de manter o teor de 10% de biodiesel no diesel para todo o ano de 2022, citando valores elevados do produto como justificativa. (Folha de S. Paulo – com informações da agência Reuters)
Braskem dispara com dividendo bilionário e planos de Novo Mercado
As ações da Braskem lideram as altas do Ibovespa nesta quinta-feira, após a petroquímica anunciar a distribuição antecipada de dividendos bilionários e informar que a controladora Novonor (ex-Odebrecht) solicitou estudos e o início dos preparativos para migração da companhia para o Novo Mercado.
A empresa também informou que está analisando a venda de parte ou totalidade das ações PN que detém. Há pouco, as ações da Braskem subiam 9,6%, negociadas a R$ 57,82 cada. Tanto os proventos quanto a migração para o Novo Mercado já estavam no radar dos investidores, mas ainda não havia formalização dessas iniciativas, o que frustrou o mercado logo após a divulgação dos resultados trimestrais — que estão entre os melhores da história da Braskem.
Ontem (02/12), a companhia anunciou que vai pagar R$ 6 bilhões em dividendos antecipados, ou R$ 7,54 por ação PNA e ON, para detentores dos papéis em 8 de dezembro. O valor veio em linha com o esperado pelo mercado, conforme análise do Valor Econômico. Em relação à migração para o Novo Mercado, embora a controladora fale em realização de “estudos” e “providências necessárias”, a governança da Braskem já está bastante alinhada aos requerimentos do mais elevado nível de governança da B3 e pode se concretizar em apenas dois ou três meses.
Empresa alemã cria estrutura que capta energia eólica, solar e da força das ondas
Reportagem do portal R7 informa que a empresa alemã SINN Power desenvolveu um novo projeto que pode produzir até três tipos diferentes de energia renovável. Com uma estrutura chamada Ocean Hybrid Platform (plataforma oceânica híbrida), a companhia pretende gerar eletricidade a partir da insolação, do vento e da força das ondas.
A plataforma da SINN Power, apresentada em 2020, é uma estrutura flutuante que aproveita os elementos da natureza para produzir energia elétrica. A mobilidade do módulo criado pela empresa alemã também é um dos grandes atrativos, segundo a companhia. A estrutura do Ocean Hybrid Platform pode aguentar ondas de 12 metros de altura e ventos de até 214 km/h.
PANORAMA DA MÍDIA
A economia brasileira entrou em recessão técnica – dois trimestres seguidos de contração –, com a queda de 0,1% do Produto Interno Bruto (PIB) no terceiro trimestre em relação ao trimestre anterior, segundo dados divulgados ontem (02/12) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O resultado do PIB de julho a setembro é o principal destaque da mídia nesta sexta-feira.
Analistas consideram que, na verdade, a economia está estagnada e sem perspectiva de melhora substancial no futuro próximo. O resultado do terceiro trimestre ficou um pouco abaixo do esperado e provocou cortes de projeções para o PIB de 2021, agora mais próximas de crescimento de 4,5% que de 5%, mal recuperando a perda de 3,9% em 2020. (Valor Econômico)
Alguns fatores agravaram o quadro em relação ao anteriormente esperado: a persistência da pandemia; a crise hídrica que derrubou as safras do período e produziu alta dos preços da energia elétrica; a disparada dos preços do petróleo que se seguiu à retomada da economia global; a perda de poder aquisitivo pela inflação e pelo desemprego; e, mais que tudo, a desorganização das contas públicas, que envolveu a política econômica numa onda de desconfiança e conteve os investimentos. (O Estado de S. Paulo – análise do comentarista de economia Celso Ming)
Com a vacinação avançada e a retomada econômica, o consumo das famílias, que representa mais de 60% do PIB, subiu apenas 0,9%, devido à alta de preços. O setor de serviços cresceu 1,1%, mas não compensou o recuo da exportação (-9,8%) e agropecuária (-8%), atingida por efeitos climáticos. (O Globo)
O desempenho do ano de 2022 ainda é uma incógnita, mas as possibilidades estão limitadas por deficiências crônicas, pela alta dos juros, pela inflação e por incertezas agravadas em razão do eleitoral. (Folha de S. Paulo – editorial)
