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Taesa tem plano de expansão por leilões e aquisições – Edição da Manhã

A transmissora de energia Taesa prepara um plano de negócios que prevê a expansão da atuação da companhia até 2030 por meio da participação nos leilões de transmissão da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) e de fusões e aquisições de projetos já outorgados.

Em entrevista ao Valor Econômico, o presidente da companhia, André Moreira, disse que a ideia é manter, nos próximos anos, investimentos similares aos de 2020, que somaram R$ 1,5 bilhão. “Tendo condições favoráveis, vamos continuar investindo, mas leilão tem muito a ver com competição. Os projetos de fusões e aquisições hoje também são praticamente tão competitivos, e algumas vezes até mais, do que os próprios leilões”, diz Moreira.

A empresa considera oportunidades em todas as regiões do país e já começou a estudar os cinco lotes de projetos de transmissão que vão estar disponíveis no próximo leilão da Aneel, previsto para junho. A agência também deve realizar um segundo leilão este ano, em dezembro.

Segundo Moreira, a competição acirrada vista nos últimos leilões, com participação de grupos consolidados do setor de energia e novos entrantes, como empresas da construção civil, por exemplo, deve se manter. Por outro lado, o executivo acredita numa menor participação de fundos de investimentos nos certames.

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Hidrelétrica de Santo Antônio vê risco de paralisação

O jornal O Estado de S. Paulo informa que a hidrelétrica de Santo Antônio (RO) corre o risco de ficar totalmente desligada por até 57 dias, ainda no primeiro semestre deste ano. A informação tem como base um documento de caráter confidencial, que a concessionária Santo Antônio Energia encaminhou ao Ministério de Minas e Energia (MME) no fim de janeiro.

No documento, a concessionária afirma, basicamente, que o volume de água determinado para passar por suas turbinas entre fevereiro e junho pode resultar no desligamento de todas as suas 50 máquinas, por causa da redução de queda da água. O projeto de Santo Antônio prevê uma queda mínima de 9 metros de altura entre a crista da água, na parte de cima da barragem (montante) e a margem que fica na parte de baixo da usina (jusante), para que as turbinas funcionem.

Abaixo desse número, pode haver comprometimento mecânico da hidrelétrica. De acordo com a reportagem, a usina tem solicitado ao Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis (Ibama) e ao Instituto Chico Mendes de Biodiversidade (ICMBio) que seja autorizada a ampliar o volume de água em seu reservatório, de forma a manter uma diferença superior a 9 metros. Ocorre que isso ampliaria o nível do rio Madeira acima da barragem, inundando uma área de 536 hectares de uma unidade de conservação, o Parque Nacional do Mapinguari, localizado nos estados de Rondônia e Amazonas.

Ao listar os riscos, a concessionária chega a detalhar o prazo de 57 dias sem geração, dos quais 27 dias seriam de paralisação total e 30 dias para restabelecimento da usina, “em razão da restrição de queda mínima operativa e comprometimento das estruturas da usina, associada ao tempo para sua recomposição plena”.

Conselho de administração da Petrobras sofre mais uma baixa

O advogado Leonardo Pietro Antonelli comunicou ontem (03/03) à Petrobras que não aceitará a renovação de seu mandato como representante do governo no conselho de administração da Petrobras, informa a Folha de S. Paulo. É a quinta baixa no colegiado após o anúncio da troca no comando da estatal.

Antonelli ocupa uma das oito cadeiras do conselho destinadas à União desde julho de 2020. Embora o governo tenha proposto a recondução de seus representantes, outros quatro conselheiros já haviam anunciado na terça-feira (02/03) que não têm interesse em permanecer.

Em comunicado divulgado ontem, a Petrobras informou a decisão de Antonelli, mas disse que a recusa em ocupar cadeira destinada à União “não impede que ele seja eleito novamente pelos acionistas minoritários, caso haja solicitação de voto múltiplo e ele receba votos para tanto”.

Diretor-geral da ANP diz “não haver mágica” para baratear combustível

Em entrevista ao Valor Econômico, o diretor-geral da Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), Rodolfo Saboia, disse que “não há mágica” para baratear os combustíveis, em momentos de alta do petróleo.

Há dois meses à frente do órgão regulador, o almirante da reserva já se defronta com um debate nacional sobre os preços dos derivados, inflamado pela decisão do presidente Jair Bolsonaro de intervir na troca no comando da Petrobras e pelas ameaças de uma nova greve dos caminhoneiros.

Uma das prioridades de sua gestão, segundo ele, será garantir que a abertura do refino traga benefícios para o consumidor, no futuro. “Essa questão é a pergunta de um milhão de dólares (sobre como chegar a um preço mais barato para os combustíveis no país)”, disse o diretor-geral da ANP.

“Não existe mágica para isso, uma vez que o petróleo é uma commodity. Ele vai subir, vai descer, foi assim a vida inteira e não tem como não deixar de impactar de alguma maneira os custos do combustível. O que vai ser do preço (final) é uma outra questão, que envolve questões políticas”, afirmou Saboia, em referência às discussões no governo sobre desonerações dos derivados.

PANORAMA DA MÍDIA

O governo de São Paulo irá iniciar o retrocesso à fase vermelha em todo o estado a partir da 0h de sábado (06/03). A medida valerá até o dia 19 de março, para tentar barrar a evolução da curva de infecções, óbitos e internações devido ao novo coronavírus. A notícia é o principal destaque na edição de hoje (04/03) dos jornais de circulação nacional.

O endurecimento da quarentena não incluirá o fechamento total de escolas, informa a Folha de S. Paulo. A decisão foi anunciada ontem, dia em que o Brasil bateu novo recorde mortes pela covid-19, com 1.840 em 24 horas, segundo dados do consórcio de veículos de imprensa. Além de bater mais uma vez o recorde de mortes em um dia, o país registrou 74.376 casos de covid-19, segundo maior número da pandemia. O total de mortes chegou a 259.402 e o de casos, a 10.722.221.

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O jornal O Globo destaca que no Rio de Janeiro, o prefeito Eduardo Paes (DEM) definiu que, a partir de amanhã (05/03), bares e restaurantes só poderão abrir entre 6h e 17h e com capacidade máxima de 40% de ocupação. Além disso, fica vedada a permanência (não a circulação) em vias e espaços públicos entre 23h e 5h. As medidas valerão por uma semana. O governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), também anunciou ontem medidas mais restritivas de circulação para conter o contágio pelo coronavírus.

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Segundo especialistas ouvidos pelo Valor Econômico, a média de mortes diárias pode chegar a duas mil em poucos dias e o sistema de saúde entrará em um colapso generalizado caso o governo federal não assuma a gestão da crise. Já são 259.402 óbitos e o país, com a nova cepa do vírus e uma gestão caótica da situação, começa a ser apontado no exterior como um risco potencial para o mundo.

Para evitar essa escalada, médicos e sanitaristas defendem, além da vacinação em massa, medidas nacionais coordenadas para que, de fato, a população faça o isolamento social, numa espécie de “lockdown” nacional. Em menos de duas semanas, o número de estados com ocupação de mais de 80% dos leitos de UTI por pacientes com covid-19 pulou de 13 para 19, segundo boletim da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz).

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O jornal O Estado de S. Paulo traz como principal destaque a informação de que o Produto Interno Bruto (PIB), todo o valor gerado na economia, fechou o ano passado, marcado pela crise da covid-19, com queda de 4,1%, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) IBGE.

Considerado o crescimento populacional, o PIB per capita caiu 4,8% em relação a 2019. Com a piora da pandemia e o fim do auxílio emergencial, extinto em janeiro, indicadores mais recentes mostram que a desaceleração continuou neste início de ano, o que lança dúvidas sobre o ritmo da recuperação.